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Morfossintaxe

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Por:   •  24/10/2013  •  1.170 Palavras (5 Páginas)  •  3.341 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

CAMPUS SJC – ICSC

LETRAS – LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA INGLESA

DISCIPLINA : MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA PORTUGUESA

PROFA. ILKA

RESENHA-RESUMO DO CAPÍTULO 3 DO LIVRO ‘PRÁTICA DE MORFOSSINTAXE’ DE INEZ SAUTCHUK

DOUGLAS DELLAMONICA - B40GDG2

SJC - 2013

Resenha-resumo do capítulo 3 do livro Prática de Morfossintaxe

SAUTCHUK, Inez. Prática de Morfossintaxe: como e por que aprender análise (morfo)sintática. Ed. Manole, 2ª edição.

Inês Sautchuk é mestre e doutora em Letras pela Universidade de São Paulo e faz pesquisas orientadas teoricamente pela Linguística Textual. É professora titular aposentada do ensino superior em São Paulo e fez parte da Comissão de Especialistas de Ensino de Letras da Secretaria da Educação Superior do MEC.

Capítulo 3: O estudo da Sintaxe

A importância da sintaxe:

A sintaxe é a parte da gramática que estuda a relação dos termos da frase; esta relação é que permite a elaboração de mensagens e são as leis sintáticas que autorizam tais enunciados de uma língua como inteligíveis aos falantes da mesma.

As leis sintáticas são tão importantes que a elas é atribuída a manutenção de toda língua dando ao falante perceber a intenção da mensagem linguística de quem produziu a frase. À sintaxe é atribuída também a função de guardiã da inteligibilidade de um produto textual seja ele escrito ou não.

O campo de atuação da sintaxe:

A sintaxe estuda, portanto, todas as relações que ocorrem no eixo sintagmático da língua e que dão formação a sintagmas, frases, orações, períodos. A frase é qualquer unidade linguística de comunicação completa e a oração é uma frase que se permite uma análise sintática de seus constituintes e cujo núcleo é um verbo reunindo assim duas unidades significativas, chamadas de sujeito e predicado. Fragmentando estas unidades (sintagmas) de uma oração vemos que o único indispensável é o núcleo da oração, ou seja, o verbo. Já as frases têm um comportamento de comunicação mais amplo e independe da existência ou não de um núcleo verbal, isto é, ela é capaz de subsistir mais em função dos elementos de situação ou extralinguístico.

Percebe-se então que toda oração pode ser uma frase mas nem toda frase é uma oração. Decidiu-se chamar de período, por sua vez, todo enunciado que se comporta como uma oração, podendo ser simples ou composto, no caso de apresentar, respectivamente, uma ou mais orações. Todo período é delimitado graficamente tendo início letra maiúscula e e um sinal de pontuação final.

A estrutura sintagmática do português:

Ao nos referirmos à hierarquia gramatical de unidades linguísticas observamos que os constituintes imediatos das frases/orações são os sintagmas e não as palavras. Na condição de palavra a unidade linguística presta a uma análise morfológica, analisada de uma maneira vertical. Essa mesma palavra ganha status de sintagma quando se relaciona no eixo horizontal combinando-se com outras palavras ou com outros sintagmas.

Em sentido amplo, todo sintagma é a construção que resulta da articulação de pelo menos duas unidades linguísticas, em qualquer nível de análise; um sintagma oracional é a combinação entre duas formas inferiores: um sujeito (sintagma nominal) e um predicado (sintagma verbal).

Consideremos SINTAGMA toda construção sintática que constitua um “bloco” significativo ou funcional que pode mover-se no eixo horizontal. Os sintagmas são formados só pelo núcleo significativo ou por ele e palavras circundantes, como determinantes e/ou modificadores/intensificadores. São essas unidades grupais que contraem entre si diferentes posições sintagmáticas e, dessa forma, desempenham as chamadas funções sintagmáticas.

O falante não pronuncia um enunciado sílaba por sílaba, ou palavra por palavra, seja falando ou escrevendo. Isto ocorre porque o falante da língua sabe que os constituintes da oração são os sintagmas. Exemplo de como o falante processa um enunciado é este:

AQUELES PASSARINHOS + FIZERAM SEUS NINHOS EM UM GALHO DE ÁRVORE

ou

AQUELES PASSARINHOS FIZERAM + SEUS NINHOS + EM UM GALHO DE ÁRVORE.

ou

AQUELES PASSARINHOS + FIZERAM + SEUS NINHOS + EM UM GALHO DE ÁRVORE.

São esses blocos (ou combinações de unidades linguísticas de nível inferior) que constituem o que chamamos de sintagma. Podemos, inclusive, concluir que estes blocos, tendo por ponto de apoio o verbo, se movem no eixo sintagmático ocupando as posições mais variadas possíveis e propiciando arranjo de leituras em um número muito grande de possibilidades.

Os sintagmas organizam-se em torno de um elemento fundamental, ao qual chamamos núcleo e são esses núcleos que formam os tipos diferentes de sintagmas para a análise sintática.

Os tipos de sintagmas:

SINTAGMA NOMINAL (SN) é uma unidade significativa da oração que sempre terá como núcleo uma palavra de natureza substantiva.

SINTAGMA ADJETIVAL (SA) tem como núcleo um adjetivo que pode ser constituído apenas por esse adjetivo ou circundado por outros elementos, como advérbios intensificadores, modificadores adverbiais ou sintagmas preposicionados.

SINTAGMA PREPOSICIONADO (SP) constitui-se de preposição + sintagma nominal. Ele pode articular-se a um substantivo, a um adjetivo ou a um verbo.

SINTAGMA ADVERBIAL (Adv) é aquele cujo núcleo é um advérbio, ainda que essa nomenclatura geralmente não seja usada.

SINTAGMA VERBAL (SV) é um dos elementos básicos da oração e tem o verbo ou a locução verbal como núcleo podendo constituir-se apenas por esse núcleo ou apresentar diversas configurações, quando acompanhado de outros tipos de sintagmas. De todos os sintagmas, apenas o verbal não poderá deixar de existir em uma oração e, no eixo sintagmático, vai exercer sempre a mesma função, a de predicado.

A partir dessas primeiras considerações podemos perceber como os sintagmas podem se comportar como autônomos (que se movimentam sozinhos no eixo sintagmático) ou sintagmas internos (que são contidos nos sintagmas autônomos, não tendo liberdade de movimento além do limite do sintagma que o contém).

Decompondo os sintagmas:

Os diferentes tipos de sintagmas podem ser decompostos em seus constituintes imediatos para facilitar a compreensão da estrutura da língua. A estratégia inicial para tal decomposição é tomar o núcleo verbal como ponto de referência. Exemplo:

Todos aqueles brinquedos de cores alegres sumiram do quarto dos fundos.

SN V SP

Sintagmas autônomos

1. Todos aqueles brinquedos de cores alegres

Formação do SN: pré-det. + det. + núcleo subst. + SP [todos + aqueles + brinquedos + de cores alegres]

2. do quarto dos fundos.

Formação do SP: prep. [de + SN [o quarto dos fundos].

Sintagmas Internos

1. de cores alegres

Formação do sp*: prep. [de] + SN (núcleo subst. [cores] + modif. [alegres])

2. dos fundos

Formação do sp*: prep. [de] + SN (det. [os] + núcleo subst. [fundos])

Para saber a extensão de um sintagma temos de reconhecer que há sintagmas “dentro” de outros sintagmas e perceber a relação de dependência entre seus componentes e que também que os sintagmas, quando autônomos, podem ser substituídos por um termo próprio para isso – as proformas.

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