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Resumo do livro Casa Grande e Senzala

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Por:   •  2/5/2013  •  Resenha  •  1.202 Palavras (5 Páginas)  •  1.960 Visualizações

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Resumo do livro Casa Grande e Senzala

Publicado em 02/04/2010 por Daniel Ravanelo Coliques

Leituras Sociológicas de Brasil

Professor: Adão Clóvis Martins Santos

Resumo de Casa Grande e Senzala (Gilberto Freyre)

Capítulo I: Características gerais da colonização portuguesa do Brasil: formação de uma sociedade agrária, escravocrata e híbrida

Somente a partir de 1532 é que se organizou econômica e civilmente a sociedade brasileira. Sua principal base foi a agricultura, ao contrário do que aconteceu com outras colônias espalhadas pelo mundo no mesmo período, e não pela atividade de extrativismo, mais lucrativa porém predatória. Esta não foi feita de forma aventureira, mas sim de forma a melhor aproveitar o território brasileiro com o mínimo custo e assentando-se nele, posto que se deu em grande parte de iniciativa particular, sem ampla ajuda do governo luso.

A formação social brasileira girou em torno da casa-grande. Lá que germinou muitos aspectos da cultura brasileira. E toda a estrutura em torno da casa-grande representa melhor que qualquer coisa as contradições da terra, convivendo em equilíbrio assimétrico entre o negro e o branco, o escravo e o senhor. Estes conviveram juntos dentro da casa-grande (serviços domésticos eram feitos por negros), palco mor dessa representação, ao qual até a Igreja Católica se submetia (havia uma capela nas casas-grandes, os padres vivam nas casas-grandes, alguns até como senhores de engenho).

Nas regiões ao norte predominou a agricultura de açúcar, conquanto nas regiões ao sul a de café, sempre com monocultura como dominante, de trabalho escravo. Não houve possibilidades de policultura à européia pelas adversidades produzidas pelo clima brasileiro, muito “desequilibrado”, sendo hora muito seco, hora muito úmido. A escassa diversidade da agricultura brasileira e a formação social em torno da casa-grande se manifestaram na ausência de carne, leite, ovos, saladas, além de muitos outros artefatos da comida a que o colonizador português que veio para o Brasil estava acostumado. Houve a substituição do trigo pela mandioca, além da utilização das mais variadas frutas tropicais pelo colonizador na sua dieta, em compensação. Somente nos períodos de festas que se esbanjavam todo tipo de comida no Brasil, pois no geral o regime de alimentação era ralo, com senhores e escravos sendo os melhores alimentados, o resto da população ficando à mercê.

A unificação do território nacional se deu em via da língua e da religião, considerada o cimento da sociedade, e muitas vezes foi conseguida á força. No Brasil não havia pureza de raças, uma vez que havia grande necessidade de ocupação territorial e colonização, se dando através da miscibilização, pois havia pouca gente no Brasil. Essa miscibilização pode ser confundida com sifilização, em termos de Brasil no período colonial, devido aos altos índices da doença no país com a chegada dos colonizadores. A facilidade de miscibilidade do colonizador português foi explicada por Gilberto Freyre pelo fato do povo português ser um povo indefinido entra a Europa e a África, posto que Portugal foi invadida e dominada por mouros. Essa indefinição gerou o hibridismo português, que contribuiu em larga escala para a adaptação e colonização portuguesa do Brasil.

Pode se dizer enfim, que o grande trunfo do colonizador português foi sua mobilidade, pois apesar das enormes dificuldades impostas, este conseguiu sobreviver, colonizar e unificar essa enorme colônia em condições adversas, coisa que muitos povos europeus não teriam condições de realizar.

Capítulo II: O indígena na formação da família brasileira

A chegada dos europeus á América desmantelou toda e estrutura social e econômica antes aqui predominante, desarticulando as bases da sociedade indígena. Essa degradação ao contato com os brancos, segundo Gilberto Freyre, é o resultado natural do encontro de uma sociedade de cultura mais avançada com uma de cultura menos avançada.

A relação dos portugueses com os índios no Brasil foi o que podemos chamar de mais branda do que o ocorrido nas colônias espanholas. Isso mais pela necessidade portuguesa de povoar o país e utilizá-los como escravos em plantações, onde a exploração do trabalho se diferenciava da exploração para o extrativismo preferido na colonização espanhol. O extermínio dos índios não se deu de forma tão brutal quanto o extermínio à espanhola. Ficou escondido na reviravolta cultural que sofreram os índios no Brasil. Seja pelas mãos dos senhores de engenho, ou pelos jesuítas, seus costumes foram sendo reduzidos, batiam de frente com os costumes europeus que tentava se implantar aqui, acarretando no extermínio da população e da cultura indígena. Era o choque do imperialismo português com o comunismo

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