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Restos Do Regime Militar

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Por:   •  14/8/2014  •  626 Palavras (3 Páginas)  •  339 Visualizações

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A ditadura acabou, mas o que restou dela?

A ditadura no Brasil é um tema muito discutido ate os dias de hoje, além de ser muito polemico devido aos acontecimentos entre 1° de abril de 1964 até 15 de março de 1985, muito se fala sobre esses acontecimentos, sobre a tortura, censura, perseguição. Mas às vezes não se para pra pensar que sem a ditadura o Brasil iria se tornar um país comunista, e os Estados Unidos não queria isso, então se organizou com os militares brasileiros, e instauraram o regime militar, mas esse texto não tem como foco os acontecimentos da ditadura, e sim o que restou dela para as gerações que vieram depois dela, para a nação democrática que o Brasil se tornou.

Em relação à constituição de 1988

Bom, vou começar sobre o que restou em relação à constituição de 1988, o artigo Relações Civil-Militares: o legado autoritário da Constituição Brasileira de 1988, escrito pelo cientista político Jorge Zaverucha, discute que mesmo após a promulgação da Constituição Federal de 1988 que inaugurou uma nova ordem democrática, tida como uma Constituição cidadã, muitas leis autoritárias foram mantidas em grande parte, além do mais que os militares possuem o poder constitucional de garantir o funcionamento do Executivo, do Legislativo e do Judiciário, a lei e a ordem, e, que no caso desta ordem ser violada (cuja definição acaba por ficar a cargo dos militares) se possa “legalmente” não respeitar uma determinada decisão, ou seja, os militares podem suspender o ordenamento sem prestar contas a ninguém.

Desequilíbrio social e democrático.

Ainda tem o desequilíbrio social e democrático causado pela falta de punição dada aos responsáveis pela tortura como os oficias do DOI-CODE, policiais, integrantes das forças armadas, entre outros participantes dos atos do regime. Para as vitimas só restaram a dor, o sofrimento, e a sensação de impunidade. Além do mais o fato de nunca aparecerem corpos de presos políticos com o objetivo de que caiam no esquecimento, só faz com que a lembrança de todas as atrocidades nunca saia da memoria daqueles que sofreram de algum modo com o regime militar, criando assim um clico, para se acabar com esse clico deve-se fazer os esclarecimentos, assim evitando novas formas de exclusão e genocídio.

Nesta primeira década do século XXI não se vê na literatura brasileira discussões sobre o país, sobre o que res da ditadura, sobre a punição dos crimes, sobre as instituições que continuam intocáveis mostrando um pacto com essas, demonstrando com isto que o discurso que tenta esquecer as violações aos direitos humanos praticados pelos militares possui uma força muito grande.

O desejo de reparação e justiça em relação aos que são violentados aos seus direitos surgiu há muito tempo no Brasil, entretanto, ele não se torna algo forte, não se espalha por toda a sociedade. O que restou da ditadura em sua opinião foi absolutamente tudo, menos a própria ditadura. Assim, continuamos um país excludente, autoritário, com uma grave desigualdade social, preservando os direitos de uma elite em detrimento dos mais pobres. O Exército continua a sonegar informações e quando confrontado com as violações de direitos humanos praticadas no regime militar ou se manifesta pela improcedência

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