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HISTÓRIA DA EAD

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Por:   •  15/2/2015  •  Tese  •  3.291 Palavras (14 Páginas)  •  211 Visualizações

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Um panorama geral sobre a história do

ensino a distância

Katia Siqueira de Freitas

katiasf@ufba.br

Introdução

A importância do ensino ou educação a distância torna-se cada vez mais evidente

e vem sendo muito utilizado e aceito em todo o mundo. A relevância deste tipo de

ensino torna-se maior à proporção que novas camadas da população buscam educar-

se ou atualizar-se profissionalmente devido as rápidas mudanças e transformações

em todos os campos do saber e da vida humana no planeta.

Historicamente, programas de ensino a distância têm desempenhado um papel

social que poderia ser considerado como terapêutico ou complementar. Eles têm

ajudado a minorar o elitismo educacional vigente em muitos países e a corrigir

algumas das fissuras do sistema tradicional de ensino. Em geral, eles complementam

o sistema tradicional e muitas vezes atingem objetivos emergenciais, decorrentes

das constantes mudanças sociais e tecnológicas.

A flexibilidade e adaptabilidade desses programas sempre tiveram um potencial

único e versátil. Examinemos o conceito de ensino a distância, sua importância

para a sociedade, algumas das suas modalidades, vantagens e desvantagens.

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Conceituação

O conceito de ensino a distância é amplo e, a principio, pode ser aplicado a qualquer

nível de ensino desde que cuidadosamente planejado e adequadamente

disponibilizado aos interessados. Freqüentemente, esse termo tem sido usado com

referencia aos programas nos quais estudante e professor estão separados em termos

de espaço físico. A comunicação entre ambos se dá através de um ou mais

meios de comunicação de massa e mais recentemente pela internet. O ensino a

distância durante muito tempo foi entendido como uma forma do chamado ensino

não-tradicional ou como uma modalidade do ensino independente, no qual o

estudante ou cursista tem certo grau de autonomia para decidir tempo e local de

estudos.

Os primeiros cursos

O ensino a distância surgiu em decorrência da necessidade social de proporcionar

educação aos segmentos da população não adequadamente servidos pelo sistema

tradicional de ensino. Eles podem ter um papel complementar ou paralelo aos

programas do sistema tradicional de ensino. Por vezes, são a única oportunidade

de estudos oferecida a adultos engajados na força de trabalho e à donas de casa,

que não podem deixar crianças e outras obrigações familiares para freqüentarem

cursos totalmente presencias que requerem freqüência obrigatória e cujos professores,

nem sempre estão preparados para atender às necessidades do estudante

adulto.

Katz (1973, p. 6-7) afirma que o primeiro curso por correspondência nos Estados

Unidos foi de taquigrafia no ano de 1728. Castro e Guaranys (1977, p. 407)

registram um curso de taquigrafia, em 1840, na Inglaterra, e vários outros cursos

por correspondência, no início do século XX, na Rússia e em, pelo menos, oito

universidades americanas, Wisconsin, Oregon, Kansas, Minnesota, Nebraska,

Texas, Missouri, e North Dakota. Rapidamente várias iniciativas de criação de

cursos a distancia se espalharam. Os mais bem sucedidos eram os do tipo extensão

universitária ou técnicos. Havia uma grande resistência com relação a cursos

universitários a distancia, por isso poucas foram as experiências duradouras, mesmo

nos paises mais desenvolvidos.

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No Brasil, o Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1940, parece ser a instituição

mais antiga a manter cursos por correspondência. Desde então, outras instituições

deste gênero foram criadas no Brasil, como o Centro de Estudos Regulares

(C.E.R.), fundado em 1981. O objetivo do C.E.R. era permitir que crianças, cujas

famílias se mudavam temporariamente para o exterior, continuassem a estudar

pelo sistema educacional brasileiro.

Durante a Segunda Guerra Mundial, vários cursos por correspondência foram

criados com objetivos distintos. A França, por exemplo, implementou-os para atender

às crianças cujas famílias tinham que se mudar constantemente.

Em verdade, cursos por correspondência continuam tão úteis em 2005 quando nos

século anteriores. A tendência é atualizá-los, acoplando-os às tecnologias educacionais

mais modernas. A The Pennsylvania State University (EEUU) e o C.E.R.

(Brasil), por exemplo, introduziram, desde a década de 80, o uso de micro computadores,

video-tapes e telefones em cursos por correspondência para auxiliar a

aprendizagem do estudante. Atualmente, o DVD

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