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Técnicas de Neutralização (Skykes e Matza)

Por:   •  21/6/2019  •  Resenha  •  383 Palavras (2 Páginas)  •  130 Visualizações

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Sykes, G.M.; Matza, D. (2008), Técnicas de neutralización: una teoria de la delincuencia. Caderno CRH, v. 21, n. 52, p. 163-170.

Sykes e Matza baseiam a teoria a teoria da neutralização em quatro elementos fundamentais:

a) O delinquente não considera seu comportamento ilegal como moralmente correto (“subcultura delitiva”), ou seja, esse pode manifestar sentimentos de culpa decorrente do seu ato transgressor;

b) Delinquentes juvenis demonstram com frequência admiração e respeito por pessoas que cumprem a lei (os “verdadeiramente honestos”);

c) Delinquentes traçam uma linha divisória entre os que podem ser vitimizados e os que não podem;

d) Delinquentes juvenis não são totalmente imunes às exigências de conformidade da ordem social dominante.

As justificativas utilizadas pelos delinquentes para o seu comportamento desviante são denominadas por Sykes e Matza como sendo técnicas de neutralização. Seria por meio da aprendizagem de tais técnicas que um jovem se torna um delinquente juvenil, e não através da aprendizagem de imperativos morais, valores e atitudes em total contradição aos da sociedade dominante. Os autores rebatem a ideia de que os delinquentes estariam inseridos em subculturas que representariam uma inversão dos valores predominantes na sociedade.

Ao analisar as técnicas de neutralização, os autores as dividem em cinco tipos:

a) Negação da responsabilidade: o delinquente não se considera responsável por seu comportamento desviante, ou seja, “foi um acidente”.

b) Negação de dano: o delinquente sente que seu comportamento não ocasionou danos importantes, apesar de irem de encontro à lei.

c) Negação da vítima: o delinquente visa se transformar em vingador e colocar a vítima na condição de delinquente. A vítima aparece como uma pessoa merecedora do dano sofrido (“ela mereceu”).

d) Condenação dos “condenadores”: o delinquente pode alegar que os “condenadores” são hipócritas, desviados e atuam assim por rancor pessoal (“os policiais são corruptos, estúpidos e cruéis”).

e) Apelo a lealdades superiores: o controle social interno e externo pode ser neutralizado mediante o sacrifício de demandas da maioria da sociedade em prol das demandas de grupos sociais menores, dos quais o delinquente faz parte. Por exemplo, seus “irmãos, companheiros, amigos”.

Portanto, as técnicas de neutralização funcionam como mecanismos de defesa, onde os delinquentes neutralizam seu sentimento de culpa, justificam sua conduta e buscam diminuir o controle social.

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