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Filosofa da Ação - Rede Concetual da Ação

Por:   •  4/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  600 Palavras (3 Páginas)  •  232 Visualizações

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Filosofia – 10º ano

A ação humana – análise e compreensão do agir

Rede conceptual da Ação

Segundo Ricouer, o conceito de ação remete sempre para um conjunto de componentes que constituem uma rede, pois estão interligados de tal modo que apenas ganham sentido quando analisados uns com os outros. Os componentes são:

1. Intenção

2. Motivo

3. Deliberação

4. Decisão

5. Agente

1. Intenção – corresponde aquilo que propomos fazer; propósito da ação; é o objetivo que guia a ação; é o que dirige a ação; que responde à pergunta “o quê; para quê”. A intenção é um fator decisivo para podermos falar em responsabilidade do sujeito da ação. Se o ato for intencional então o autor da ação é responsável por ela. Em contrapartida, quando o sujeito não age intencionalmente não lhe pode ser atribuída total responsabilidade.  Uma ação intencional implica um desejo, uma crença e um fim (um querer fazer algo por se acreditar que ao fazê-lo se atinge um determinado fim). As intenções estão relacionadas com:

a) Desejos que nos fazem preferir uma ação a outra (beber água, porque temos o desejo de água – sede)

b) Crenças / convicções – acreditamos que a melhor forma de saciar é beber água e não sumos de fruta.

2. Motivo – explica e permite compreender a intenção, isto é, as razões, refere-se ao “porquê” é a razão de ser que explica a ação, pode ser usada como justificação para a ação.

Os conceitos de motivo e intenção estão muito próximos porque só podemos falar em ações intencionais se elas forem determinadas por um motivo ou razão que as justifique.

3. Deliberação – é o momento de reflexão, ou seja, de escolha de alternativas possíveis em função de terminadas razões. Esta deliberação antecede a decisão e conduz uma determinada execução. Deliberar implica inteligência, sob a influência da vontade, pondere as diferentes possibilidades de ação, o seus prós e contras, quer de caráter sensível e afetivo, quer de caráter racional, e avalie as suas consequências no sentido que favoreça o sujeito.

4. Decisão – após uma deliberação surge uma decisão pensada e refletida. A decisão corresponde ao momento da escolha de uma das possibilidades de ação, resolvendo o conflito. A escolha realiza-se por um juízo de preferência, que anuncia uma ordem e decide a ação a praticar – Execução da ação

No momento da deliberação e decisão o agente tem de escolher entre as diferentes possibilidades existentes no contexto vivencial em que se encontra. Efetivamente trata-se de um aopção que implica uma rutura com outras possibilidades de ação e, simultaneamente, uma aposta e um compromisso que exige a capacidade de assumir riscos e a possibilidade de fracassar. Ora a esta possibilidade de fazer ou não fazer, de decidir dar o sim a certos atos e recusar outros, numa palavra, a possibilidade de optar, chamamos Liberdade.

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