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Hilferding

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Por:   •  25/3/2015  •  1.489 Palavras (6 Páginas)  •  244 Visualizações

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HILFERDING:

CAPÍTULO 3: DINHEIRO COMO MEIO DE PAGAMENTO – MOEDA FIDUCIÁRIA

A mercadoria pode ser vendida e paga só mais tarde. Assim, o vendedor torna-se credor e o comprador, devedor. Em decorrência desse hiato introduzido entre a venda e o pagamento, o dinheiro adquire uma nova função (além de meio de circulação) = a de meio de pagamento.

O dinheiro deixa de ser um intermediário do processo para encerrá-lo de modo independente.

O vendedor deu a sua mercadoria em troca de um compromisso de pagamento futuro, de uma letra de câmbio. A letra de câmbio funciona como moeda fiduciária/promessa de pagamento e se baseia em obrigações por parte de particulares.

Razão da prevalência dos meios de pagamento: com a evolução da produção capitalista, as condições de circulação tornam-se mais complicadas, as oportunidades apropriadas de compra e venda deixam de coincidir e deixa de existir a ligação obrigatória entre os atos de compra e venda.

A quantidade de dinheiro que é necessária para o pagamento do preço total de mercadorias vendidas depende da velocidade de circulação dos meios de pagamento. Esta é afetada por dois fatores: pela cadeia de obrigações estabelecidas entre o credor e o devedor, de modo que A, recebendo o dinheiro de seu devedor B, paga seu credor C etc; e pelo tempo que decorre entre os diversos vencimentos.

Desenvolvem-se instituições especializadas com seus métodos próprios para a compensação dos títulos de dívida.

A quantidade de moeda fiduciária cresce com a quantidade de mercadorias existentes e com seu preço, por isso depende do volume da produção e da circulação.

Cada letra individual pode perder valor se no vencimento do pagamento não puder haver o resgate do dinheiro. Essa desvalorização, muitas vezes causada pela contração dos preços e pela paralização das vendas, constitui o fator essencial da crise creditícia.

Uma falha da moeda fiduciária cria uma lacuna na circulação. Quando isso acontece é perfeitamente racional ampliar a circulação do papel moeda estatal.

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CAPÍTULO 4: DINHEIRO NA CIRCULAÇÃO DO CAPITAL INDUSTRIAL

Processo de produção tem dupla função: é um processo de trabalho que fornece valores de uso e ao mesmo tempo é um processo de valorização.

Processo cíclico/circuito de rotação do capital: D – M – ... – M’ – D’

Ciclo de rotação do capital = ciclo de valorização do dinheiro.

Esse processo se subdivide em dois estágios de circulação (D – M e M’ – D’) e em um estágio de produção (M – ... – M’) = tempo que o capital produtivo leva pra se valorizar.

Na circulação ele se apresenta como capital monetário e capital mercantil; na produção, como capital produtivo. O capital que percorre todas essas formas constitui o capital industrial.

Capital monetário só é capital porque se destina à transformação em elementos de capital produtivo. De imediato, ele só constitui dinheiro.

1° estagio:

 Compra de meios de produção e força de trabalho;

 Com relação ao pagamento da FT, o crédito não desempenha função alguma, mas para a compra dos MP o crédito é importante.

 Pressuposto do crédito de produção = só se empresta dinheiro àquele que gasta de modo a permitir sua volta após um período normal de circulação.

Em tempos de prosperidade, ocorre a expansão do crédito, o que torna possível um rápido aumento da circulação, maior do que é possível com base no dinheiro metálico.

O capitalista quer que o tempo de rotação do capital (TRK) seja o menor possível. E nas fases de circulação o capital não gera mais valor/lucro. Nessas fases há capital parado/dinheiro improdutivo, então há apenas custo para o capitalista, que objetiva diminuir ao máximo ambas as fases. Quanto mais curto o TRK, mais rápido se realiza a mais valia em forma de dinheiro convertido em capital.

Durante o processo cíclico, são liberadas periodicamente determinadas somas de dinheiro (para pagamento da FT, dos fornecedores, para a manutenção, para compra de novos MP etc). Esse dinheiro é improdutivo (não produz lucro) por isso existe a tendência de impedir essa ociosidade.

Esse objetivo só pode ser atingido através do crédito.

Liberação e ociosidade periódicas do capital monetário:

O capital monetário, utilizado na compra dos MP e da FT, tornou-se necessário para garantir a continuidade da produção e para evitar que a circulação do capital a interrompa.

Capital circulante  parte do capital industrial que é totalmente consumida em cada período de rotação, passando seu valor integralmente para o produto.

Capital fixo  parte do capital que durante alguns períodos de rotação entra em ação. Causa um entesouramento periódico e a ociosidade periódica do capital monetário.

Capital monetário ocioso é o que deve permanecer por algum tempo entesourado sob a forma de dinheiro ate o momento de ser empregado na produção.

Como o lucro nasce da produção e só é realizado por meio da circulação, existe uma tendência constante de transformar todo capital em capital produtivo.

Sistema creditício:

O montante do dinheiro é depositado no banco e este transforma o capital ocioso em capital ativo emprestando-o para outros capitalistas. E uma parte volta para o banco na forma de juros.

Todos os fatores que atuam sobre a quantidade do capital ocioso (preços, evolução das técnicas e do transporte etc) passam a determinar a expansão e contração do crédito.

Esse crédito que se baseia na liberação do capital monetário diferencia-se do crédito comercial, pois esse último resulta da função alterada do dinheiro na circulação simples de mercadorias.

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