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Casa Grande E Senzala

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Por:   •  1/10/2014  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  839 Visualizações

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1. Contexto: Casagrande e Senzala

Para analise de Freyre, o forte caráter sociológico e antropológico predominará na suas analises. O autor irá discorrer principalmente acerca da formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida.

Ideia Central: a miscigenação e a adaptabilidade portuguesa como fatores de sua sucessão em colonizar e povoar.

i) Fatores que possibilitaram a colonização portuguesa no Brasil

ii) Família Patriarcal

iii) O equilíbrio de antagonismos

Em primeiro lugar, Freyre irá partir da explicação das características do colonizador para entender como se deu o colonialismo português. Segundo o autor, a singular pré-disposição do português para a colonização hibrida e escravocrata nos trópicos, explica-se, em grande parte, ao seu passado étnico. O povo português já obtivera um contato cultural e sexual com o povo mouro, durante a Idade Media. Isso leva a uma imprecisão, a um passado cultural miscigenado em relação ao povo português. Dessa forma, Freyre irá discorrer sobre 3 fatores que foram essenciais para a adaptação e colonização dos portugueses: a mobilidade, a miscibilidade e a aclimatabilidade.

A mobilidade portuguesa, segundo Freyre, era espantosa. Conseguiram dar conta da colonização brasileira mesmo com um contingente populacional escasso. Isso se deve principalmente ao segundo fator, a miscibilidade. Os portugueses foram os que, entre os europeus, mais se miscigenaram. Isso ocorreu por conta do seu corrente déficit populacional e a necessidade de reprodução, que aconteceu anteriormente à colonização do Brasil, com os mouros. Por conta dessa miscigenação anterior, Freyre irá colocar o terceiro fator, que é a aclimatabilidade dos portugueses. Por serem europeus já miscigenados e acostumados com um clima mais quente (localização privilegiada de Portugal, mais próximo a África), a adaptação portuguesa foi mais fácil em relação ao clima também.

Em segundo lugar, temos a família patriarcal. Freyre acreditava que a família patriarcal foi a base constituinte do país, tinha uma visão positiva acerca da geração de riqueza que ela proporcionou. Segundo o autor, a colonização não foi obra do estado, e sim obra da iniciativa privada das famílias portuguesas patriarcais e dos escravos. Ademais, o autor dirá que no brasil houve uma colônia de povoamento, e não de exploração, como Caio Prado argumenta.

Freyre irá argumentar sobre as características dessa colonização particular e como ela promoveu a mistura de raças, a agricultura e tudo aquilo que se desenvolveu o Brasil no período colonial. De acordo com o autor, não foi uma ordem metropolitana que desenvolveu as atividades no Brasil, e sim algo que aconteceu por iniciativa privada. Esse argumento se contrapõem totalmente a visão de Prado Junior, que dirá que o desenvolvimento das grandes propriedades agricultoras era algo mandatório das metrópoles, e não de iniciativa privada.

Com efeito, a aristocracia e a família para o autor foram fundamentais, já que obtinham poder o suficiente para governar (“Sobre ela, o Rei de Portugal quase que reina, sem governar”). Para Freyre, quem irá governar a colônia é a aristocracia, e

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