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Filosofia Desobediencia Civil

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Por:   •  19/9/2014  •  615 Palavras (3 Páginas)  •  948 Visualizações

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Desobediência Civil: valerá a pena lutar por mudança?

Algumas pessoas afirmam que a violação da lei nunca se pode justificar. Eu discordo em absoluto, pois não compreendo o que essas pessoas pretendem. Se calhar, querem que nos conformemos com que o ouvimos, com o que vemos mesmo que vá contra as nossas ideias, contra aquilo em que acreditamos, contra aquilo que defendemos…

Agora que reflicto, apercebo-me que as pessoas, por vezes, se esquecem que tem o direito de ser ouvidas ou, então desistem, dado que na opinião delas a sua voz não é suficiente para alterar alguma coisa. Pensam que falar não faz diferença. Por isto, é que eu admiro os pioneiros, aqueles que dão o primeiro grito, aqueles que se colocam na frente da batalha, aqueles que no meio de uma multidão são capazes de dizer não, enquanto, todos os outros acenam que sim.

Também é verdade que muitas vezes os meios legais como as campanhas, a redacção de cartas são completamente inúteis. Em tais circunstâncias, as pessoas recorrem à desobediência civil. Existem inúmeros casos famosos de homens e mulheres que praticaram actos de desobediência civil. Abaixo apresento alguns exemplos…

Começo pelo movimento das sufragistas britânicas, que conseguiram publicitar o seu objectivo de dar o voto às mulheres através de uma campanha de desobediência civil pública que incluía o auto-acorrentamento das manifestantes… em 1918, graças a esta acção e não só, a lei injusta que impedia as mulheres de participar em eleições supostamente democráticas mudou.

Mahatma Gandi e Martin Luther King foram ambos defensores apaixonados da desobediência civil. Gandi influenciou decisivamente a independência indiana através do protesto ilegal não violento que a acabou por conduzir à soberania britânica na Índia. O desafio de Martin Luther King foi pôr fim ao preconceito racial através de métodos que garantiram direitos civis básicos para os negros americanos nos estados unidos do sul. Há ainda mais uma pessoa. Um português. Este homem salvou 30 000 judeus, abdicou do seu conforto, desafiou Salazar e concedeu milhares de vistos. Ele inscreveu o seu nome na história da humanidade, nome esse que nunca foi nem nunca será esquecido mas para isso sacrificou a sua vida. Este grande homem chamava-se Aristides Sousa Mendes.

Comparando terroristas e pessoas que cometem actos de desobediência civil verifiquei que existe apenas uma diferença: os métodos, a maneira usada para originar a mudança desejada. De resto, todos eles lutam e defendem aquilo em que acreditam, todos têm o objectivo de alterar algo que a ver deles está errado.

Muitos dos que praticam desobediência civil fazem-no desprovidos de crença religiosa e o clero frequentemente participa ou lidera acções deste tipo. Exemplo disso, são os irmãos Berrigan nos estados unidos. São padres que estiveram diversas vezes presos em manifestações contra a guerra.

Além da desobediência civil existe ainda como exemplo de actos de resistência o direito à greve para que os direitos do trabalhador possam ser assegurados e o direito à revolução para que seja resguardado o direito da sociedade exercer a sua soberania quando esta é ofendida.

Concluindo, a ocasião para a desobediência civil aparece quando as pessoas descobrem que lhes é pedido que obedeçam

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