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Iluminismo

Abstract: Iluminismo. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  5/12/2013  •  Abstract  •  3.231 Palavras (13 Páginas)  •  315 Visualizações

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Em termos gerais podemos dizer que iluminismo é a linha filosófica caracterizada pelo empenho de estender a crítica a diversos setores do contexto social do século XVIII, servindo-se de guia da razão em todos os campos da experiência humana. De certa forma anteriormente ao pensamento kantiano, já se tinha lançado as bases necessárias que dariam condições para o surgimento do período iluminista, bem com a modernidade, através do pensamento desenvolvimento por Galileu, Descartes e Newton. O próprio Kant no Prefácio à primeira edição da Crítica da razão pura, define a sua época como uma época de criticidade, e afirma que Física atinge seu estatuto de Ciência a partir de Galileu. A filosofia iluminista possui uma confiança definitiva na razão humana, propõe um despreconceituoso uso crítico da razão voltada para a libertação, em relação aos dogmas metafísicos, aos preconceitos morais, às superstições religiosas, às relações desumanas e tiranas, os quais representam para os iluministas a pluralidade, a liberdade individual bem como o surgimento de diferentes normas e modos de vida. A libertação dessas heteronomias por meio do uso crítico da razão possibilitaria experiências de autonomia. Para Kant o Aufklärung, significa mais que conhecer simplesmente, acima de tudo, significa a realização de sua filosofia prática, que busca a moralização da ação humana através de um processo racional, refere-se à razão em seu sentido mais amplo, não estando delimitado ao campo exclusivo da razão científica. O Aufklärung implica na superação da menoridade, e requer a decisão e a coragem de servir-se de si mesmo, ou seja, de servir-se de sua própria razão para pensar por conta própria, e guiar-se sem a direção de outro indivíduo. A palavra Aufklärung, o esclarecimento, dado pelas luzes da razão, possibilita o indivíduo abandonar a ignorância, permitindo sua ascensão a um nível superior de cultura, educação e formação. Kant alerta que é difícil para um homem desvencilhar-se da menoridade quando ela se tornou para ele quase uma natureza. Mesmo assim, para que tal fato ocorra nada mais se exige a não ser liberdade de fazer uso público da razão em todas as questões. Kant entende como uso público da razão aquele que qualquer homem, enquanto sábio, faz dela diante do grande público letrado. Todavia, entende como uso privado é aquele que qualquer homem pode fazer de sua razão em um cargo público ou função a ele confiado. A liberdade de fazer uso público da razão é necessária para que possa haver autonomia de pensamento (pensar por conta própria), autonomia da ação e também autonomia da palavra. A filosofia iluminista é otimista porque acredita no progresso por meio do uso crítico e construtivo da razão. No entanto, a razão não é mais um complexo de idéias inatas dadas antes da experiência nas quais se manifesta a essência absoluta das coisas. A razão não é um conteúdo fixo, mas muito mais uma faculdade que só se pode compreender plenamente em seu exercício e explicação. A razão iluminista é uma razão independente das verdades religiosas e das verdades inatas dos racionalistas. Assim, a noção de autonomia iluminista se refere a uma razão que se dobra a evidências empíricas e matemáticas. O iluminismo proclama tanto para a natureza quanto para o conhecimento, o princípio da imanência. A natureza e o espírito são concebidos como plenamente acessíveis não como algo obscuro e misterioso. No entanto, o processo de matematização analítica de toda a realidade, a partir de Galileu, Descartes e Newton, levaram a ciência a uma concepção determinística do universo, na busca por uma última realidade acabando por excluir toda e qualquer forma de liberdade. Por exemplo, o acaso foi considerado pelos físicos como um mero déficit de conhecimento. Essa concepção determinista do mundo se alastrou entre os cientistas e ficou como que um dogma jamais provado, mas nunca contestado. Para estes pensadores, eles aceitam a hipótese geral de que a natureza está escrita em linguagem matemática. Por isso é que Kant e os kantianos enfatizam a importância de uma razão legisladora na natureza, como forma de esclarecimento dos seres humanos. Diferentemente, e em oposição ao pensamento iluminista, que se apresenta tendo por base os conceitos de objetividade, clareza e distinção, o Romantismo é nebuloso e quase inapreensível. Seus contornos são pouco definidos. Mesmo os autores considerados fundadores do Romantismo não estavam de acordo com a sua essência, sendo pouco claros e, às vezes, contraditórios nesta discussão. Um bom ponto de partida para entender é: "Definir o indefinível", tal seria o escopo do Romantismo. Diferentemente do pensamento moderno kantiano, que admite os limites da razão pura. Portanto, se para os iluministas, só se pode definir o conhecido, o fenomenal, o romantismo pretende "conhecer o incognoscível". Ambas as formulações são bem próprias dessa escola, por sua natureza paradoxal ou, mais precisamente, dialética. O conhecimento do incognoscível, do inteligível, daria ao homem o saber absoluto, um poder mágico que lhe permitiria redimir-se e redimir a natureza. Seria, pois, um conhecimento salvador. Para os românticos, todo conhecimento é inseparável de um aprofundamento de si mesmo pela reminiscência e pela reflexão. E o conhecimento de si mesmo significava o conhecimento do "infinito subjetivo em si", isto é, do divino no homem, e este era o ponto de partida do Romantismo, nos observa Hegel. Ora, este vínculo entre o conhecimento do infinito no homem e o romantismo dá a esta corrente artística um tônus religioso. Por essa razão, para os românticos, a arte seria de fato mística inconscientemente aplicada, e dessa asserção só não aceitamos o termo 'inconscientemente', pois muitos românticos tinham clara consciência de que visavam ter uma experiência mística que lhes daria um conhecimento absoluto. Este conhecimento absoluto e salvador seria capaz de reconduzir o homem ao estado de inocência superior, ao estado de Adão no Paraíso, ou melhor, em palavras weberianas, de volta ao jardim encantado. O Romantismo é de natureza filosófica e está intimamente ligada a religiosidade. Com efeito, os filósofos idealistas alemães, Fichte, Schelling e Hegel, adotaram uma linguagem e idéias dos místicos na exposição de seus sistemas, particularmente as de Mestre Eckart. Em Hegel, um dos locais que se pode encontrar a influência do pensamento romântico será expresso na teoria da "astúcia da razão". Entre os diversos pontos de vista acerca da obra hegeliana foi particularmente sentido no que diz respeito às concepções da História, da liberdade humana e do Espírito Absoluto. Todos esses pontos estão ligados por dois termos: Paixão e Astúcia da Razão. A liberdade

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