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Literatura brasileira

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Por:   •  20/9/2014  •  Projeto de pesquisa  •  10.781 Palavras (44 Páginas)  •  199 Visualizações

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ESTRANHOS ESTRANGEIROS

CAIO FERNANDO ABREU

http://groups.google.com.br/group/digitalsource

CAIO FERNANDO ABREU

ESTRANHOS ESTRANGEIROS

e

PELA NOITE

1ª reimpressão

COMPANHIA DAS LETRAS

Copyright © 1977, 1980, 1983, 1992, 1996

by Caio Fernando Abreu

Capa:

João Baptista da Costa Aguiar

Preparação:

Márcia Copola

Revisão:

Eliana Antonioli

Carlos Alberto Inada

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP )

(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

Abreu, Caio Fernando, 1948 1996.

Estranhos estrangeiros e Pela noite Caio Fernando Abreu - São Paulo Companhia das Letras, 1996

ISBN 85 7164-554-X

1 Contos brasileiros I. Título.

96-1856 CDD869935

Índices para catalogo sistemático:

1. Contos Século 20 Literatura brasileira 869.935

2. Século 20 Contos Literatura brasileira 869.935

2002

Todos os direitos desta edição reservados à

EDITORA SCHWARCZ LTDA.

Rua Bandeira Paulista, 702, j. 32

04532-002 - São Paulo - SP

Telefone: (11) 3167-0801

Fax: (11) 3167-0814

www.companhiadasletras.com.br

ÍNDICE

Nota do editor, 7

Estranhos Estrangeiros, 9

Ao simulacro da imagerie, 11

Bem longe de Marienbad, 17

London, London, 43

Pela Noite, 53

Índice remissivo, 155

“Pagina do lado”

A epígrafe de Miguel Torga dá o tom do livro que Caio Fernando Abreu havia planejado escrever que sua morte prematura, em fevereiro de 96, quando atingira sua plena maturidade de escritor, não permitiu que completasse. Foram escritos dois contos. O tema é a ambigüidade do exílio, em que a distância da terra natal – fonte do desgarramento típico do emigrado – é também a afirmação da identidade de seres humanos de uma determinado tipo, aqueles que se vêem como exilados voluntários do cotidiano da colméia – os “estranhos” do título. Para essa pessoas, entre as quais Caio Fernando decididamente se alinhava, o desgarramento é criador de um espaço de liberdade indispensável para a própria sobrevivência: são estrangeiros porque são diferentes, porque são “outros” desde o início.

Não é uma liberdade alegre, a que se obtém com a distância, lembra o primeiro conto, “Ao simulacro da imagerie”. Fica “aquele mla-estar aqui dentro”, e pode parecer que tudo ficou lá fora, intangível. Resta o ideal da fraternidade entre os seres da mesma família – aqueles que optaram por um tipo peculiar de integridade, indiferentes aos cacoetes da unanimidade social e às injunções da “Árdua Tarefa de Subir na Vida”. Esses, quando se encontram, podem abraçar-se, dançar e freqüentar as estrelas.

O longo e surpreendente conto “Bem longe de Marienbab” mostra como a idéia desse encontro possível determina uma trajetória muito especial no mundo, uma trajetória que exige atenção constante e desvenda uma realidade vista como fantasmagórica e sem sentido para transformá-la em afeto e auto-conhecimento.

“2 Pagina do lado”

“London, London” , um conto curto de 97, evocativo do período em que o autor viveu em Londres, integra-se naturalmente ao conjunto: desde o início Caio Fernando decidiria incluí-lo.

A novela “Pela noite”, publicada pela primeira vez em 83, completa este belo livro.

Caio Fernando Abreu nasceu em 12 de setembro de 1948, em Santiago do Boqueirão, no Rio Grande do Sul. Escreveu Inventário do irremediável (1970), O limite branco (1971), O ovo apunhalado (1975), Pedras de Calcutá (1977), Morangos mofados (1982), Triângulo das águas (1983), As frangas (1988), Os dragões não conhecem o paraíso (1988), A maldição do vale negro (1988), Onde andará Dulce Veiga? (1990), Ovelhas negras (1995) e Pequenas epifanias (1996). Desses, Morangos mofados, pedras de Calcutá, Os dragões não conhecem o paraíso, Onde andará Dulce Veiga? foram publicados pela Companhia das Letras. Por seu trabalho literário, recebeu os prêmios de Fernando Chinaglia (1970), Status (1980), Jabuti (1984 e 1990) e APCA (1990). Teve vários livros traduzidos para diversas línguas. Faleceu 25 de fevereiro de 1996.

NOTA DO EDITOR

Este livro reúne dois projetos a que se dedicava Caio Fernando Abreu antes de falecer.

Na primeira parte está o que foi encontrado do livro que ele pretendia

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