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Leonardo Da Vinci

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Por:   •  16/1/2015  •  Monografia  •  3.185 Palavras (13 Páginas)  •  751 Visualizações

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 13

2. LEONARDO E SEU TEMPO 14

3. VIDA E OBRAS 17

5. CONCLUSÃO 23

APÊNDICES 24

1. INTRODUÇÃO

Embora maior parte da sua vida decorra no século XV, Leonardo (1452-1519) é, contudo, homem típico do Renascimento, pela genialidade dos projectos em que se empenhou, pela diversidade das suas áreas de interesse, pela sua personalidade multifacetada. Esta caracteriza-se pela inquietude e irrequietude que o levam a mudar continuamente de projectos (tantos e diversos são os seus interesses e a sua ânsia do novo), a deixá-los inacabados, e, enfim,, pela sua exigência, senão mesmo obsessão, de perfeição.

Leonardo da Vinci é, sobretudo, um homem radicalmente interessado em todos os campos do saber e do conhecimento. E se fundamentalmente é conhecido como pintor - um dos maiores pintores de todos os tempos - e, por isso, tem um lugar garantido e de destaque numa história de arte - é igualmente verdade que, neste campo, também se dedicou à escultura (embora todas as suas obras de escultura se tenham perdido) e à arquitectura.

Igualmente se interessou pela engenharia, designadamente pela engenharia militar, campo no qual inventa uma enorme quantidade de maquinaria, desde as famosa máquinas voadoras, cujos desenhos todos conhecemos, aos carros de assalto e aos submersíveis.

A sua obra científica é espantosa e imensa. Faz estudos de matemática, de física - sobretudo nas áreas da hidráulica e da óptica - e de anatomia, cujos desenhos são famosos e revelam conhecimentos com um século de avanço. Ainda hoje, as suas notas, desenhos e ilustrações nestes domínios podem ser consultados no chamado Codex Atlanticus na Biblioteca Ambrosiana de Milão (1).

O seu interesse vital parece Ter sido, portanto, a investigação científica. Por esta diversificação de áreas de interesse e pela sua genialidade em todas elas, Leonardo transcende em muito os limites de uma história da arte para poder ser considerado uma figura pertencente à história da cultura, à história do espírito humano e das suas realizações ou, pelo menos, das suas ambições.

2. LEONARDO E SEU TEMPO

Leonardo vive um tempo histórico que sem define a si mesmo como um tempo de Renascimento. E entende Renascimento, no seu significado literal, como renascença do homem, nascimento, outra vez, do homem,, de um homem novo e renovado (por oposição ao homem medieval). Nascimento ou, mais precisamente, renascimento do homem para o homem, para uma vida autenticamente humana, porque fundada naquilo que o homem tem de mais seu: as artes, a instrução, a investigação, e que fazem dele um ser diferente de todos os outros. Enfim, regresso do homem a si mesmo, regresso do homem à sua dimensão humana. Para que o homem se possa reencontrar a si mesmo como homem, o renascimento aponta como caminho o "regresso às origens", o "regresso às fontes". As fontes originais encontram-se na Antiguidade Clássica e nas suas produções culturais. O que devia renascer eram, portanto, a arte e a cultura clássicas e, através delas, o homem.

A Idade Média aparece, aos olhos dos renascentistas, apenas como "uma longa noite de mil anos", uma época de trevas e de obscurantismo, um tempo em que o homem, totalmente esquecido de si, morre para fazer viver Deus e, por isso, uma época a esquecer, um interregno na vida do homem - eis porque lhe chamaram Idade Média, isto é, uma idade que medeia, que está entre parêntesis e que é um parêntesis na vida e na história do homem, época de sono em que o homem adormeceu. Após a longa Idade Média trata-se, agora, de recordará o homem, de recomeçar a partir do ponto em que a vida foi interrompida pelo sono, de renascer. E esse ponto original, brutalmente interrompido pela medieval idade, essas fontes esquecidas, encontram-se na clara luminosidade da época clássica, na Antiguidade grega e latina, sobretudo nos textos que produziu. Conhecer em primeira mão os textos clássicos e os autores clássicos, ler, no original, - em grego e em latim - os textos que esses autores escreveram, beber a cultura original. Exige-se, pois, uma leitura directa dos grandes autores clássicos, recusando os processos medievais do conhecimento através de comentários e de comentários de comentários... E eis o traço mais característico do Renascimento: o Humanismo.

O humanismo renascentista é também um humanismo muito mais individualista que o da época clássica. Não somos apenas homens, com algo comum a todos os homens, somos também indivíduos, com algo único. Esta ideia deu origem, no Renascimento, a uma veneração do génio . O ideal de homem, e todas as épocas o têm, é precisamente aquilo a que hoje chamamos o homem renascentista , isto é, um homem que se ocupa e se interessa por todos os domínios da vida, da arte e da ciência, um homem a que nada do que é humano pode ser alheio. E, neste aspecto, Leonardo da Vinci, é o homem típico do Renascimento porque, mais que em nenhuma outra personalidade, nele se realiza esse ideal.

O Humanismo, considerado como o traço dominante do Renascimento, permite caracterizar esta época como uma época de antropocentrismo - por oposição ao teocentrismo medieval. Mas a tese central do humanismo encontra-se na ideia pedagógica de que o estudo das disciplinas humanísticas - gramática, retórica, dialética - (aquilo a que se veio a chamar trivium e constituía o cerne das Artes Liberais), aquelas que,, segundo os clássicos, proporcionavam uma formação humanística, porque só elas desenvolviam o homem nas suas qualidades mais intrinsecamente humanas, eram imprescindíveis para formar o homem. Isto é, o homem não nasce simplesmente homem, ele forma-se como homem precisamente pelo conhecimento daquilo que o próprio homem produz e reconhece como produção própria sua, como produção mais especificamente humana: as letras, as humana literae ou studia humanitatis ( que só elas autenticamente espelham o homem ) e que são distintos dos estudos teológicos. Por isso só a educação constrói e forma o homem como homem. A herança clássica revisitada era, pois, instrumento de educação, isto é, de formação humana; claro retorno ao ideal grego de Paideia, que os latinos tão bem traduziram por humanistas. Por isso, o Humanismo é, essencialmente, uma revolução pedagógica.

O regresso às origens a que se apela, entendido desta forma, traz

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