Serviços sociais modernos

Serviço Social Contemporâneo

Ao longo dos tempos e de forma quase que contundente, o serviço social se consolidou como uma das áreas que gerou maiores questionamentos e levantes dos profissionais envolvidos, acerca daquilo que comporia sua temática teórica metodológica e contribuiria para elaboração do almejado e certamente que também necessário Projeto Ético Político do serviço social. Nesse contexto, cabe analisar os antecedentes a esse evento histórico da sociedade brasileira, por vez, vítima de uma ditadura militar fechada, intransigente, repressora e torturante em todos os seus aspectos; que consequentemente gerou no ambiente social o alargamento das fronteiras entre a elite e a classe trabalhista, impossibilitando qualquer crítica, imagine manifestação contrária ao regime político vigente no período citado.

Dessa forma, era inviável a elaboração e sequer reconhecimento da profissão de assistente social, já que os sujeitos conviviam com um regime completamente antidemocrático e opressor, assim, tampouco se podia falar em levante social e menos ainda em elaborar e por em prática um projeto político profissional que paulatinamente iria contra os ideais ditatoriais e favorecia a classe trabalhista ao ponto de deixa-los conscientes de sua importância na produção nacional. Frente a isso, o serviço social somente pode ser reconhecido e vir a desenvolver ações de cunho assistencial e interventiva quando tal governo chega ao fim, em meados da década de 80.

Contudo, essa situação proporciona a aquisição de uma rica experiência para todos os seres sociais, o que como conseguinte faz nascer no seio da sociedade a clara necessidade de uma profissão que lidasse com todas as expressões da questão social, somente acrescida com os momentos vivenciados pelos indivíduos que inevitavelmente coexistiram com as mais diversas situações.

Nesta década, o serviço social experimenta no Brasil um processo de renovação, que o leva a uma evolução e diferenciação até conseguir seu reconhecimento acadêmica e socialmente como profissão legitimada, de acordo com os artigos da Constituição Cidadã de 1988 recorrentes a esse fazer profissional; assim sendo, os iniciantes assistentes sociais da época tiveram a motivação e ambiente favorável para a sistematização das diretrizes que comporiam o Código de Ética elaborado em 1986; fruto das conquistas teóricas e ganhos práticos que se revelaram diversamente no universo profissional.

Posterior a esse evento, o serviço social vem dinamicamente mantendo sua caminhada, cada vez mais caracterizada por um envolvimento com os interesses históricos da massa da população trabalhista, já que esta vivencia e lida com as diversas e massacrantes expressões da questão social, por vez surgida segundo a teoria marxista, através de uma apropriação injusta da riqueza produzida pela mão de obra do sujeito social. Entretanto, após a elaboração do Código de Ética, e da carta constitucional de 1988, passou-se a perceber a importância de uma revisão nos valores e procedimentos que norteavam a atividade dos principiantes na assistência social. Tendendo a um novo perfil técnico, fugindo do conservadorismo e neutralidade de suas ações, a partir de então, se afirmando não mais apenas como um agente subalterno e executivo, mas sim na qualidade de profissional competente teórica, técnica

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