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Classe C E Beleza

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Por:   •  3/9/2014  •  1.944 Palavras (8 Páginas)  •  275 Visualizações

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Nos últimos anos houve um grande aumento do número de estabelecimentos nos bairros. Ainda há espaço no mercado? Veja um estudo completo sobre a área.

Muitas pessoas – homens, mulheres e crianças –, são frequentadores assíduos dos salões de beleza e têm seus profissionais e estabelecimentos prediletos e de confiança.

Sejam negócios informais, pequenos negócios ou grandes centros de estética, o setor da beleza e estética ainda possui bastante espaço para empresas e empreendedores que trabalham qualidade e investem em diferenciais competitivos, independente se o foco do negócio está nas classes A e B ou C e D.

Números e história

Dentro dos três setores envolvidos (primário, secundário e terciário), o presente estudo se propõe a realizar um levantamento de dados disponíveis sobre um segmento específico: Serviços Pessoais “Salão de Beleza” no Brasil, inserido no mercado “Beleza e Estética” e este dentro da cadeia produtiva “Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos”.

A cadeia produtiva do setor é longa, e envolve vários players com diferentes naturezas, portes e poder de barganha. Isto se desdobra em um elevado potencial de geração de renda, postos de trabalho e fator relevante no desenvolvimento tecnológico, econômico e social do País. Basta analisarmos o desempenho da cadeia nos últimos 17 anos, que apresentou um crescimento médio deflacionado composto de 10% a.a., em comparação ao crescimento do PIB (3,1% a.a.) e indústria em geral (2,5% a.a.) no mesmo período, para comprovarmos esta afirmação.

Contraditoriamente à importância desta cadeia, no que tange os serviços de Beleza e Estética, nos deparamos com diversas carências estruturais que serão detalhadas ao longo deste artigo, tais como indefinição de normatização legal das relações jurídicas de natureza civil, tributária, trabalhista, de exercício profissional e comercial da atividade, carência de formação dos empreendedores quanto à gestão de seus empreendimentos, ausência e/ou desconhecimento de normas técnicas, sanitárias e ambientais de funcionamento, elevado grau de informalidade, precariedade de funcionamento, elevada taxa de mortalidade dos negócios, baixo nível de escolaridade, dentre outras.

No entanto, a despeito das dificuldades basais elencadas, os negócios de serviços pessoais “Salões de Beleza” não param de crescer e sedimentar a importância do Sebrae como ator fundamental na estruturação e fortalecimento da competitividade destas MPEs.

Desde 2006 o Sebrae desenvolve ações e projetos para fomentar o empreendedorismo no setor, promovendo o conhecimento, acesso ao mercado, à tecnologia, à inovação, e as práticas de sustentabilidade. Temos hoje em torno de 300 mil negócios formalizados nas categorias MEI, Micro e Pequena Empresa, considerando-se a atividade “Cabeleireiros e Manicures”.Se agregarmos a esta conta “Outras Atividades de Beleza”, chegaremos a mais de 400 mil CNPJs.

Cerca de 7 mil salões de beleza são abertos por mês em todo o território nacional, a maioria como microempreendedores individuais. Considerando-se o alto grau de informalidade destas atividades, estes números trazidos à realidade fática de mercado, ou seja, negócios informais somados aos formais, seguramente ultrapassam a casa de 1 milhão.

Apenas a título de comparação e para se reafirmar a relevância destes números, o Brasil é o maior mercado de academias de ginástica da América Latina e segundo maior do mundo, com 22.000 empreendimentos, ficando apenas atrás dos EUA.

O surgimento dos salões de beleza e a profissão “cabeleireiro”

Os cabeleireiros são uma das profissões mais antigas da humanidade e é comum pentes e navalhas feitos em pedra e ossos estarem entre os achados arqueológicos. O Egito se tornou o berço de um dos símbolos capilares mais famosos, as perucas de Cleópatra, mas foi só na Grécia antiga que surgiu um lugar especializado para realizar o serviço.

Construído em praça pública, as barbearias ou "koureias" logo se tornaram atrações entre a população, pois naquele tempo conversas sobre política, esportes e eventos sociais eram mantidas por filósofos, escritores, poetas e políticos, enquanto eram barbeados ou faziam manicure e pedicuro e até recebiam massagens.

Porém, o primeiro salão de beleza que se tem registro foi inaugurado em 1635 em Paris por Champagne, conhecido como le sieur. — mesmo assim, era um privilégio para poucas damas ricas que tinham condições de frequentar o local. Apenas no século 20, quando a mulher passou a conquistar espaços públicos e a água corrente tornou-se acessível, é que esses estabelecimentos se expandiram.

Até isso acontecer, enquanto os homens recorriam aos barbeiros, elas tinham os cuidados de beleza em casa. Na corte francesa já existiam cabeleireiros que eram tratados como celebridades e colocaram Paris no centro do penteado feminino.

Eles circulavam pelos palácios, teatros e salões da nova classe burguesa com casacos vermelhos, calções pretos e uma pequena espada presa à cintura. Um dos mais célebres e aclamados foi Léonard, que dedicou suas tesouras às madeixas da rainha Maria Antonieta.

Outro nome importante para a história dos cabelos também é francês: Le Gros Rumigny. Ele criou a primeira escola profissional de cabeleireiros de que se tem registro, a Academia do Penteado, também em Paris, onde ensinava às criadas como pentear as damas.

Visionário, Rumigny foi o precursor das manequins quando fez circular pela França 42 modelos de penteados apresentados em bonecas nas feiras da época junto com o livro "L' Art de la Coiffure des Dames", escrito por ele.

Durante a Revolução Francesa, no entanto, o setor amargou um declínio. Cabeças empoadas foram parar na guilhotina, Le Gros faleceu e Léonard fugiu para a Rússia poucas horas antes de a comitiva real ser capturada.

Com Antoine, o autor da “tesourada do século”, a Paris dos anos 1920 voltou a ser símbolo da moda. Além disso, as invenções movidas a gás, vapor e eletricidade, além de produtos químicos, agitaram a indústria.

Revolução capilar: o curto radical da década de 1920

A década de 1920 foi um tempo de mudanças sociais e políticas, mas também capilares. A revolução feminina também começou no corte de cabelo, com as mulheres abandonando as longas madeixas e investindo no visual despojado e mais curto.

Obrigadas a trabalhar na indústria bélica na Primeira Guerra e indo

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