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Memória Renato Russo Do inferno ao céu

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Por:   •  1/4/2014  •  Tese  •  964 Palavras (4 Páginas)  •  362 Visualizações

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Memória

Renato Russo

Do inferno ao céu

Na semana em que o roqueiro faria 40 anos, amigos contam quando e com quem ele contraiu Aids e a família relata a história de Giuliano, o filho que chegou a ser noticiado como adotado

Cláudia Carneiro e André Barreto

Foto: Pedro Agilson

O ícone Renato Russo tinha um relacionamento difícil com os pais: Dona Carminha só soube que o filho tinha Aids pela TV

O cantor e compositor Renato Russo sempre surpreendeu. Aos 18 anos, fez a mãe empalidecer ao revelar que era homossexual. “Mãe, não vou casar com a Ana Paula, porque acho os homens interessantes”, admitiu ele, referindo-se à então namorada, uma fotógrafa, filha de um almirante. “Meu chão foi lá embaixo”, lembra hoje a professora aposentada Maria do Carmo Manfredini, 62 anos. “Parei um minuto para rezar: Meus Deus, o que faço agora?” Dona Carminha, como é conhecida, então respondeu a Russo, angustiado com o silêncio da mãe: “Está bem, filho, mas só não me traga homem para dentro de casa”.

Renato Russo surpreendeu os pais, amigos, fãs e a música brasileira não apenas enquanto viveu. Morto há três anos e meio, o líder da banda Legião Urbana permanece aclamado como mito do rock nacional. Na segunda-feira 27, faria 40 anos. Mesmo sem existir mais, a Legião é o grupo de rock que mais vende discos. Este mês, seu CD Acústico MTV, lançado em outubro de 1999, com um milhão de cópias, está em segundo lugar entre os mais vendidos – perde para Sandy & Júnior, em São Paulo, e Roberto Carlos, no Rio. De 1995 até agora, a Legião vendeu 10,2 milhões de cópias e os três discos-solo de Russo, 2 milhões. Renato Russo ferve em 140 sites da internet sobre a Legião.“Garotos de 13 anos o estão conhecendo e virando fãs fervorosos”, diz Simone Assad, jornalista e fã que coordenou, de Nova Friburgo, no interior do Estado do Rio, a edição do livro Renato Russo de A a Z, lançado em janeiro pela Editora Letra Livre, um dicionário com frases do cantor, com 453 verbetes. O jornalista carioca Arthur Dapieve prepara para setembro uma biografia. Seus pais, o funcionário aposentado do Banco do Brasil Renato Manfredini, 75 anos, e Maria do Carmo, lançarão um livro com os rascunhos de quando o filho compunha.

Boa parte dos manuscritos continuarão inéditos, se depender do casal Manfredini, responsável pelo espólio do filho. No apartamento do artista em Ipanema, no Rio, os pais guardam pequenas peças de teatro e letras inéditas. Os diários que escreveu até o fim da vida, em inglês, são intocados. “Enquanto vivermos e tivermos controle sobre as coisas de Júnior (Russo era Renato Manfredini Júnior), ninguém mexe nos diários”, diz a mãe. O casal prevê problemas com a biografia escrita por Dapieve.

“Não autorizaremos que o livro trate de coisas íntimas da vida de Júnior”, avisa Carminha. Dapieve acredita que superará a resistência dos pais. Segundo o jornalista, a carência de Russo levou-o a se entregar ao álcool e às drogas. “Ele tomava Cointreau em copo de requeijão em um só gole”, conta.

Foto: Pedro Agilson

Antes de morrer, pediu ao pai provas de amor

“Quando namorava um rapaz chamado Lui, tentou suicídio para chamar a atenção dele.” Nos últimos meses de vida, Renato desistiu de tomar AZT. Uma amiga, que prefere não se identificar, acrescenta que, um mês antes de morrer,

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