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O Capital – A Assim Chamada Acumulação Primitiva

Por:   •  22/6/2019  •  Monografia  •  637 Palavras (3 Páginas)  •  355 Visualizações

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O Capital – A assim chamada acumulação primitiva

No capítulo 24 do livro "O capital", Karl Marx aborda os fatores fundamentais que ocasionaram a transição do modo de produção feudal para o capitalista.

Este capítulo tem como intuito desvendar os fatores que proporcionaram o aparecimento do modo de produção capitalista.

É importante salientar, que o nascimento do modo de produção capitalista não tenha se desenvolvido da mesma forma em outras partes do mundo como se desenvolveu na Inglaterra. "A expropriação da terra que antes pertencia ao produtor rural, ao camponês, constitui a base de todo o processo.” Sua história assume totalidades distantes nos diversos países e percorre as várias fases em sucessão diversa e em diferentes épocas históricas. Apenas na Inglaterra, e por isso tomamos esse país como exemplo, tal expropriação se apresenta em sua forma clássica.

O segredo da acumulação primitiva

A Acumulação de capital é ação de acumular ou gerar aumento de riqueza através da concentração desta.

Sendo assim a acumulação primitiva foi o ponto de partida dado nos primórdios para geração de riqueza.

A chamada acumulação primitiva é apenas o processo histórico que analisa o trabalhador dos meios de produção. É considerada primitiva porque constitui a pré-história do capital e do modo de produção capitalista.

Para Marx essa acumulação primitiva desempenha na economia política aproximadamente o mesmo papel do pecado original na teologia.  A teologia afirma, que quando Deus criou o homem e a mulher impôs somente uma restrição/proibição aos dois: não comeis o fruto proibido da árvore que fica no centro do paraíso. Eva, tentada pela serpente fez com que Adão comesse do fruto proibido, e foi a partir daí, segundo a teologia e tradição judaico-cristã, que o homem passou a comer seu pão através do suor de seu  rosto. Na economia o pecado original ocorreu da seguinte forma, de um lado tínhamos, numa época muito remota, uma elite laboriosa, inteligente e sobretudo econômica e poupadora e do outro lado, tínhamos uma súcia de vadios a dissipar tudo o que tinham e ainda mais.  Como consequência disso aquela minoria que desde então poupavam e economizavam ainda nos primórdios tornaram-se os primeiros a acumular riquezas, enquanto os outros  acabaram sem ter nada para vender a não ser a si próprio como força de trabalho.

A história do pecado original econômico também nos revela por meio da revolução neolítica, que o homem descobre o poder da semente e acredita-se que foi a partir deste momento que o mesmo começou a pensar na propriedade privada e exploração do homem pelo homem como possibilidade. O homem descobriu que, plantando sua semente conseguirá em pouco tempo colher muitos frutos, e por conseguinte não precisará mais sair para caçar. O dono da semente ficará com a maior quantidade de frutos/recursos, ou seja, capital; o outro que não conseguiu achar a semente primeiro ficará com uma quantidade muito menor de recursos.

É a partir deste momento histórico que podemos observar pela primeira vez a pressuposta separação entre a elite e trabalhadores.

O trabalhador vende a sua mão-de-obra para se sustentar, enquanto que a elite se mantém no poder com o trabalho do trabalhador rural/camponês/operário.

De um lado temos a elite, que a princípio "trabalha excessivamente" para achar a sua semente e que age com cautela para manter-se no poder; do outro lado temos um povo, que assim como Adão, come o pão com o suor de seu rosto.

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