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Positivismo de Comte

Artigo: Positivismo de Comte. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  4/11/2014  •  Artigo  •  1.540 Palavras (7 Páginas)  •  331 Visualizações

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Positivismo de Comte

Definição

O termo positivo significando o real, por oposição ao quimérico, o útil em oposição ao ocioso, a certeza em oposição à indecisão, o preciso em oposição ao vago. O termo significa, ainda, o contrário de negativo e indica a tendência de substituir sempre o absoluto pelo relativo. Finalmente, traduz a proposta de organização moral e intelectual da sociedade.

Comte e sua época

Augusto Comte (1798-1857) nasceu em Montpellier, França, de família católica e monarquista. Vai ara Paris – em 1814- como aluno da Escola Politécnica, onde adquire sólida formação matemática e científica.

Em 1817 conheceu H. de Saint Simon (1760-1825), de quem se tornou secretário e colaborador até 1824. Foi em Saint Simon que Comte se inspirou para desenvolver muitos aspectos de sua doutrina, notadamente a idéia da criação de uma ciência social e de uma politica cientifica.

Em 1844, conhece uma mulher que viria exercer sobre seus sentimentos, sobre seu pensamento e sobre o estilo de sua obra uma notável influência: Clodilte de Vaux.

A influência mais marcante em sua forma foi, entretanto, Condorcet (1743-1794), ao qual Comte se referia como ‘’ meu imediato predecessor’’.

O pensamento e Comte só se torna efetivamente compreensível sobre o pano de fundo da sociedade francesa da primeira metade do século XIX, profundamente abalada pelos conflitos resultantes do processo de transformação econômica e politica posteriores á revolução de 1789. Encontramos em suas obras conceitos intimamente ligados à ordem e à estabilidade social, como tradição, autoridade, hierarquia, coesão, ajuste, norma, ritual etc.

A lei dos três estados

Comte afirma “ter descoberto uma grande lei fundamental” segundo a qual o espírito dos indivíduos, assim como a espécie humana e as próprias ciências, descreve um movimento histórico que atravessa um estado teológico e um estado metafisico antes de chegar ao terceiro e ultimo estado, o positivo, termo fixo e definitivo no qual o espirito humano entra a ciência.

1- Estado teológico ou Fictício: E o ponto de partida necessário da inteligência humana, onde eles explicavam fenômenos naturais através de seres sobrenaturais e deuses. Onde esse estado tem outras três divisões:

• Animismo: as coisas da natureza tem sua própria “animação”, acontecem porque desejam isto, não por fatores externos, têm vida própria.

• Politeísmo: os desejos dos deuses são colocados em objetos, animais ou coisas.

• Moneísmo: os desejos do Deus (único) são expostos em coisas, acontecimentos.

2- Estado Metafísico ou Abstrato: Constituiria uma ponte de transição. No qual a ignorância da realidade e a descrença num Deus todo poderoso levam a crer em relações misteriosas entre as coisas, nos espíritos, como exemplo. O pensamento abstrato é substituído pela vontade pessoal.

3- Estado Cientifico ou Positivo: Estagio maduro, fixo e definitivo da evolução racional da humanidade, buscando respostas científicas sobre todas as coisas. Este estado ficou conhecido como Positivismo. A busca pelo conhecimento absoluto, esclarecimento sobre a natureza e seus fatos. É o resultado da soma dos dois estágios anteriores.

A sociologia

A física social, ou sociologia, a sua proposta não foi apenas criar uma ciência dos fenômenos sociais, mas estabelecer uma base racional e científica para uma forma intelectual e moral da sociedade pela instauração do espírito positivo na organização das estruturas sociais e politicas.

Dessa forma, a sociologia é a mais importante das ciências, não só porque constitui resumo e o coroamento das demais que a precedem, mais porque significa o ponto de partida da moral, da politica e da religião.

A sociologia compreende duas partes: a estática social que estuda uma harmonia prevalecente entre diversas condições da existência e estabelece a ordem social. A outra é a dinâmica social, que investiga o desenvolvimento ordenado da sociedade (estuda a lei dos três estados) e estabelece as leis do progresso.

E’ com a ordem e o progresso Comte Procura superar as duas principais correntes politicas de seu tempo que era a conservadora, que argumentava que os problemas existentes na sociedade se davam pela destruição da ordem anterior- a Ordem medieval- e exigia sua imediata restauração.

Por outro lado, os que afirmavam a necessidade do progresso, as correntes originárias das tendências críticas do iluminismo, que consideravam que os problemas viam do fato de que a ordem anterior não havia sido completamente destruída, e que a redução deveria continuar.

Moral

Os trabalhos de Comte posteriores com Clodilte de Vaux é uma mudança no enfoque das questões anteriormente abordadas, e a dimensão afetiva aparece com clareza no conjunto de suas concepções. Nesse breve e intenso relacionamento marcou uma inflexão fundamental na obra de Comte, que aparti daí passou a enfatizar mais os sentimentos e mais a inteligência, ou melhor, subordinou, a inteligência com os estímulos afetivos( altruístas e egoístas).

Em 1852 Comte instituiu uma sétima ciência, a moral, cujo âmbito das pesquisas é a constituição psicológica do indivíduo e suas interações sociais.

Considerando que para Comte, a moral católica é egoísta, até certo ponto faz sentido essa reação, mais o combate ao catolicismo tornou-se combate generalizado a moral como um todo. Para o autor tudo se converte em relação de moralidade.

Uma nova religião: a religião da Humanidade

Comte diante da sua grande preocupação com a reforma moral e intelectual da humanidade, objetivando a reorganização de toda a sociedade, criou a Religião da Humanidade ou Positivismo Religioso, no qual buscou estabelecer a bases de uma completa espiritualidade humana, sem elementos sobrenaturais.

Ou seja, ela é acima de tudo uma religião "positiva" ou "científica", onde não há espaço para o sobrenatural, pois todos os fenômenos têm origem e causa na natureza.

Foi fortemente influenciada pelo modelo do catolicismo romano, com uma teoria dos sacramentos (apresentação, iniciação, admissão, destinação, maturidade, retiro e incorporação), reverenciava

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