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RACISMO E FEMINISMO

Por:   •  10/4/2019  •  Abstract  •  1.900 Palavras (8 Páginas)  •  132 Visualizações

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TEMA: RACISMO E FEMINISMO

HANK WILLIS THOMAS: ARTE E ESTEREÓTIPOS PUBLICITÁRIOS

http://omenelick2ato.com/artes-plasticas/HANK-WILLIS-THOMAS/

Hank Willis sugeriu uma nova crise na representação, com o objetivo de incentivar os espectadores a olharem com mais atenção e pensar com mais profundidade sobre como a publicidade reforça generalizações em torno de temas como raça, gênero e identidade cultural.

A mídia retrata pessoas negras como trabalhador braçal, bandido, como pessoas que sofrem, ou como aquele negro estereotipado na imagem do jogador de futebol. Quando esses elementos caricatos não estão presentes parece que o negro está fora do lugar que foi destinado e criado para ele.

NEGA METIDA: CONSTRUÇÃO DE LUGARES E NÃO LUGARES PARA A MULHER NEGRA

https://www.geledes.org.br/nega-metida-construcao-de-lugares-e-nao-lugares-para-as-mulheres-negras/

Considerando que vivemos em um mundo em que negros são constantemente colocados "no seu lugar", submetidos a mercado de trabalho racista, mídia racista, padrão de beleza eurocêntrico, a autoestima do negro incomoda. É como se fosse uma ousadia, esse passar por cima do que é imposto, passar por cima de tudo que tenta colocá-lo em seu lugar. A expressão "Que pretx metidx!" "Quem aquelx pretx acha que é? por parte de pessoas ao se referirem a negrxs que transparecem segurança e autoestima, em relação a própria aparência e/ou ao que faz posição na qual está, e sem se deixar intimidar. O que acontece muito comumente é, não essa expressão ser claramente proferida, mas que o conceito por trás dela fique implícito na fala, incômodo, e reação das pessoas.

Em consequência disso, a situação específica da mulher negra e sua autoestima é muito complexa. Como mulheres negras, constantemente somos ditas pela sociedade pra sentirmos coagidas e inferiores.

A MÍDIA E A AUTOESTIMA DAS MULHERES NEGRAS

http://tinhaquesermulher.com.br/a-representatividade-das-mulheres-negras-na-moda/

HANK WILLIS THOMAS: ARTE E ESTEREÓTIPOS PUBLICITÁRIOS

TEXTO NABOR JR.

MAIO/ 201

A fim de situar a arte dentro das novas conjunturas que se desenhavam no Ocidente com a expansão da sociedade capitalista industrial, no final do século 20, os filósofos alemães Theodor Adorno (1903 – 1969) e Max Horkheimer (1895 – 1973) criaram o termo indústria cultural. Dentro deste contexto, genericamente falando, a arte, segundo eles, fora apropriada pela cultura industrializada, e estaria sendo tratada simplesmente como objeto de mercadoria.

Refletindo sobre os desdobramentos do conceito de industrial cultural e o seu impacto em outras esferas do fazer humano, especificamente amalgamando dois campos de estudo: o mercado publicitário – produto, aliás, desta mesma indústria cultural e conhecido justamente por estimular no público receptor a necessidade do consumo, afastando, propositalmente, este do conhecimento (e porque não dizer das verdades); e a ascensão econômica e social do negro norte-americano dentro da sociedade estadunidense e a forma como a publicidade vem dialogando com este mercado consumidor emergente constituem o mote da série Unbranded: Reflections in Black by Corporate America 1968 – 2008, do artista Hank Willis Thomas.

Nascido no estado de New Jersey, no nordeste dos Estados Unidos, Hank Willis Thomas (1976), é um fotógrafo conceitual que trabalha com manipulação fotográfica, instalações, internet e outras fontes de impressão para falar de temas relacionados a identidade, história e cultura popular. Em Unbranded, no melhor estilo ready-made – manifestação radical da intenção de Marcel Duchamp (1887 - 1968) em romper com a artesania da operação artística, uma vez que se trata de apropriar-se de algo que já esta feito, escolhendo produtos industriais realizados com finalidade prática e não artística e os elevando á categoria de obra de arte - Willis usa a própria publicidade e seus meios de veiculação para criticá-la, apropriando-se e subvertendo imagens e mensagens estereotipadas que a mídia impressa convencional (jornais, revistas, folders e panfletos) utilizou durante 40 anos para dialogar com então emergente mercado consumidor do negro norte-americano, ao mesmo tempo que chama a atenção para as formas insidiosas que as corporações manipulam as percepções raciais para prosseguir com agendas que, independentemente da sua intenção original, muitas vezes reforçam clichês.

Para comprovar este pensamento, Willis apropriou-se de 82 anúncios publicitários (dois para cada um dos 41 anos estudados para a realização do projeto) e, digitalmente, removeu das propagandas “apenas” os textos e logomarcas, forjando uma falsa (ou seria verdadeira) realidade e sugerindo uma nova crise na representação, com o objetivo de incentivar os espectadores a olharem com mais atenção e pensar com mais profundidade sobre como a publicidade reforça generalizações em torno de temas como raça, gênero e identidade cultural.

Interessante observar na série a interação, ou melhor, a apropriação de ferramentas de manipulação digital e a ressignificção da mensagem publicitária moderna, tradicionalmente uma mensagem de mão única.

Segundo o pesquisador Arlindo Machado: “Um verdadeiro criador, em vez de simplesmente submeter-se as determinações do aparato técnico, subverte continuamente a função da máquina ou do programa de que ele se utiliza. Este criador maneja esses dispositivos no sentido contrário de sua produtividade programada”.

Assim, destrinchando a fala do teórico, podemos observar, por exemplo, na obra The Liberation of T.O. “I’m not goin’ back to work for massa’ in dat darned field!, um atleta negro, com músculos bem definidos, conduzindo uma bola de basquete e, no plano de fundo, um bairro destruído, supostamente pela força brutal deste atleta, e dezenas de homens e mulheres, em sua imensa maioria brancos, correndo para detê-lo. Neste caso é possível observarmos um dos mais comuns estereótipos do homem negro, a imagem do atleta, que assim como o trabalhador braçal, esta ligado à questão do vigor físico, à imagem do escravo forte (muitas vezes comparado a um animal), trabalhador das lavouras e das minas.

A imagem O.J. Dingo onde o jogador de futebol americano e ator Orenthal James Simpson (mais conhecido como O.J Simpson) aparece sentado, de camisa branca, calça

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