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Os Movimentos Sociais

Por:   •  13/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.992 Palavras (12 Páginas)  •  147 Visualizações

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 SERVIÇO SOCIAL

7º Período

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

MOVIMENTOS SOCIAIS

PROFESSORA EAD: Mª Edilene Xavier Rocha Garcia

 

Equipe:

Mere Sueli Alves Silveira - RA 372080

Jacqueline da Silveira Salles - RA 357979

Rafaella Cunha Barreira - RA 401775

Larissa Ganiel Moreira - RA 349774

Carolina dos Santos Pessanha - RA 353066

 

MACAÉ-RJ

 2015


A CONJUNTURA NACIONAL E O CENÁRIO POLÍTICO E HISTÓRICO DOS MOVIMENTOS

        O profissional do Serviço Social é muito importante compreende o cenário político e histórico no qual os movimentos sociais se encontram implantados, além da permanência e mudanças em benéfico de uma sociedade, viabilizando forças coletivas em busca de solucionar conflitos em resposta de cada questão social.

Deste modo, a leitura das reflexões de Maria da Glória Gohn possibilita tal compreensão. O livro destaca alguns pontos fundamentais, mapeando e analisando as principais formas de associativismo civil no Brasil, expressas em movimentos sociais, redes de mobilização, associações civis e fóruns.

De acordo com Maria da Glória Gohn: “O contexto atual dos principais movimentos sociais da América Latina é um dos principais debates para discutir suas formas, demandas, identidade que constroem redes que as estruturam, manifestações culturais e políticas sociais a que se articulam”. (p15)

Na América latina, especialmente no Brasil os atuais movimentos que ocorreram na fase do regime político populista, são diferentes dos movimentos ocorridos do final da década de 1970 e parte dos anos 1980 (movimentos populares reivindicatórios de melhorias urbanas articulados com pastorais, grupos políticos de oposição ao regime militar etc.), embora muitos dos atuais movimentos sejam herdeiros daqueles dos anos 1980, onde naquela década, os movimentos lutavam pelo “direito a ter direitos”.

Segundo Maria da Glória Gohn a Tourane (p. 16) urge refletir que: “Os movimentos sociais citam suas características básicas como: possuem uma identidade, têm um opositor e articulam ou se fundamentam num projeto de vida e de sociedade”. Portanto, na contemporaneidade, muitos deles apresentam um ideário civilizatório que coloca como horizonte a construção de uma sociedade democrática, suas ações são pela sustentabilidade e não apenas auto desenvolvimento, os movimentos sociais sempre tem um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas.

É necessário compreender, de acordo com Maria da Glória Gohn que um dos grandes problemas dos movimentos sociais, não são as ações coletivas estruturadas em organizações, associações e outros, são as divergências. Eles sempre foram heterogêneos, isto é bom e democrático. Mas as divergências demarcadas por diferenças político-ideológicas os dividem segundo o espectro político do país. Isto dificulta ações coletivas com maior densidade. Portanto, a autora não vê a homogeneização nos movimentos atuais e sim que eles são extremamente diferenciados entre si, segundo o tipo e grau de organização, demandas, articulações, projeto político, trajetória histórica, experiências vivenciadas, principalmente no plano político-organizativo, assim como quanto sua abrangência territorial.

Para concluir, segundo Maria da Glória Gohn, existirão sempre movimentos sociais enquanto persistir injustiças sociais e desigualdades socioeconômicas, muito embora sejam previstos o fim deles, a partir de soluções alternativas. Alternativas sempre são bem recebidas quando as ações coletivas derivam de setores da sociedade civil organizada que buscam soluções para problemas coletivos, e não de grupos de interesses específicos.

Nos últimos anos, impera certo modismo que tenta se desvencilhar de imagens movimentalistas dos anos 80 e construir novas representações sobre as ações civis, agora tidas como ativas e propositivas, atuando segundo formas modernas de ação coletiva, expressas em discursos como “articular-se em redes como exigência para sobrevivência”. Muitas vezes, são outras ações coletivas institucionalizadas, não movimentos sociais. Seus participantes são ativistas recrutados para a participação em projetos e programas sociais ou usuários de políticas públicas. O que tem diminuído são movimentos sociais compostos por militantes motivados por causas e projetos coletivos de vida, e não apenas por interesses individuais.

Em seus estudos, ressalta Maria da Glória Gohn, uma grande mudança sobre políticas de parceria do Estado com a sociedade civil organizada, onde ela está na direção do foco central da análise: do agente para a demanda a ser atendida. Mesmo distinguindo-se as carências, mas buscando superá-las de forma holística, com olhares multifocais que contemplam raça, gênero, idade e outras características, passam a ser privilegiados. A influência do Estado, por meio da ação de seus governos, é feita mediante uma retórica que retira dos movimentos a ação propriamente dita, onde essa ação se transforma em execução de tarefas programadas, que serão monitoradas e avaliadas, para que possam continuar a existir.


AS POSSIBILIDADES DE PERMANÊNCIAS E MUDANÇAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA ATUALIDADE

O novo panorama das políticas públicas cria um deslocamento na questão da desigualdade econômica, com destaque na renda, e passa a ser efetivamente social, com evidencia nas características sociais e culturais dos grupos sociais. O tratamento das desigualdades deve ter como horizonte a igualdade, mas isto é muito difícil numa sociedade tão desigual como a brasileira. Desarticula-se o foco para outro tema: o das diferenças e que não é o mesmo que desigualdade. A diferença reflete a diversidade da espécie e de suas formas de organização política e de expressão cultural.

A música do grupo Subsolo indaga: “Pé pra que, se eu não posso caminhar ?A mão pra que será se eu não posso trabalhar?” e reafirma o desejo contido nos movimentos sociais: “Eu quero tudo do que tem de bom pra poder sobrar, Eu fui longe demais pra querer recuar” e volta a indagar: “Tudo bem, irmão, sou livre mas até onde?”. É por meio desta linguagem simples e clara e fala da indignação política social que a maioria considerada minoria traz uma forma de expressão que leva vários grupos, através da musica, mostrar para a sociedade um jeito novo de movimento que toda uma população tem acesso.

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