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Família Contemporânea

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Por:   •  10/10/2013  •  1.804 Palavras (8 Páginas)  •  192 Visualizações

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1 - INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objetivo realizar um estudo sobre os arranjos familiares contemporâneos que tem como objetivo estimular o exercício crítico e reflexivo do aluno de assistente social para que este reflita sobre a prática do Assistente Social de forma significativa.

Para o desenvolvimento deste estudo foi realizado uma pesquisa de campo, ou seja, realizou-se uma entrevista com a Gestora do Bolsa Família da cidade de Santo Antônio de Pádua-RJ, para obter dados da quantidade de famílias atendidas pelo Programa do Bolsa Família no município.

Já na segunda parte do trabalho foi realizada uma pesquisa em livros e revistas que abordam a questão dos novos arranjos familiares introduzidos na sociedade nos últimos anos.

Desde as últimas décadas se vive mudanças sociais importantes nos diversos contextos sociais: vive-se o regime de acumulação de capital flexível; vive-se a globalização em suas dimensões socioeconômicas, culturais e tecnológicas.

Partindo desse conteúdo analítico, o presente estudo almeja propor uma breve reflexão, acerca das transformações socioeconômicas e culturais, sobre a família, tendo como base as mudanças proporcionadas principalmente pós-advento do capitalismo.

2 – DESENVOLVIMENTO

2.1 - Levantamento de dados

Para o desenvolvimento deste estudo dirigimos até a Secretaria de Assistência Social do Município de Santo Antônio de Pádua-RJ e entrevistamos Lídia Araújo, Gestora do Bolsa Família do município que prontamente respondeu todos os dados solicitados.

De acordo com a Gestora, existem no município 3.926 famílias cadastradas, 1.747 já são beneficiadas pelo Programa, 2.179 estão aguardando a análise e aprovação.

Nota-se que em um município com 40.569 habitantes, conforme dados do IBGE/2010, existe um grande número de famílias cadastradas, apresentando dados que leva-nos a analisar que existem 69,25% de famílias no município que necessitam de apoio das Políticas Públicas.

Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar, com base no bimestre de Setembro de 2012, atingiu um percentual de 92,18%, para as crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 1.956 alunos acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 2.122. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 75,85%, resultando em 289 jovens acompanhados de um total de 381.

Já o acompanhamento de saúde das famílias, na vigência de Junho de 2012, atingiu 67,19% percentual que equivale a 856 famílias de um total de 1.274 que compunham o público no perfil da área de saúde do município.

2.2 - As diversidades familiares na atualidade

Entendemos por família, os membros com relação consanguínea ou afim que residem em uma mesma residência. A família é considerada um dos principais agentes da socialização e da reprodução de valores e padrões culturais dos indivíduos, já que neste espaço se tecem relações que envolvem posições etárias, posições sexuais, produtoras e reprodutoras das representações sociais, que justificam e orientam diversas práticas familiares e sociais.

O que se revela, atualmente, com as mudanças constitucionais, são as medidas de apoio familiar dirigida particularmente para as crianças. Além das transformações nas estruturas familiares, também vêm ocorrendo mudanças constitucionais no campo da família.

A partir do século XVIII até meados do século XX, a família passa então a funcionar segundo uma lógica afetiva e se funda dentro do amor romântico. Na família moderna, a autoridade passa a ser dividida entre o Estado e os pais de um lado, e entre os pais e as mães de outro.

A família contemporânea ou pós-moderna caracteriza-se, desde os anos 60, como a família mutilada de hoje. Compõe-se da união de dois indivíduos com uma duração relativa, onde a transmissão da autoridade torna-se problemática à medida que divórcios, separações e recomposições conjugais aumentam. É uma família de múltiplas aparências, com o lugar de poder descentralizado.

Consequentemente o trabalho com famílias tem se constituído numa fonte de preocupação para os profissionais que trabalham na área, tanto pela atualidade do tema como pela sua complexidade. Segundo Mioto (2004) a sua discussão envolve inúmeros aspectos como as diferentes configurações familiares, as relações que a família vem estabelecendo com outras esferas da sociedade, tais como Estado, Sociedade Civil e Mercado, bem como os processos familiares. Além destes, estão envolvidos os aspectos inerentes à própria história.

Antes, na família atribuía-se ao homem a tarefa de prover o lar e à mulher os cuidados com a casa e com as crianças. Os dados recolhidos mostram que esse quadro está se modificando com maior participação das mulheres no mercado de trabalho e dos homens no trabalho familiar. As posições de gênero e as relações de poder ainda persistem mais são atenuadas diante das necessidades de sobrevivência, da impossibilidade do exercício dos papéis estereotipados de gênero e da circulação de ideias de modelos e de identidade de condutas sociais mais flexíveis (VAISTMAN, 1997).

As diversas posições sociais e políticas fazem referência a família existindo quase sempre uma preocupação em tudo o que lhe diz respeito. Para alguns, a família, como instituição, está relacionada ao inevitável conservadorismo. Outros a consideram um recurso para a pessoa e para a sociedade, por inserir o indivíduo em processos fundamentais da constituição da identidade. Fica evidente o papel central da família em processos humanos, como a formação dos vínculos afetivos com os pais (filiação), com irmãos (fraternidade), avós e tios, cônjuges, etc., os quais possuem grande repercussão para o desenvolvimento da personalidade.

Indícios das profundas mudanças na concepção de família encontram-se no perfil demográfico da população brasileira, com o aumento das separações e dos divórcios, o adiamento do casamento entre jovens, a redução significativa da nupcialidade, o incremento do número de famílias reconstituídas, das uniões de fato, das famílias monoparentais e das chefiadas por mulheres (PNAD, 2006).

A família sempre foi o lugar do encontro entre diferentes gerações, ora prevalecendo a cooperação, ora o conflito. Nas últimas décadas, as novas gerações divergem das anteriores quanto às metas perseguidas, aos valores respeitados e aos critérios para discernir o que vale ou o que deve ser descartado. As novas

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