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Conflitos étnico-nacionalistas no mundo

Seminário: Conflitos étnico-nacionalistas no mundo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/4/2014  •  Seminário  •  3.925 Palavras (16 Páginas)  •  328 Visualizações

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Conflitos Étnico-nacionalista do Mundo

Os Conflitos Étnicos envolvem questões religiosas, territoriais, políticas e culturais. O embate entre grupos ou comunidades com características diferenciadas muitas das vezes resulta em genocídio.

Os Conflitos Étnicos são antigos na história da humanidade. Ainda na pré-história, segundo alguns antropólogos, os Neandertais foram extintos em função de um conflito causado por diferenças étnicas contra os Homo sapiens. Assim, vários outros povos também sofreram com aniquilações no decorrer do tempo. Na Idade Média, foram vários os conflitos ocorridos por interesses de um reino dominar o outro que possuía origens culturais diferentes. Houve também as Cruzadas, um dos casos mais emblemáticos do período. Em linhas gerais, tratavam-se do embate entre cristãos e muçulmanos.

Na Idade Moderna, houve um dos maiores genocídios da história humana. Em meio ao processo de expansão marítima, os Espanhóis chegaram até a América e encontraram um povo com características bem distintas, os índios. Com o intuito de colonizar as novas terras e enriquecer os cofres espanhóis com metais preciosos, cerca de 70 milhões de nativos foram mortos.

O termo Conflito Étnico identifica qualquer conflito que tenha em sua essência o choque de pessoas com origens religiosas, raciais, culturais ou geográficas. O enfrentamento violento está sempre presente e por vezes as ações são tão extremizadas que violam as determinações do Código de Guerra. É o caso do genocídio, que leva a morte milhares ou milhões de pessoas, sem distinção entre civis e militares, homens, mulheres ou crianças. Em alguns casos, especialmente no Oriente Médio, o termo Conflito Religioso é usado no lugar de Conflito Étnico porque os motivos religiosos são bem mais destacados em relação aos demais.

A lista de Conflitos Étnicos é enorme. Para o continente europeu podemos citar: o Conflito nos Bálcãs, que colocou em choque as várias nacionalidades que compunham a Iugoslávia, levando ao seu esfacelamento; o processo de independência da Bósnia, que colocou croatas, sérvios e muçulmanos em conflito, resultando em uma limpeza étnica dos não sérvios na região; a Guerra do Kosovo, onde a população que ansiava por direitos para a população de origem albanesa foi massacrada; a Questão Basca, no qual um povo com identidade e cultura própria no norte da Espanha luta por sua independência; a Questão Irlandesa, que deseja conquistar a independência da Irlanda em relação ao Reino Unido; e os Conflitos no Cáucaso, que geram disputam entre as cerca de 50 etnias que vivem na região.

No continente Asiático há, por exemplo, o Conflito Étnico na Caxemira, onde há resquícios do fim do imperialismo inglês que colocam em confronto as etnias da região. O Sri Lanka é uma ilha habitada por diversas etnias que enfrentam-se, principalmente, por questões religiosas. A Indonésia vivencia a opressão que uma maioria muçulmana impõe sobre uma minoria católica. O mesmo tipo de confronto ocorre nas Filipinas. A China enfrenta os movimentos separatistas em aproximadamente 40% do território por causa das diferenças culturais e da insatisfação com as exigências impostas com a revolução socialista. E, por fim, os Curdos representam o maior povo sem Estado no mundo. Vivendo no Oriente Médio, buscam a independência de um território para seu povo.

Atualmente, o caso mais latente na América é o do Quebec, província canadense com uma cultura francesa. Diferentemente do restante do país que traz as marcas da colonização inglesa. A província de Quebec tentou ser independente, mas continua como parte do Canadá. Para amenizar a situação, o francês foi declarado oficialmente como segunda língua no país.

E, por fim, o continente africano que é marcado por uma série de Conflitos Étnicos. A maioria dos problemas africanos estão ligados a fatores desse tipo, o que é uma consequência da exploração que as potências capitalistas desenvolveram no continente. No século XIX, a África foi toda dividida entre os países imperialistas que buscavam suas matérias-primas e as zonas de influência no continente. A divisão do território foi toda feita sem se levar em consideração as diferenças étnicas em cada região, deixando, muitas vezes, grupos rivais, ou, pelo menos, de práticas culturais muito distintas vivendo em um mesmo território. As consequências desse processo são vistas até hoje, marcando os grandes problemas de instabilidade social e política no continente. No caso africano, podemos citar o Genocídio de Ruanda, no qual milhares de tutsis foram mortos por hutus; os conflitos no Chifre da África, ocasionando em devastação da região; e os Conflitos na Nigéria, onde há confrontos entre grupos religiosos e o governo do país.

Fonte:

http://www.scribd.com/doc/22041477/CONFLITOS-ETNICOS-ATUAIS

http://www.portalimpacto.com.br/docs/Aula21Franco2Ano.pdf

Conflitos na Europa

Na Europa se vive sob o impacto da globalização, de uma maior mobilidade internacional e do incremento dos fluxos migratórios. O aumento da intolerância política, religiosa e étnica bem como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e fora do espaço europeu, provocaram a saída de inúmeros contingentes populacionais das suas terras, refugiados nem sempre bem acolhidos em ambientes que lhes são pouco familiares. Carências econômicas, a par de problemas sociais vividos pelos cidadãos de determinado Estado, têm contribuído para o surgimento de tensões evidenciadas sob formas de racismo "flagrante" e "subtil" contra determinados grupos, entre os quais comunidades migrantes e minorias étnicas ou religiosas (por exemplo, os ciganos, os judeus, os muçulmanos). Tais ressentimentos têm sido agravados pelo fomento de doutrinas xenófobas por parte de partidos políticos, designadamente os de extrema-direita, que não só deles se aproveitam para justificar períodos de maior vulnerabilidade econômico-social no seu próprio país, como ainda, através dos nacionalismos exacerbados patentes nos seus discursos, adicionam às ideologias já enraizadas novas ondas de intolerância. Embora tendo presentes os maus exemplos do passado (Holocausto, apartheid, etc.), a verdade é que sentimentos desta natureza persistem na Europa, em prejuízo de indivíduos ou coletivos segregados, independentemente do seu nível econômico e da partilha ou não dos valores, princípios e matrizes fundamentais da sociedade de acolhimento.

Alguns

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