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Decada Perdida

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Por:   •  17/9/2014  •  2.866 Palavras (12 Páginas)  •  259 Visualizações

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Década Perdida

Em 1979, iniciou-se o governo do general Figueiredo, tendo como ministro da Fazenda Karlos Rischbiter, como ministro da agricultura Delfim Netto e como ministro do planejamento Mario Henrique Simonsen. Este defendia um rigoroso ajuste fiscal, corte nos gastos e nos investimentos que não tinham prioridade, visando a melhoria das contas em transações correntes e o controle do processo de endividamento externo, optando por seguir uma política ortodoxa.

Por outro lado, figurava a oposição composta por Delfim, do Planejamento e por Andreazza, do Interior. Estes defendiam uma política heterodoxa, que era baseada no crescimento econômico a qualquer custo, tendo em vista um rápido desenvolvimento da economia no país. Logo, traçou-se uma disputa política relacionada aos rumos da economia brasileira, assim Delfim Netto acabou substituindo Simonsen no Ministério do Planejamento. Delfim queria reeditar o milagre econômico, mesmo sabendo que a situação externa estava desfavorável. Com o segundo choque do petróleo e a alta dos juros externos, ele não teve outra saída a não ser mudar a condução da politica econômica.

Dentre essas razões, este período ficou conhecido como a "década perdida", caracterizada pela queda nos investimentos e no crescimento do PIB, pelo aumento do déficit publico, pelo crescimento da divida externa e interna e pela ascensão inflacionaria.

Devido ao agravamento da crise econômica e ao aumento das pressões sobre o governo militar, acabaram tornando inviável a continuação desse tipo de governo, e assim em 1985, iniciou uma nova forma de governar o paìs, um governo civil em que o presidente seria eleito de forma indireta através do Congresso Nacional.

Embora seja um tema relativamente constante do noticiário econômico brasileiro dos últimos 40 anos, foi na década de 1980 que a inflação brasileira intensificou-se como nunca ocorreu antes. A alta dos juros internacionais, desde 1979, e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, e continuaram a crescer ano a ano. Em 1986, o governo tentou conter a inflação com o Plano Cruzado, mas conseguiu apenas baixá-la para 62% ao ano. Assim, após mais três planos econômicos de contenção, a década encerrou-se com o Brasil às portas da hiperinflação, com a marca de 1764% ao ano em 1989, chegando ao máximo de 6584% para o período dos últimos 12 meses, em abril de 1990

O Brasil é resultado de um amplo conjunto de causas entre as quais, o peso insustentável da dívida externa, o imobilismo gerado por uma excessiva proteção à indústria nacional, o fracasso dos programas de estabilização no combate à inflação e o esgotamento de um modelo desenvolvimentista, baseado fundamentalmente na intervenção generalizada do Estado na economia, esgotamento esse assente na crise do Estado brasileiro que diminuiu sensivelmente a sua capacidade de investimento, retirando-lhe grande papel de principal promotor do desenvolvimento.

Desde então, refletindo a crise econômica internacional (explosão dos preços do petróleo e problemas econômicos nos países industrializados), a inflação brasileira cresceu desde final de 73, chegando a 76% ao ano em 1979 assim nesse período, o padrão de crescimento baseado no financiamento externo ou estatal, através do investimento direto do Estado ou do investimento privado subsidiado, que tinha prevalecido durante a década de setenta. Nesse período o Brasil vivia alta dos juros internacionais, desde 1979, e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, que ultrapassaram a marca dos 100% (três dígitos) ao ano em 1981, e continuaram a crescer ano a ano sendo que em 1982 foi quando o fluxo de financiamento externo cessou devido a declaração de Moratória do México o que deixou o mercado apreensivo.

A crise nacional se acentua e o Brasil perde o controle do seu rumo devido a utilização de uma política equivoca. O mundo estava em recessão e a política defendida era a desenvolvimentista assim assume o cargo do Ministério do planejamento Delfin Netto que tinha em mente reeditar o milagre econômico que ocorreu na década anterior. A tentativa não obteve êxito contribuindo ainda mais para o aprofundamento da economia brasileira, pois era necessário capital estrangeiro para financiar o plano. Como a economia mundial estava em recessão e com as devidas crises do petróleo as taxas de juros estavam muito oscilantes e o úncio modo que o Brasil conseguiu financiar o planejamento foi adotando taxas de juros não fixas, deste modo, a dívida ficava muito vulnerável com a alta dos juros internacionais, desde 1979.

A política heterodoxa adotada por Delfin Netto não estava adequada ao momento econômico, o Brasil percebeu isto apenas em 1981 quando não teve outra saída a não ser pedir auxílio ao FMI que vem ao país com o intuito de controlar a economia interna e fazer com que o país quite suas dívidas. Assim Delfin concretiza-se que deveria adotar a política ortodoxa que antes havia sido defendida por Simonsen, já que e os problemas ligados à administração da dívida externa marcaram então um crescimento nunca visto das taxas inflacionárias no país, que ultrapassaram a marca dos 100% (três dígitos) ao ano em 1981, e continuaram a crescer ano a ano.

As políticas econômicas ortodoxas, em função dos desequilíbrios desta economia, como a inflação e o desequilíbrio externo, estavam geralmente contidas nas recomendações do Fundo Monetário Internacional e consistiam basicamente em:

Reduzir as despesas do Estado e equilibrar o orçamento público;

Reduzir e controlar a quantidade de moeda em circulação;

Liberalizar os preços de quaisquer tabelamentos;

Liberalizar a taxa de juros;

Liberalizar a taxa de câmbio;

Eliminar todos os subsídios;

Reduzir os salários dos setores público e privado.

È possível observar que a exceção da proposta para os salários, todas as demais são liberalizantes Aliás, uma constante das propostas ortodoxas de política econômica, sempre foi o arrocho salarial, adotado em nome do combate a inflação. Se a inflação e o desequilíbrio externo decorrem das distorções do mercado e do excesso de procura agregada, há que corrigir essas distorções eliminando todo e qualquer controle de preços e procurando reduzir a procura agregada, aumentando a recessão da economia.

Assim,

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