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Caso Concreto 11

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Por:   •  1/6/2014  •  1.242 Palavras (5 Páginas)  •  558 Visualizações

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1. A Alienação.

Para Marx, os trabalhadores foram duplamente expropriados pelos capitalistas, isto é, deles foram subtraídas duas coisas: os meios de produção da vida material e o saber do qual dependia a fabricação de um produto. O trabalho, que sempre foi o meio pelo qual o homem relacionou-se com a natureza e com os outros homens é individualmente percebido, como algo sobre o qual o trabalhador não tem controle. O trabalhador foi separado, pelo capitalismo, do controle autônomo que exercia sobre o seu trabalho e também sobre o fruto deste. O trabalho é então percebido pelo trabalhador como algo fora de si, que pertence a outros. A isso Marx deu o nome de alienação. (Rodrigues, Alberto Tosi. Sociologia da Educação, pg. 40). O bem produzido não pertence mais ao trabalhador, que também não mais organiza o trabalho. Há uma separação entre o planejamento e a execução, entre o pensar e o agir. Tem-se como consequência a apropriação de uma visão mecânica e fragmentada da realidade, na qual os indivíduos aprendem que devem trabalhar resignadamente para receber salários, que são suficientes apenas para mantê-los alimentados. ?O que caracteriza a divisão do trabalho no seio da sociedade é que ela engendra as especialidades, as distintas profissões e com elas o idiotismo do ofício (Marx, Karl. Miséria da Filosofia, pg.127; citado por Quintanero ET All. Um Toque de Clássicos)?. Este tipo de atividade repetitiva, que embrutece o trabalhador e o converte num mero apêndice da máquina é ilustrada de maneira brilhante e comovente por Charles Chaplin, no filme Tempos Modernos.

2. A Ideologia.

Ideologia é o conjunto de proposições existentes com a finalidade de fazer aparentar os interesses da classe dominante com o interesse coletivo, construindo uma hegemonia daquela classe, tornando-se uma verdade absoluta e natural. Dessa forma, a manutenção da ordem social requer menor uso da violência. A ideologia torna-se um dos instrumentos da reprodução do status quo e da própria sociedade. O vencedor ou poderoso é transformado em único sujeito da história não só porque impediu que houvesse a história dos vencidos (ao serem derrotados, os vencidos perderam o direito à história), mas simplesmente porque sua ação histórica consiste em eliminar fisicamente os vencidos ou, então, se precisa do trabalho deles, elimina sua memória, fazendo com que lembrem apenas dos feitos dos vencedores. Não é, assim, por exemplo, que os estudantes negros ficam sabendo que a Abolição foi um feito da Princesa Isabel? As lutas dos escravos estão sem registro e tudo que delas sabemos está registrado pelos senhores brancos. Não há direito à memória para o negro. Nem para o índio. Nem para os camponeses. Nem para os operários (Chauí, Marilena. O que é ideologia, São Paulo, Ed. Brasiliense, pg. 81). Uma característica marcante do modo de produção capitalista é que neste modelo civilizatório ?os dominados pensam com a cabeça dos dominadores (Rodrigues, Alberto Tosi. Sociologia da Educação, pg. 47)?, ou seja, a visão de mundo da classe dominante é assumida pela classe dominada como se fosse a sua própria.

3. A Práxis

A práxis é um conceito central no pensamento de Marx, que não se confunde com a prática. Ela se caracterizaria pela união entre a interpretação da realidade (teoria e conhecimento científico) e a prática (realização efetiva, atividade). Em outras palavras, é a ação consciente do sujeito na transformação de si mesmo e do mundo que o cerca. É através da práxis que se dá o combate à alienação, permitindo não apenas interpretar o mundo, mas transformá-lo.

4. A relação entre Estado e sociedade na concepção marxista.

Segundo Marx e Engels em A idelologia Alemã, São Paulo, Hucitec, 1987, o Estado é a forma na qual os indivíduos da classe dominante fazem valer seus interesses sobre os membros comuns de toda a sociedade civil de uma época. Segue-se que todas as instituições comuns são mediadas pelo Estado e adquirem através dele uma forma política. Daí a ilusão de que a lei se baseia na vontade e, mais ainda, na vontade destacada de sua base real, na vontade livre. Da mesma forma, o direito é reduzido novamente à lei. O direito privado desenvolve-se simultaneamente com a propriedade privada, a partir da desintegração da comunidade natural. (...) Quando mais tarde a burguesia adquiriu poder suficiente para que os príncipes protegessem seus interesses, com o fim de derrubar a nobreza feudal, também o desenvolvimento propriamente dito do direito começou em todos os países. Marx afirma que o aparelho jurídico do Estado, nesse tipo de sociedade, tem como objetivo organizar e justificar a dominação da burguesia sobre o proletariado, além de favorecer os negócios desta classe dominante.

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