TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

O Nome Da Rosa

Artigos Científicos: O Nome Da Rosa. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/4/2013  •  532 Palavras (3 Páginas)  •  1.008 Visualizações

Página 1 de 3

O Nome da Rosa é um romance do escritor italiano Umberto Eco, lançado em 1980 e adaptado para o cinema em 1986 com direção de Jean Jacques Annoud.

A trama se desenrola na Itália Medieval, num mosteiro que é cercado por intrigantes mortes de monges que por serem bastante incomuns e terem um aspecto perverso, são associadas a presença do anticristo naquele lugar. Willian de Baskerville e seu pupilo Adso chegam ao mosteiro e iniciam uma série de investigações, descobrindo que as mortes nada tem haver com a presença do demônio, mas sim com a busca e a leitura de um livro que é considerado proibido cujo conteúdo profano incita a comédia e o riso.

No decorrer do filme é bem visível a dominação da Igreja Católica no medievo. Dominação que era feita de maneira autoritária e cruel, através do Santo Oficio (Inquisição), no qual qualquer opinião ou tipo de conhecimento que questionasse ou fosse contra suas verdades incontestáveis (dogmas), eram considerados hereges aos olhos da cristandade e deveriam ser punidos. Bernardo Gui foi um inquisidor temido e odiado durante a inquisição medieval e que representado como personagem na ficção não é diferente do real punindo e perseguindo qualquer ato considerado herético. Ele afirma no filme: “A ovelha infectada deve ser purificada pelas chamas.”

No mosteiro existe uma biblioteca, que é considerada uma das maiores da cristandade que por deter um conhecimento diferenciado, proibia-se a consulta dos livros, pois estes continham “ideias que colocariam em dúvida a infalibilidade da palavra de Deus. Isso mostra que a Igreja pretendia definir o que era verdade sobre todos os assuntos.

A diferença ideológica entre dominicanos e franciscanos fica bem nítida quando ambos resolvem confrontar argumentos. De um lado os dominicanos defendiam a ostentação de bens e ouro, ou seja, a riqueza e a propriedade privada eram considerados como algo que provinha do divino. E do outro lado os franciscanos que defendiam o desapego das coisas materiais e se dedicavam aos pobres.

A pobreza é uma outra questão abordada na história. Enquanto os eclesiásticos vivem no mosteiro com suas mesas e barrigas cheias. A população dos arredores vive na mais extrema miséria, tendo que ceder parte do que produzem e que serviria para sua subsistência, ao mosteiro. Naquela época a pobreza era justificada como sendo de vontade divina, algo normal. Essa visão contribuiu para que a pobreza fosse naturalizada, o que significa torná-la algo inquestionável, ignorando todo vínculo que sua causa possa ter com a sociedade e a história. A contestação da existência da miséria, como fizeram os franciscanos no filme, era considerada heresia e significava colocar-se contra a vontade de Deus, podendo implicar numa ameaça já que a Igreja tinha interesse em manter a estrutura social que vigorava no período.

No filme observa-se uma serie de elementos que servem para compreender como a sociedade medieval se organizava. A igreja impôs sua autoridade, através da crueldade e ostentação, justificando seus privilégios na administração da pobreza. A desigualdade não era encarada como um problema social, sendo vista como um acontecimento natural. A luta politizada contra a pobreza, ou seja a questão social, só ganhou forças quando o modo de produção capitalista se estabeleceu, sendo nesse período inadiável o surgimento do serviço social.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.4 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com