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A Atitude Científica

Por:   •  27/8/2018  •  Artigo  •  3.131 Palavras (13 Páginas)  •  245 Visualizações

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Capítulo 1 - A Atitude Científica

Senso Comum

        O senso comum se caracteriza por conhecimentos empíricos que são passados de geração em geração, como por exemplo: O Sol é menor do que a Terra ou o Sol se move em torno da Terra. Portanto, o senso comum se baseia no modo comum e espontâneo de assimilar informações e conhecimentos do cotidiano, e não em métodos científicos e devido a isso, “cristalizam-se em preconceitos com os quais passamos a interpretar toda a realidade que nos cerca e todos os acontecimentos” (p. 316).

A Atividade Científica

        A ciência “baseia-se em pesquisas, investigações metódicas e sistemáticas e na exigência de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. A ciência é conhecimento que resulta de um trabalho racional."(p. 319). Ou seja, é o conhecimento adquirido através do estudo de suas teorias baseadas em métodos científicos.

Capítulo 2 - A ciência na História

As três principais concepções de ciência

        A concepção racionalista descreve a ciência como um conhecimento que pode comprovar a verdade, sem deixar dúvidas. Isto é, uma ciência axioma.  

        A concepção empirista afirma que a ciência “é uma interpretação dos fatos baseada em observações e experimentos que permitem estabelecer induções e que, ao serem completadas, oferecem a definição do objeto, suas propriedades e suas leis de funcionamento” (p. 320). Esses dois significados de ciência possuem a mesma definição, porém realizados de maneiras distintas.

        A concepção construtiva é uma junção do racionalismo, empirismo e um conhecimento aproximativo e corrigível, quer dizer, não é uma verdade absoluta e sim uma verdade aproximada, onde com o tempo ela pode ser melhorada ou até mesmo abandonada.

Diferenças entre a ciência antiga e a moderna

        A ciência antiga é baseada nas qualidades percebidas nos corpos, em distinções qualitativas do espaço, na metafísica da identidade e da mudança, além disso, ela é uma ciência que coloca leis distintas para os corpos segundo a matéria, forma ou substância. E, também, “é uma ciência que concebe a realidade natural como um modelo hierárquico no qual os seres possuem um lugar natural de acordo com sua perfeição” (p. 323)

        Entretanto, para ciência moderna, o espaço é aquele definido pela geometria, onde os objetos físicos são purificados de todas as qualidades sensoriais pelos cientistas. E o movimento é como um deslocamento espacial que a altera o volume, velocidade dos corpos e a massa. "Há, ainda, uma outra diferença profunda entre a ciência antiga e a moderna. A primeira era uma ciência teorética, isto é, apenas contemplava os seres naturais, sem jamais imaginar intervir neles ou sobre eles" (p. 324).

As mudanças científicas

        Assim como a sociedade que evolui e progride, na ciência acontece a mesma coisa, onde evolução e progresso são duas ideias que surgiram nos séculos XVIII e XIX. "Evolução e progresso são a crença na superioridade do presente em relação ao passado e do futuro em relação ao presente" (p. 325)

Desmentindo a evolução e o progresso científicos

        A Filosofia das Ciências “compreendeu uma descontinuidade e uma diferença temporal entre as teorias científicas como consequência não de uma forma mais evoluída, mais progressiva ou melhor de fazer ciência, e sim como resultado de diferentes maneiras de conhecer e construir os objetos científicos, de elaborar os métodos e inventar tecnologias” (p. 327).

        Quando por exemplo, comparamos a linguística contemporânea com a linguagem do século XIX, e isso acontece com todas as outras ciências. Portanto, as ciências ao longo do tempo são diferentes e descontínuas.

Rupturas epistemológicas e revoluções científicas

        Um grupo de cientistas começam a estudar um evento colocando métodos, tecnologias e teorias, porém esbarram em um obstáculo epistemológico, onde eles precisam dizer não, pois descobrem que o que estão estudando não levam ao resultado que estão buscando, isto é, uma ruptura epistemológica, onde está conduz à elaboração de novas tecnologias, teorias e novos métodos. Portanto, a noção do progresso não possui fundamento. Então, donde vem esta ilusão de progresso e de evolução?

        Devido aos resultados tecnológicos das ciências, e também porque sabe mais e melhor do que antes. Não podemos nos esquecer que essa crença no progresso, vem desde a Antiguidade, onde conhecer foi considerado o meio mais corretor para combater as crendices e superstições.

Falsificação X Revolução

        Há uma afirmação entre os filósofos da ciência que devido a mudança no conceito filosófico-científico da verdade houve também uma reelaboração científica. E nesta nova concepção, "o falso é a perda da coerência de uma teoria, a existência de contradições entre seus princípios ou entre estes e alguns de seus conceitos" (p. 329).

        Portanto, a falseabilidade seria o critério usado para avaliar as teorias científicas, pois a teoria iria sendo aprimorada por eventos novos que a falsificam. Porém, "o papel do fato científico não é o de falsear ou falsificar uma teoria, mas de provocar o surgimento de uma nova teoria verdadeira. É o verdadeiro e não o falso que guia o cientista, seja a verdade entendida como correspondência entre ideia e coisa, seja entendida como coerência interna das ideias" (p. 329).

Classificação das ciências

        Até o século XVII às ciências eram catalogadas segundo os três critérios que Aristóteles colocou para classificar os saberes (critério da ausência ou presença da ação humana nos seres investigados, da imutabilidade e da mutabilidade e da modalidade prática). Na atualidade, os conhecimentos foram separados em científicos, técnicos e filosóficos: Ciências matemáticas, naturais, humanas e aplicadas.

        Cada uma das ciências se repartem em outras partes, com uma nova delimitação do objeto e do método de investigação, onde "os próprios ramos de cada ciência subdividem-se em disciplinas cada vez mais específicas, à medida que seus objetos conduzem a pesquisas cada vez mais detalhadas e especializadas" (p. 330).

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