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Teoria Dos Movimentos Socias: Paradigmas Clássicos E Contemporâneos

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Por:   •  28/11/2014  •  3.823 Palavras (16 Páginas)  •  1.447 Visualizações

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Fichamento

Livro: Teorias dos Movimentos Sociais: Paradigmas clássicos e contemporâneos

Autora: Maria da Glória Gohn

Editora: Edições Loyola

Cápitulo I - AS TEORIAS CLÁSSICAS SOBRE AS AÇÕES COLETIVAS

Página 23: [...] Estados Unidos que ela mais se de desenvolveu, tendo hegemonia neste país por várias décadas e de lá se espalhando para outros países.

[...] abordagem clássica [...] predominou até os anos 60 [...]. [...] houve diferentes ênfases, [...] cinco grandes linhas, e suas características comuns são: o núcleo articulador das análises é a teoria da ação social, e a busca de compreensão dos comportamentos coletivos é nela a meta principal. [...] Institucional ou não-institucional.

Pagina 24: Os autores clássicos analisavam os movimentos em termos de ciclos evolutivos em que seu surgimento, crecimento e propagação ocorriam por intermédio de um processo de comunicação que abrangia contatos, rumores, reações circulares, difusão das idéias etc. [...] Nessa abordagem dava-se, portanto, grande importância à reação psicológica dos indivíduos diante das mudanças, reação considerada como comportamento não-racional ou irracional.

[...] abordagem tradicional norte-americana como fruto de tensões sociais. A idéia da anomia social estava sempre muito presente, assim como explicações centradas nas reações psicológicas às frustações e aos medos, e nos mecanismos de quebra da ordem social vigente. Estes elementos, aliados às ideologias homogeneizadoras, eram precondições importantes para a emergência dos movimentos sociais.

Pagina 25: [...]. Toda ação coletiva extra-institucional, motivada por fortes crenças ideológicas, parecia ser antidemocrático e ameaçadora para o consenso que deveria existir na sociedade civil.

[...], as cinco grandes correntes que listaremos a seguir foram agrupadas por nós; três delas chamaremos teorias dos movimentos sociais; às outras duas, ações coletivas, porque seus formuladores, originalmente, assim as caracterizaram.

1- A Escola de Chigago [...]. a primeira teoria sobre os moviementos sociais, no trabalho de Herbert Blumer (1949).

2- A segunda [...] anos 40 e 50 [...] sociedade de massa de Eric Fromm (1941), Hoffer (1951) [...] e K. Kornhauser (1959). Este último [...] caracterizava os movimentos como formas irracionais de comportamento e os considerava antimodernos.

3- A terceira [...] anos 50 [...] variáveis políticas [...] trabalhos de S. Lipset (1950) e Heberle (1951). Ela articulava as classes e relações sociais de produção na busca do entendimento tanto dos movimentos revolucionários como da mobilização partidária, do comportamento diante do voto e do poder político dos diferentes grupos e classes sociais.

Pagina 26: A quarta corrente foi uma combinação das teorias da Escola de Chigago com a teoria da ação social de Parsons e se fez presente nos trabalhos de Goffman (1959), Turner e Killian (1957), N. Smelser (1962) e David Aberle (1966). Eles analisaram desde formas elementares de comportamento coletivo até a construção das ações coletivas em grande escala, retomando o approach psicossocial e deixando de lado os vínculos entre as estruturas e a política, tão caros à corrente anterior.

5- A quinta [...] denominada organizacional-institucional, [...] Gusfield (1955) e Selzinick (1952). Teve grande influência nas teorias que substituíram o paradigma clássico, mas não gerou, em sua época, nenhuma teoria específica sobre os movimentos sociais. Nos anos 90 foi retomada por alguns pesquisadores dos movimentos sociais, entre eles o próprio Gusfield.

1 – A Escola de Chigago e os interacionistas: movimentos sociais como reações psicológicas às estruturas de privações socioeconômicas

Resgatar a produção teórica existente sobre os movimentos sociais passa, necessariamente, por um momento fundamental de constituição da sociologia como disciplina de investigação científica: a Escola americana de Chicago. [...] Página 27: [...] durante quarenta anos (1910) [...], a Escola de chicago gerou grande produção no campo das relações sociais, dando origem a chamada interacionalismo. [...] marcado por grandes transformações sociais, impulsionados pela ideia de progresso. [...] orientação reformista: promover a reforma social de uma sociedade convulcionada em direção ao que se entendia como seu verdadeiro caminho, harmonioso e estável.

[...] Escola de Chicago como uma de suas matrizes de produçao teorica explicativa sobre os movimentos sociais e dado pela concepçao de mundança social e pelo interesse particular dos seus mestres pelos temas "desenvolvimento de comunidades" e pelos processos de participaçao e educaçao "para o povo".

[...]. A sociologia teveria buscar formular leis cientificas para descobrir como a mudança social ocorria. [...] estudos comparativos e investigações sobre as condições particulares ocorridas onde se desenvolviam processos interacionistas, [...] com a participação criativa dos individuos.

Página 31: Os movimentos foram divididos por Blumer em três categorias: genéricos, específicos e expressivos.

Em resumo, os movimentos sociais seriam o resultado de mudança que operariam num âmbito individual, e no plano psicológico. Tais mudanças provocariam as motivações para o surgimento dos movimentos sociais genéricos, [...]. O processo de criação de desenvolvimento das motivações, apesar de vir do exterior – por ser de ordem cultural -, assenta-se em bases interiores, individuais. As novas concepções dos indivíduos a respeito deles próprios chocar-se-iam com suas reais posições na vida, gerando insatisfação, disposição e interesse pela busca de novas direções.

Página 32: [...] características [...] dos movimentos genéricos [...]. [...] objetivos vagos. [...] caráter episódico e poucas manifestações. Seus líderes teriam papel importante [...] portadores de novas vozes, pioneiros, muitas vezes até sem seguidores ou objetivos muito claros. Mas eles teriam o papel de servir como exemplos e quebrar resistências.

[...] os específicos [...]. Eles representam a cristalização das motivações de descontentamento, esperanças e desejos despertados pelos movimentos genéricos. Blumer cita como exemplo o movimento antiescravagista, despertado pelo

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