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Economia política - Hilferding

Por:   •  9/6/2017  •  Seminário  •  414 Palavras (2 Páginas)  •  150 Visualizações

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Um dos instrumentos possíveis para mudar a forma de domínio político  é a conquista do Estado. Tal conquista se dá no âmbito democrático, ou seja, na luta entre partidos políticos. Esse é o único movimento capaz de modificar as diretrizes econômicas, e esse embate entre partidos políticos é essencial para garantir os pressupostos da democracia na medida em que coloca no cerne da questão a representação, por meio desses partidos, de diversos setores da sociedade. Assim, considera-se a democracia como um elemento social para a conquista do Estado, este que por sua vez é responsável pela própria transformação econômica.

O capitalismo organizado é a junção do capitalismo financeiro e do capitalismo industrial. Nessa etapa do capitalismo postulado por Hilferding, o Estado é um agente crucial enquanto mantenedor desse sistema, desempenhando uma função semelhante àquela desempenhada no sistema mercantilista, de modo a garantir proteção irrestrita a esse capital nacional,  por meio de medidas protecionistas, de incentivo e de concessão. Apresenta como uma das principais características a tentativa de conquistar não somente o mercado interno, como também o mercado externo. No âmbito ideológico, a política do capital financeiro é o imperialismo, e a política do capital industrial é liberalismo.

A partir dessa face imperialista, o capital contemporâneo é responsável pela criação de uma economia planificada orquestrada por agentes privados e não mais pelo Estado, como era de se costume pensar. Assim, as decisões econômicas, das mais simples às mais complexas, são ditadas por esses agentes. Nesse sentido, consumo, produção, distribuição e outras atividades econômicas são colocados de forma disforme no globo, atingindo lugares privilegiados economicamente. Para isso, faz-se uso extensivo do marketing, das estratégias de mercado consumidor de modo a maximizar o lucro do capital estrangeiro.

Esse processo começou a partir de 1873 com a centralização de capitais. Os bancos passaram a ser grandes atores nessa atividade, lançando largos investimentos, num primeiro momento, na indústria de base. A partir de então, assistiu-se a monopolização de mercados internos e, logo em seguida, a monopolização de mercados externos. A política de expansão colonial tomou contornos, sendo tratada por Bukharin, como “política de rapina”. Nesse momento, todas as regiões do mundo passaram a ser áreas de potenciais investimentos, e o poder militar foi utilizado para garantir a hegemonia sobre determinado território, frente a outros estados nacionais. Ainda segundo Bukharin, essa etapa do capitalismo buscou colônias para acumular capitais, e, assim que o colonialismo se findou, a nova busca de capitais se fez na promoção de guerras entre os Estados.

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