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Capitalismo

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Por:   •  8/5/2014  •  Resenha  •  2.066 Palavras (9 Páginas)  •  243 Visualizações

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numa ordem bipolar até o final da década de oitenta, início da década de

noventa, quando se tem, então, o período de indefinições entre unipolaridade ou

multipolaridades como ordenamento principal no sistema internacional.

Segundo Wallerstein, o capitalismo sempre foi um sistema social-histórico que,

ao se constituir, expande-se e se torna predominante nas relações de produção

da existência humana.

O capitalismo é, em primeiro lugar e principalmente, um sistema

social histórico. Para entender suas origens, formação e

perspectivas atuais, precisamos examinar sua configuração real.

Podemos tentar captá‑la por meio de um conjunto de afirmações

abstratas, mas seria tolo usá‑las para avaliar e classificar a

realidade. Por isso, tentarei descrever o que o capitalismo tem

sido na prática, como tem funcionado como sistema, por que se

desenvolveu das maneiras como se desenvolveu e qual é seu

rumo atual. (WALLERSTEIN, 2001, p. 13).

Na perspectiva do capitalismo histórico, Wallerstein desenvolveu sua análise do

sistema capitalista como formador de uma economia-mundo, caracterizada por

centros de poder, os Estados, que disputam posições hegemônicas no sistema.

Nesse sentido, a base do sistema é o capitalismo como modo de produção,

sendo os Estados nacionais a expressão de específicas formações sociais dentro

do capitalismo. Cada Estado é uma formação social específica que, por sua

vez, representa um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas,

da economia e de suas determinadas superestruturas, como leis e instituições.

Ao expressar a importância do materialismo histórico para as relações

internacionais, Halliday resume esta perspectiva indicada por Wallerstein:

Os conceitos gerais de “modo de produção” e de “formação

social” vinculam a análise de qualquer atividade humana ao

contexto socioeconômico e não a partir da sua abstração.

Não existe, portanto, nenhum Estado, nenhuma crença, nenhum

conflito, nenhum poder em geral independente deste contexto.

Por extensão, não existe nenhum “sistema internacional” ou

qualquer componente de sua atividade, seja a guerra ou a

diplomacia, que possa ser abstraído do modo de produção.

Na verdade, as relações internacionais são o estudo das relações

entre as formações sociais e não das relações entre os Estados.

A partir do momento em que se aplica esta percepção às

questões do internacional, uma clara mudança de foco é visível.

Assim, o Estado não é mais percebido como uma corporificação

do interesse nacional ou da neutralidade judicial, mas sim como

locus dos interesses de uma sociedade específica ou de uma

formação social definida por sua estrutura socioeconômica.

(HALLIDAY, 1999, p.74). 36

Capítulo 2

Quando se observa a formação dos países com diferentes graus de

desenvolvimento capitalista, percebem-se diferentes formações sociais, qunuma ordem bipolar até o final da década de oitenta, início da década de

noventa, quando se tem, então, o período de indefinições entre unipolaridade ou

multipolaridades como ordenamento principal no sistema internacional.

Segundo Wallerstein, o capitalismo sempre foi um sistema social-histórico que,

ao se constituir, expande-se e se torna predominante nas relações de produção

da existência humana.

O capitalismo é, em primeiro lugar e principalmente, um sistema

social histórico. Para entender suas origens, formação e

perspectivas atuais, precisamos examinar sua configuração real.

Podemos tentar captá‑la por meio de um conjunto de afirmações

abstratas, mas seria tolo usá‑las para avaliar e classificar a

realidade. Por isso, tentarei descrever o que o capitalismo tem

sido na prática, como tem funcionado como sistema, por que se

desenvolveu das maneiras como se desenvolveu e qual é seu

rumo atual. (WALLERSTEIN, 2001, p. 13).

Na perspectiva do capitalismo histórico, Wallerstein desenvolveu sua análise do

sistema capitalista como formador de uma economia-mundo, caracterizada por

centros de poder, os Estados, que disputam posições hegemônicas no sistema.

Nesse sentido, a base do sistema é o capitalismo como modo de produção,

sendo os Estados nacionais a expressão de específicas formações sociais dentro

do capitalismo. Cada Estado é uma formação social específica que, por sua

vez, representa um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas,

da economia e de suas determinadas superestruturas,

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