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A População Indigina Na Historia Do Brasil

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Por:   •  20/6/2013  •  2.292 Palavras (10 Páginas)  •  355 Visualizações

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AS POPULAÇÕES INDÍGENAS DO BRASIL

Aureni Lopes

Profº Vilson Ribeiro Dos Santos

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Curso Pedagogia/Licenciatura ( ped 0331) –Pratica Educativa

19/03/2013

RESUMO

O presente texto tem como objetivo retratar a historia do indio abordando o lugar dos índios na história do Brasil contemplando diferentes conjunturas e interesses. O índio brasileiro é um cidadão que tem anseios, carências e necessidades específicas, que precisam ser atendidas pelo Estado. Embora concentrada em grande parte na Amazônia, a população indígena brasileira está dispersa em quase todo o território nacional. Alguns grupos ainda vivem em relativo ou completo isolamento, outros estão integrados à economia regional, mas se consideram e são reconhecidos como membros de uma comunidade culturalmente diferenciada

Palavras-chave: Resistência. Contribuição . Situação Atual

1 INTRODUÇÃO

No caso da América lusa, a população ameríndia era de aproximadamente 5 milhões de indivíduos, espalhados pelo imenso território brasileiro e que, num primeiro momento, não ofereceu grande resistência ao colonizador europeu. A primeira classificação dos indígenas foi feita pelos jesuítas, baseada na língua e na localização. Os que habitavam o litoral (os tupis), foram chamados de índios de língua geral e os que viviam no interior (tapuias), de índios de língua travada. No século XIX, o estudioso alemão Karl von den Steinen, apresentou a primeira classificação científica dos indígenas bra-sileiros, dividindo-os em quatro grandes grupos básicos ou nações: tupis-guaranis, jês ou tapuias, nuaruaques ou maipurés e caraíbas ou caribas e quatro grupos menores: goitacás, panos, miranhas e guaicurus. O estágio de desenvolvimento cultural do indígena brasileiro era atrasado, não apenas em relação ao branco europeu, como em relação a outros povos pré-colombianos mais avança-dos, como os incas e os astecas. Mesmo entre os índios brasileiros, não há homogeneidade, por suas variadas culturas e nações.

2 O AVANÇO DA COLONIZAÇÃO E A RESISTÊNCIA

Os primeiros contatos entre portugueses e indígenas podem ser considerados amistosos. Aos índios, atribuiu-se o espírito de colaboração quando do extrativismo do pau-brasil e de docilidade diante da ação conversora dos jesuítas. Sua belicosidade ficava por conta das guerras que travavam entre si, na defesa de territórios da tribo ou nas primeiras guerras que os portugueses moveram contra invasores estrangeiros. Caso das lutas contra a França Antártica, quando os portugueses foram apoiados pelos temiminós para derrotar os franceses, aliados dos tamoios.

A partir de meados do século XVI, ficava claro que o branco português representava a colonização e era, portanto, o verdadeiro inimigo. A ação dos religiosos, em especial nos grandes aldeamentos (missões), era a distribalização. Já a ação do colono nada mais era do que a expropriação territorial e a escravidão. Para o europeu, o índio tinha significados diferentes: para o jesuíta, era um meio de propagação da fé e de fortalecimento da Igreja Católica; para o colono, ele era a terra e o trabalhador: livre, no extrativismo da Amazônia ou na pecuária, e escravo, nas regiões mais pobres ou nos engenhos, quando se obstruía o tráfico negreiro. Assim, ao indígena não restou outra opção senão a resistência armada e desigual, contra um inimigo que já dominava as armas de fogo.

Alguns momentos dessa luta foram marcados pela proibição da escravidão vermelha. Exemplo disso, foi o ato do papa Paulo III, de 1537, que pela primeira vez declarava ilícita a exploração do trabalho indígena. Seguiram-se outros no mesmo sentido, sempre apoiados pelos jesuítas, e desrespeitados pelos colonos, com as chamadas guerras justas - uma exceção prevista na legislação - em que se atribuía sempre ao índio a primeira agressão. Além da abertura legal, os colonos contavam com as rivalidades entre as tribos, que impediam a formação de alianças contra o inimigo comum. No século XVIII, o Marquês de Pombal aboliu a escravidão indígena. O decreto de 1755 dava liberdade absoluta ao índio, equiparando-o à mesma condição de um colono, e suprimia o poder dos jesuítas sobre as missões. Contudo, ainda no século XIX, eram decretadas as "guerras justas", prosseguindo, assim, a ação devastadora do branco, dizimando tribos inteiras e destruindo a cultura indígena. Atualmente, a população de índios brasileiros, agora denominados povos da floresta, está reduzida a menos de 200 mil indivíduos, a maior parte desenraizada e sem identidade cultural

3 A CONTRIBUIÇÃO DO ÍNDIO NA FORMAÇÃO DO POVO BRASILEIRO

Os índios muito contribuíram para a formação do povo brasileiro. Do seu cruzamento com o branco formou-se o tipo mameluco que teve importante papel em grandes acontecimentos da História do Brasil: eram mamelucos muitos dos que participaram das entradas e bandeiras. Dos antigos mamelucos descendem os atuais caboclos, que povoam principalmente a Amazônia. Embora muito mais raro, houve também cruzamento entre o índio e o negro. Desse cruzamento resultou o tipo conhecido por ca-fuzo. Foi muito variada a influência dos índios nos usos e costumes do povo brasileiro. Na alimentação basta lembrar o emprego tão comum da farinha de mandioca e do milho.

São também de origem indígena a rede, tão apreciada pelas populações do Norte e Nordeste, processos ainda hoje usados de pesca e de caça, tipos de embarcação como a canoa e a jangada, a aplicação de numerosas ervas e raízes no tratamento de muitas doenças e o uso doméstico de utensílios de barro. Deixaram ainda, principalmente os de língua tupi, um grande vocabulário que se aplica à maioria dos acidentes geográficos do Brasil, como montanhas, ilhas, rios e cidades

4 A SITUAÇÃO ATUAL DOS ÍNDIOS DO BRASIL

De acordo com a FUNAI os índios brasileiros estão divididos em três classes: os isolados, considerados aqueles que “vivem em grupos desconhecidos ou de que se possuem poucos e vagos informes através de contatos eventuais com elementos da comunhão nacional”; os em via de integração, aqueles que conservam parcialmente as condições de sua vida nativa, “mas aceitam algumas

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