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Classe Operária Vai Ao Paraíso

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Por:   •  23/9/2013  •  3.713 Palavras (15 Páginas)  •  939 Visualizações

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Filme “Tempos Modernos”

Tempos Modernos é um clássico da comédia e do cinema mudo. Charles Chaplin retratou com criatividade a situação que os trabalhadores enfrentaram nos primeiros tempos da Revolução Industrial. A invenção da máquina a vapor desencadeou uma revolução tecnológica mas também modificou hábitos, costumes e valores humanos.

Filmado em preto e branco, o filme de 1936, retrata o vagabundo que sofre as imposições do patrão dentro de uma fábrica repleta de geringonças. Uma das invenções é um Alimentador para Funcionários, que promete diminuir para apenas 15 minutos o horário do almoço. Quase escravizado, condenado a realizar movimentos repetitivos na linha de produção, sofre um acesso de loucura. Acaba demitido da fábrica e preso ao ser confundido com um líder grevista. Entristecido com sua má sorte, ele encontra uma moradora de rua e com ela decide procurar felicidade e dinheiro.

O filme conta a história de um operário e uma jovem. O primeiro (Charles Chaplin) é um operário empregado de uma grande fábrica. Esse operário desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos. De tanto apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado, perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o que se parece com parafusos, como os botões de uma blusa, por exemplo. Ele é despedido e , logo em seguida, internado em um hospital. Após ficar algum tempo internado, sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de estafa que a vida moderna impõe: a correria diária, a poluição sonora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as multidões nas ruas, o desemprego, a fome, a miséria... Logo que sai do hospital, se depara com a fábrica fechada. Ao passar pela rua, nota um pano vermelho caindo de um caminhão. Ao empunhar o pano na tentativa de devolvê-lo ao motorista do caminhão, atrai um grupo enorme de manifestantes que passava por ali. Por engano, a polícia o prende como líder comunista, simplesmente pelo fato de ele estar agitando um pano vermelho, parecido com uma bandeira, em frente a uma manifestação. Após passar um tempo preso, o operário é solto pela polícia por agradecimento, uma vez que ajudou na prisão de um traficante de cocaína que tentava fugir da prisão. Nesse momento, surge a outra personagem do filme, "a moça – uma menina do cais que se recusa a passar fome". A jovem (Paulette Goddard), vivendo na miséria, tem de roubar alimentos para comer, pois, além disso, mora com as suas duas irmãs menores, seu pai está desempregado e as três são órfãs de mãe. O pai morre durante uma manifestação de desempregados e as duas pequenas são internadas em um orfanato. A moça foge para não ser internada e volta a roubar comida. Numa de suas investidas, ela conhece o operário: depois de roubar o pão de uma senhora, a polícia vai prendê-la e o operário assume a autoria do assalto. A polícia o prende , mas o solta em seguida após descobrir o engano. Quando vê a moça sendo presa, o operário arma um esquema para ser preso também: rouba comida em um restaurante. São colocados no mesmo camburão e, durante um acidente com o carro, os dois fogem e vão morar juntos. O operário, nosso querido Carlitos, procura emprego e consegue um como segurança em uma loja de departamentos. Logo é despedido por não ter conseguido evitar um assalto e por dormir no serviço. No entanto, consegue emprego numa outra fábrica, consertando máquinas. Durante uma greve na fábrica, Carlitos é preso mais uma vez, agora por "desacato à autoridade policial". Alguns dias depois, ele é liberado e a jovem o espera na saída da prisão para levá-lo a nova casa – um barraco de madeira perto de um lago. A jovem consegue, então, emprego em um café com dançarina e arruma outro para Carlitos, só que como garçom/ cantor. Os dois são um sucesso, principalmente Carlitos que, durante uma improvisação de uma música, arranca milhares de aplausos dos presentes ao café. Para estragar a festa, no entanto, surge novamente a polícia, desta vez com uma caderneta com os dados da moça e uma ordem para prender a jovem num orfanato. Carlitos e moça fogem e terão de começar tudo novamente...

A Revolução Industrial provocou mudanças importantes para a sociedade e para o homem. As relações de vida e trabalho das pessoas transformaram-se significativamente. No entanto, construímos uma sociedade na qual tudo se justifica para ficar rico. O ideal de vida e felicidade tornou-se: ter, seja o que for, a qualquer preço.

No início da Revolução Industrial, acreditava-se que o aumento da produção produziria a igualdade social, mas, ao contrário, a abundância e as novas tecnologias ficaram restritas há poucos e só os mais ricos usufruíam dos seus benefícios.

Atualmente, ao contrário do que é demonstrado no filme, enfrentamos o problema da falta de emprego e não o excesso dele. A máquina, considerada por muitos como a "grande vilã", reduziu aos poucos, os postos de trabalho e invadiu nossas casas e os locais de trabalho. Cito como exemplo a aposentadoria da máquina de escrever. Em nossas casas encontramos aparelhos de todo tipo: liquidificador, espremedor de frutas, batedeira, máquina de lavar e secar roupas, forno de microondas, televisor, vídeo-cassete, panificadora elétrica e uma infinidade de produtos para se apertar botões. Sem contar os portáteis e os games que invadiram um espaço precioso para as pessoas: o lazer. Precioso porque, o lazer é o espaço reservado à liberdade individual, no qual poderemos nos dedicar ao desenvolvimento intelectual.Infelizmente, isso pouco acontece; por comodidade e facilidade, preferimos nos restringir apenas a assistir um programa na TV, jogar vídeo game ou navegar horas a fio pela internet. O que parece uma evolução natural que beneficia a humanidade pode nos escravizar e nos alienar. Tudo nos é apresentado como rápido, fácil e vantajoso, mas temos que pensar sobre as facilidades e comodidades promovidas pelo capitalismo moderno e estabelecer um limite para o uso consciente das tecnologias em nosso dia-a-dia.

quarta-feira, 30 de março de 2011

TEMPOS MODERNOS, DE CHARLES CHAPLIN - COMENTÁRIO E FILME

TEMPOS MODERNOS é o primeiro filme em que Charles Chaplin utilizou efeitos sonoros

que até então eram pouco conhecidos. A produção é de 1936, Chaplin atua e dirige o filme.

ANÁLISE DO FILME TEMPOS MODERNOS: O último filme mudo de Chaplin foi Tempos Modernos, retrata a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, logo após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando a

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