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TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO

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Por:   •  15/5/2014  •  2.026 Palavras (9 Páginas)  •  474 Visualizações

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SUMÁRIO

1. Introdução

2. História do Rio São Francisco

3. O Projeto de Transposição do Rio São Francisco

3.1. Elementos Técnicos

3.2. Aspectos Socioambientais e Impactos da Gestão Ambiental na Transposição

4. Conclusão

5. Referências Bibliográficas

6. Anexo – Projeto de Integração do Rio São Francisco

1. Introdução

O tema apresentado vem com o intuito de mostrar os possíveis problemas socioambientais causados pela transposição do rio São Francisco, essa problemática é discutida há anos, porem deve se ter um olhar mais aprofundado para poder observar que além de benefícios essa transposição pode acarretar em uma serie de malefícios, tanto para pessoas físicas da região quanto para biodiversidade local.

Defensores do projeto, dizem que a tal transposição promete acabar com a falta de agua na região do semiárido nordestina, em contraponto, os críticos do projeto alegam que tal obra deveria apresentar um projeto que estivesse a favor da sustentabilidade, ou seja, uma transposição sustentável respeitando os limites da natureza.

Dessa forma, visamos focar as possíveis melhorias previstas e os desequilíbrios ambientais causados pela transposição, permitindo observar desde o princípio do projeto até a execução e levando em consideração as características originais das regiões em questão.

2. História do São Rio São Francisco

O Rio São Francisco é o principal rio nordestino, por ser perene, possui 2.800 Km de extensão e banha uma área de 641.000 km2. O ”Velho Chico”, como é chamado o rio São Francisco, tem sua nascente na serra da canastra, atravessa todo o estado de Minas gerais, Bahia, Pernambuco e possui sua foz entre os estados de Alagoa e Sergipe, assim desaguando no Oceano Atlântico.

O rio São Francisco é o terceiro maior rio do Brasil com uma vazão de aproximadamente 2.850 m³/s, banhando regiões com características distintas, visto que em suas extremidades tem um elevado índice de pluviosidade e fluviosidade e ao longo de seu trajeto há regiões de clima semiárido, onde são pontuais as chuvas tem há um período chuvoso bem definido e o resto do ano é seco.

O “Velho Chico” é composto por diversos rios afluentes, os mesmos desembocam ao longo de seu leito, o São Francisco è um importante rio para a população ribeirinha, os quais habitam em sua margem e tem como fonte de renda a pesca, atravessa uma grande parte das regiões sudeste e nordeste do Brasil, no sentido de sul para norte, assim sendo considerado o rio mais importante do nordeste brasileiro, esse rio recebe um nome a altura de sua importância, “Rio da Integração Nacional”.

Imagem 1: Mapa do Rio São Francisco

3. O Projeto de Transposição do Rio São Francisco

O projeto de transposição do rio São Francisco vem com a promessa de acabar com a falta de água no nordeste, a transposição tem como objetivo retirar água da bacia do rio São Francisco e realocar a mesma nas bacias não perenes do nordeste setentrional, esse projeto irá abranger os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e parte de Pernambuco, essa transposição se daria por meio de sistema de bombeamento via canais artificiais, visando o uso sustentável da água, visto que no nordeste setentrional há uma enorme deficiência em armazenamento de água, pois seu solo é rochoso o que dificulta a infiltração da mesma no solo e impede que possa haver o armazenamento da água no subsolo.

O projeto tem um custo elevadíssimo de aproximadamente 2 bilhões de reais, a intenção do projeto é atender 7 milhões de pessoas abrangendo uma margem de duzentas cidades, essa obra será custeada pelo governo, o mesmo utilizará recursos internacionais, convênios com estados e recursos de bancos privados.

Dever ser analisado que em toda transposição consiste em diversos fatores que devem ser respeitados, a biodiversidade local, vazão media dos rios, qualidade da água que será transportada, economia das regiões envolvidas e as comunidades nativas e locais. Toda transposição resulta em alguns tipos de perdas para a região doadora da água e em contraponto a região receptora dessa água terá alguns benefícios, portanto devem-se balancear as perdas e os ganhos e julgar necessário ou não essa transposição.

Imagem 2: Mapa da transposição

O CNRH (Conselho Nacional de Recursos Hídricos) afirma ser positivo o saldo da transposição, porém essa decisão só pode ser acatada se adquiridas todas as vantagens necessárias para a região receptora, assim haverá um intermédio onde os interesses econômicos não sobreporão os interesses sociais, visto que se trata de um recurso natural, a água.

Projetistas afirmam ainda que a transposição traz uma responsabilidade social, pois na fase de construção da obra será gerado em torno de cinco mil empregos, e já com essa obra realizada os empregos irão aumentar significavelmente, passaram de cinco mil para em torno de cento e oitenta mil empregos na área rural, com esses empregos gerados será permitido que o sertanejo consiga sobreviver no sertão nordestino, evitando o êxodo rural.

O principal intuito dessa tal transposição é evitar o êxodo rural “forçado”, pois o trabalhador não tem condições de plantar por motivo de falta de água, criar animais é praticamente impossível, visto que falta água e alimento, com a transposição o sertanejo terá condições de emprego no sertão e o Brasil terá plenas condições de alcançar a tão sonhada reforma agrária.

Custeado pelos governos federal, estadual e municipal, tal projeto tem um orçamento altíssimo chegando aos 2,5 milhões de reais, porém a justificativa para o uso dessa verba é aceitável, visto que esse montante teria de ser usado para suprir as necessidades geradas pelos impactos da seca.

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