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Argumentação Retórica

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Por:   •  9/7/2014  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  443 Visualizações

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Comunicação Argumentativa

A comunicação humana tem muitos níveis e dimensões, não se limitando à utilização de argumentos válidos, isto é, aqueles cuja conclusão está sustentada pelas premissas, pois no nosso quotidiano usamos e ouvimos argumentos cuja aceitação depende de outros factores.

As mensagens que trocamos não são apenas informativas, tendo uma intenção e um sentido, pelo que a maior parte da comunicação tem um carácter argumentativo.

Assim, o processo de troca de mensagens cuja finalidade é a procura da adesão dos outros às nossas teses, perspectivas e opiniões, denomina-se por Comunicação Argumentativa.

Estes processos comunicativos apresentam certas características e uma certa estrutura e organização. Supõem, a existência de um orador, o falante (emissor da acção) e de um auditório, isto é, um conjunto de todos aqueles que o orador quer influenciar mediante o seu discurso.

Não há comunicação argumentativa sem orador, sem auditório e sem discurso.

Aristóteles foi o primeiro que utilizou os termos ethos, pathos e logos para designar as diferentes dimensões da comunicação argumentativa, considerando que o jogo ou a inter-relação ethos-pathos-logos constitui o cerne do processo comunicativo.

Assim, chamamos:

 Ethos, à dimensão do orador;

 Pathos, à dimensão do auditório;

 Logos, à dimensão do próprio discurso.

Neste jogo de poder que é a comunicação, o orador e auditório, têm interesses e posições diferentes e a argumentação pode ser entendida como uma inter-relação dinâmica entre os pontos de vista do orador, bem como o do seu auditório através do discurso, podendo ser oral ou escrito, ou da imagem ou de ambos, pelo que o orador, para exercer influência sobre o seu auditório precisa de ter dadas características especiais e de saber usar um conjunto de técnicas.

Argumentação

A argumentação tem como fim arranjar estratégias capazes de persuadir e convencer, ou por outro lado refutar e anular as teses do interlocutor, tratando-se de um domínio da comunicação.

À actividade social, intelectual e discursiva que, utilizando um conjunto de razões bem fundamentadas, ou seja argumentos, visa justificar ou refutar uma opinião e obter a aprovação e a adesão de um auditório, com intuito de alterar o seu comportamento, chamamos argumentação.

Ora, a lógica valoriza apenas a dimensão demonstrativa do raciocínio e deixa de lado outras dimensões fundamentais do pensamento e da linguagem, a saber, comunicação e a argumentação.

Existem vários tipos de argumentação, alguns deles são:

Argumento consistente: consiste num argumento válido, cujas premissas não contradizem verdades estabelecidas e comummente aceites.

Argumento dedutivo: afirma que a verdade de uma conclusão é uma consequência lógica das premissas que o antecedem.

Argumento indutivo: afirma que a verdade da conclusão é apenas apoiada pelas premissas. A verdade da conclusão não depende da forma lógica, mas da verificação na experiência.

Argumento não dedutivo: argumento cuja validade não depende unicamente da sua forma lógica.

Argumento sólido: argumento válido e com premissas verdadeiras.

Argumento válido: argumento dedutivo em que é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.

Argumento por analogia: Os argumentos por analogia são argumentos baseados em comparações. Em geral, neste tipo de argumentos procuramos encontrar algumas semelhanças entre duas entidades (pessoas, objectos, situações,...). Assim, concluímos que uma das duas entidades possui uma propriedade x em virtude de sabermos que elas possuem outras propriedades comuns.

Exemplo: "Tal como os canários são essenciais para detectar situações de perigo na exploração das minas, a diminuição do gelo no árctico é fundamental para detectar situações de perigo em relação ao clima."

 A distinção entre argumentação e demonstração

Tanto a demonstração como a argumentação são manifestações da racionalidade. Mas tratam-se de usos diferentes da razão: no caso da demonstração, a razão é usada para estabelecer verdades universais que se apresentam como conclusões de raciocínios formalmente válidos e assentes axiomas (princípios) universais e cientificamente verdadeiros. Na demonstração não há auditório, ou seja, quem demonstra fá-lo seguindo

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