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A Duvida Hiperbólica

Por:   •  27/7/2021  •  Abstract  •  539 Palavras (3 Páginas)  •  157 Visualizações

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A dúvida hiperbólica

Nome: Samuel Rodrigues Rios

        Matricula: 201910194

        É comum que venhamos a viver sem levantar questionamentos ou dúvidas acerca do nosso estilo de vida, sem nos preocupar com os fundamentos por trás de tais crenças que formulam nossas vidas, definindo quem somos como pessoas. Essa falta de questionamento nos leva a uma irracionalidade, o que por sua vez é prejudicial para o ser humano. Para isso, Descartes apontou que por muitas vezes recebera informações e opiniões que não eram verdadeiras e sim adquiridas por príncipios que sequer ele mesmo formulou, necessitando assim de uma reflexão acerca desses fundamentos, se desfazendo de todas as opiniões as quais ele havia dado crédito para assim  se construir novas opiniões formadas a partir dos seus fundamentos do conhecimento.

        Para chegar a esse nível, seria necessário duvidar de tudo, se desfazendo de todas as antigas opiniões, buscando o alicerce dessas certezas, para que ao se desfazer dele, seja possível reestruturar todo o resto. Para tal feito, Descartes explica três motivações as quais justificavam a dúvida hiperbólica, sendo a primeira delas o engano dos sentidos. Para Descartes, tudo o que temos como mais verdadeiro é proveniente dos sentidos, porém, por vezes os sentidos se apresentam como enganosos, como em sonhos, onde acreditamos estar envolvidos por um ambiente real e nossos sentidos nos levam a acreditar nisso. Sendo assim, os sentidos podem ser enganadores, e se eles são enganadores, não poderíamos nós acreditar que somos sistematicamente enganados por eles? Por isso, o sentido não é confiável.

        O segundo argumento de Descartes é sobre os sonhos, ele aponta que às vezes nossos sonhos são tão vívidos que não conseguimos distingui-los de um estado de vigília. Não poderíamos estar, neste momento, em um estado de sono manifestando experiências que teríamos em um estado de vigília? Com isso, os sonhos se tornam fonte de dúvida para Descartes, já que eles simulam a realidade. O terceiro argumento de Descartes aponta que nada pode lhe contrariar da possibilidade da existência de um Deus que porventura estaria lhe iludindo, fazendo com que ele acreditasse nas coisas ao seu redor, sendo tudo isso apenas mentiras. Esse Deus (ou gênio maligno) poderia estar manipulando sua mente, o levando a ter experiências não verdadeiras, o que seria mais um motivo para se duvidar de tudo o que vivenciamos.

        Para se achar uma solução para esses questionamentos e essas dúvidas intermináveis geradas por esses argumentos propostos por Descartes seria buscar ideias claras e distintas das quais é impossível se duvidar. Buscar proposições verdadeiras que vão constituir o fundamento a qual iremos erguer o edifício do conhecimento. Se a base de nossas crenças forem verdadeiras, podemos a partir dali derivar crenças mais complexas que por sua vez, também serão verdadeiras. Sendo assim, a busca de Descartes é de se chegar até a base do conhecimento, e a partir desse ponto reconstruir as suas ideias de formas pura, ignorando os preceitos que por muitas vezes lhe acompanharam em suas opiniões antes formuladas por tradições, culturas e achismos.

        

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