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Pobreza Muldimensional

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Por:   •  13/3/2015  •  1.415 Palavras (6 Páginas)  •  110 Visualizações

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Há muito tempo o assunto pobreza vem sendo discutido no Brasil. Ainda no século XIX, existia um seleto grupo de intelectuais já chamava a atenção para as condições précarias de vida na qual a maioria da população vivia. No auge do regime de escravidão, até o momento da promulgação da lei que proibiria a escravidão, pois a atenção estava sobretudo nas condições sub-humas a que os escravos eram obrigados a se submeterem. Porém, com ainteriorização para as regeiões Norte e Centro-Oeste, mais ocorrências de movimentos sociais ocorridos no Nordeste, e assim outras parcelas da população passaram a ter pelo assunto. Infelizmente, tais interesses não forão suficientes para dar a devida importância dentro da sociedade da época (LACERDA, 2009; LACERDA, PESSOTI, SILVA, 2013 ).

Com a abolição da escravatura o Estado não teve preocupação em absorve está mão- de-obra, por outro lado se promovia a imigração da mão-de-obra européia que teve favorecimento por taxações e subvenções em detrimento da força de trabalho do Brasil. Estes fatos contribuiram para perpetuação da exclusão social, já existia um excendente de trabalhadores mesmo antes da abolição da escravatura (THEODORO, 2005 apud, SILVA, 2009).

Para Lacerda, Pessoti, Silva (2013) não é fácil identificar em que período iniciou-se o estudo da pobreza no Brasil.Porém, o ponto de partida de maior destaque é o trabalho seminal do pernambucano Josué de Castro, intitulado “Geografia da Fome - o dilema brasileiro : pão ou ação”, onde foi publicado pela primeira vez em 1946. Levava em consideração sobretudo as principais carências alimentares dos habitantes de todas regiões brasileiras, e expõe as péssimas condições de vida à qual boa parte destes habitantes estava submetida, além de levantar questionamentos sobre as medidas em termos de políticas públicas que estavam sendo executadas com objetivo de atender as necessidades dessas populações.

Conforme Silva (2009), A ideia de atendimento aos necessitados como função do Estado, surgiu no Estado Novo (Era Vargas), mesmo assim em um sentido muito restrito. Pois quando se tratava de proteção social para idosos, ou incapacitados para o trabalho esta seria uma função da família. Outras instituições tinham execelente papel na proteção social desta pessoas com atos de caridades como Igrejas, Santas Casas, Dispensários dos Pobres. Naquela época, as políticas trabalhistas estavam voltas apenas à ideia de seguridade social. Pois não existia consciência a respeito da cidadania, apenas direitos sociais voltados para os trabalhadores.Deste modo todas estas características desta época revelam que a assistência social estava voltado para o modelo bismarquiano.

No mesmo período (pós Segunda Guerra Mundial), passou a ganhar força o argumento de que a principal forma de erradicar pobreza seria através do crescimento econômico. Países que fossem pobres ou em processo de desenvolvimento era relevante promover a industrialização, criar mercados internos, expandir a renda, aumentar investimentos em infraestrutura, da capacidade produtiva, fortalecer o mercado de trabalho assalariado, permitir o funcionamento das forças de mercado, isto é, era necessário superar o atraso econômico que caracterizava estes países e assim, levaria a superação da pobreza (LACERDA, PESSOTI, SILVA, 2013).

Nos anos 60 o Brasil passou por um processo de acelerado crescimento econômico que contribuiu para reduzir significativamente o nível de pobreza. E esta redução só não foi maior devido ao elevado grau de desigualdade de renda.O principal meio de desenvolvimento na época era visto através de investimento em infraestrutura e capital físico. Em 1970 este crescimento econômio foi ainda maior, assim como também uma maior redução no nível de pobres, pois a cnesta época, concentração de renda nesta época já não era tão grande quanto a da década anterior (LOPES, 2003).

O período de 1970-1980 corresponde a década do milagre econômico, nesta época o PIB do Brasil cresceu a uma média exponencial de 8,6 % ao ano, Pórém a trajetória da economia do país mostrou-se longe do regular, mas atingiu todas as partes de distribuição de rendimentos.A proporção de pobres caiu de uma forma significativa de 68, 4 % para 38, 3%, esta queda na proporção de pobres foi bem maior no Sudeste do que no Nordeste e Norte/ Centro-Oeste, levando assim ao aumento das partições das regiões onde a pobreza já era bastante alta , o motivo foi que a redução da pobreza em locais mais pobres não foi tão intensa (ROCHA, 2003).

A década de 80 também conhecida com a década perdida pelo fato de ter tido um baíxissimo crescimento econômico, em torno de 1, 57 % a.a e quando comparado existe um grande contraste já que a mesma cresceu 8,6 % a.a, deste modo este período se configura como um período de crise econômica. Felizmente em 1986 graças ao Plano Cruzado houve o controle temporário nas taxas de inflação e assim teve efeitos significativos no controle da pobreza naquele ano, que passou de 35% em 1985, para 24% em 1986 (ROCHA, 2003).

Esta instabilidade macroecoômica se prolongou até o início da década de 90, porém houve uma mudança radical nas condições macroeconômicas do país , foi a criação do Plano Real em Julho de 1994, que teve como consequência direta quedas drásticas nas taxas de inflação. De acordo com dados

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