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Kant e o Idealismo Transcendental

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Por:   •  7/12/2013  •  Artigo  •  895 Palavras (4 Páginas)  •  686 Visualizações

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Kant e o Idealismo Transcendental

Kant - Realizou aquilo que chamou de revolução Copernicana em filosofia

Conforme Kant, nosso ânimo ou aparelho representacional é constituído por três faculdades ou capacidades distintas:

 A faculdade de conhecer (ciência), que é objetiva e universal;

 A faculdade de apetecer (ética), também objetiva e universal e;

 A faculdade de julgar (estética), essa subjetiva e universal.

Na primeira faculdade, a Razão é limitada pela representação. Na segunda, a Razão determina os parâmetros da ação, já que é incondicionada, isto é, não depende da experiência. E na última, nossa subjetividade percebe (e daí vincula as outras duas e as une) a beleza na obra humana. É sentimento (de prazer e desprazer) que exprime juízos de gostos e a reflexão que exprime juízos estéticos. Vamos detalhar cada uma destas faculdades, na ordem mesma que fez Kant. Começaremos, pois, pela faculdade de conhecer.

Em sua obra “Crítica da Razão Pura”, Kant tenta resolver os problemas colocados pelas duas posturas estudadas acima, tentando compreender o papel da razão, seus usos e limites, fazendo um rastreamento desta. Para isto, ele realizou aquilo que chamou de Revolução Copernicana em filosofia. Sabemos que a revolução copernicana foi realizada na área da astronomia, alterando o sistema geocêntrico pelo heliocêntrico. Em filosofia, ela significa a mudança de enfoque no objeto, de modo que antes a mente deveria se adaptar a ele e agora, o objeto deve se adaptar à mente. Voltamos ao cartesianismo? Não. E eis a razão.

Kant faz a distinção entre noúmeno (coisa em si) e fenômeno (aparição). Esta distinção evidencia que ao homem só é possível conhecer as coisas como aparecem à mente, jamais em si mesmas (seja pelas ideias inatas cartesianas, seja pela ideia como cópia exata da sensação). O fenômeno é uma representação que o sujeito sofre quando algo o modifica. Não conheço o que me afeta, apenas sei que sou afetado por algo do qual posso criar uma imagem. Esta implica vários desdobramentos.

Em primeiro lugar, o ânimo percebe algo das sensações porque temos formas próprias para isso. A nossa intuição, como Kant chama a sensação, é determinada a priori pelas formas da sensibilidade que são o espaço e o tempo. Observem: espaço e tempo não são mais qualidades inerentes aos objetos e sim condições anteriores à experiência que possibilitam que estas ocorram. A mente não é uma cera passiva, como queria Locke, ela organiza o material que recebe da sensação segundo as formas do espaço e do tempo. Mediante a intuição, os objetos nos são dados e a doutrina que estuda os dados da sensibilidade é a Estética Transcendental.

Em segundo lugar, o ânimo ordena e classifica coisas segundo uma série de categorias que não são intuídas, mas deduzidas do intelecto. A ciência do intelecto em geral é a lógica. A Lógica Transcendentalé a doutrina que estuda a origem dos conceitos e se ocupa especificamente dos conceitos a priori que se referem aos objetos que, nesse caso, não são mais meramente dados e sim pensados. Apenas a sensibilidade é intuitiva. O intelecto é discursivo e por isso seus conceitos são funções que unificam, ordenam, sintetizam o múltiplo dado em uma intuição, em uma representação comum: isso significa propriamente pensar, e pensar é julgar, sendo, pois, o intelecto, a faculdade de julgar (e não a razão).

Ora,

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