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Por:   •  5/4/2014  •  815 Palavras (4 Páginas)  •  193 Visualizações

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O Crime do Padre Amaro

Eça de Queirós

Primeiro grande romance de Eça de Queirós, O Crime do Padre Amaro tem por alvo a crítica à sociedade portuguesa por meio da análise de duas constantes: o anticlericalismo e o provincianismo.

Essa obra tornou-se o marco do Naturalismo na Literatura Portuguesa e, como naturalista, o escritor defende a ideia de que o homem é fruto do meio em que vive, da origem hereditária que carrega e do momento histórico em que vive.

Esse determinismo é responsável pelo amoldamento do caráter do homem e é nesse contexto que se insere o protagonista Amaro Vieira, filho de criada e que após a morte dos pais foi adotado pela rica marquesa de Alegros. Tem sua educação voltada para o sacerdócio, embora não apresentasse vocação alguma para exercê-lo. Após ordenado, é nomeado pároco da pequena vila de Leiria e lá encontra Amélia, filha de Sá Joaneira, concubina do cônego Dias. Convivendo em um ambiente amoral, entre carolas e padres corrompidos, Amélia facilmente se deixa seduzir pelo padre Amaro.

Não há personagens livres da crítica ferina de Eça de Queirós, tanto no meio eclesiástico quanto no círculo de "amizades" e "devotas" que rodeia os padres. Quase todos os personagens são apresentados de forma sarcástica, irônica e crítica, sendo raras as exceções.

O romance de Amaro e Amélia vem à tona quando João Eduardo, noivo de Amélia, enciumado com as atenções que a moça vem dando ao padre, escreve um comunicado no jornal da pequena província, criticando as relações amorosas e pecaminosas dos padres que rompem com a promessa de celibato. O artigo provoca grande polêmica, e Amélia rompe o noivado para tornar-se exclusivamente amante do padre Amaro.

Grávida, Amélia vive enclausurada e recebe o apoio de um espírito generoso, o abade Ferrão. Após dar à luz, a personagem morre e seu filho é levado por uma "tecedeira de anjos". A criança desaparece de forma estranha e é dada como morta, apesar de ser aparentemente saudável. Embora tenha tido um ligeiro remorso, Amaro segue sua carreira, cuidando para ser mais cauteloso em suas aventuras.

As críticas de Eça de Queirós são dirigidas não só ao provincianismo de Leiria, mas a todo Portugal que, de certa forma e na visão do escritor, permanece aquém do desempenho de outros países europeus.

Escritor rigoroso, capaz de investir anos na precisão da palavra (e do estilo), produziu obra significativa, mais de 30 títulos entre romances e contos. José Maria Eça de Queirós , nasceu em Póvoa do Varzim 1845. Passou a infância e juventude longe dos pais pois estes não eram casados. Estudou direito na Universidade de Coimbra. Ligou-se por essa ocasião ao grupo renovador chamado “Escola de Coimbra” , Responsável pela introdução do Realismo em Portugal.

Eça não participou diretamente da “Questão Coimbra” - 1865 - , a polêmica em que jovens defensores de novas idéias literárias , artísticas e filosóficas liderados por Antero de Quental , se defrontaram com os velhos românticos , ultrapassados e conservadores , liderados por Visconde de Castilho.

Dedicou-se ao jornalismo depois de formado , e viajou pelo Oriente. Em 1871, participou das “Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense” – nova etapa da campanha que implantou em Portugal as novas perspectivas culturais do Realismo falando sobre o “Realismo como nova expressão da arte”.

Eça de Queirós e o representante maior da prosa realista em Portugal. Grande renovador do romance ,

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