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KANT

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Por:   •  8/9/2013  •  Tese  •  501 Palavras (3 Páginas)  •  524 Visualizações

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KANT:

Como já foi dito na introdução, Kant dizia que agir por dever é agir em função da reverência pela lei moral; e a maneira de testar se estamos a agir assim é procurar à máxima, ou princípio, com base na qual agimos, isto é, o imperativo ao quais as nossas ações se conformam. Há dois tipos de imperativos: os hipotéticos e os categóricos. O imperativo hipotético afirma o seguinte: se quisermos atingir determinado fim, age desta ou daquela maneira. O imperativo categórico diz o seguinte: independentemente do fim que desejamos atingir, age desta ou daquela maneira. Há muitos imperativos hipotéticos, porque há muitos fins diferentes que os seres humanos podem propor-se alcançar. Há um só imperativo categórico, que é o seguinte: ‘Age apenas de acordo com uma máxima que possas, ao mesmo tempo, querer que se torne uma lei universal’. Kant ilustra este princípio com vários exemplos, dos quais podemos mencionar dois. O primeiro é este: tendo ficado sem fundos, posso cair na tentação de pedir dinheiro emprestado, apesar de saber que não serei capaz de devolvê-lo. Estou a agir segundo a máxima ‘Sempre que pensar que tenho pouco dinheiro pede dinheiro emprestado e prometo pagá-lo, apesar de saber que nunca o devolverei’. Não posso querer que toda a gente aja segundo esta máxima, pois, nesse caso, toda a instituição da promessa sucumbiria. Assim, pedir dinheiro emprestado nestas circunstâncias violaria o imperativo categórico. Este caso ilustra uma maneira diferente a que o imperativo categórico se aplica. Neste caso, a máxima não pode ser universalizada porque a sua universalização implicaria uma contradição (se ninguém cumprir as suas promessas, as próprias promessas deixam de existir). Kant afirma que no caso corresponde a um dos tipos diferentes de deveres: os deveres estritos. Kant oferece uma formulação complementar do imperativo categórico: ‘Age de tal modo que trates sempre a humanidade, quer seja na tua pessoa quer na dos outros, nunca unicamente como meio, mas sempre ao mesmo tempo como um fim’. Kant pretende, apesar de não ter convencido muitos dos seus leitores, que este imperativo é equivalente ao anterior e que permite retirar as mesmas conclusões práticas. Na verdade, é mais eficaz do que o anterior para expulsar o suicídio. Tirar a nossa própria vida, de acordo com Kant, é usar a nossa própria pessoa como um meio de acabar com o nosso desconforto e angústia. Como ser humano, afirma Kant, não sou apenas um fim em mim mesmo, sou um membro do reino dos fins, uma associação de seres racionais sob leis comuns a todos. A minha vontade, como se disse, é racional na medida em que as suas máximas se possam transformar em leis universais. A conversa desta afirmação diz que a lei universal é a lei feita por vontades racionais como a minha. Um ser racional ‘só está sujeito a leis feitas por si mesmo e que, no entanto, sejam universais’. No reino dos fins, todos somos igualmente legisladores e súbditos. Isto faz lembrar a vontade geral de Rousseau.

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