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Napoleção Bonaparte

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Por:   •  29/10/2014  •  4.320 Palavras (18 Páginas)  •  259 Visualizações

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Napoleão Bonaparte nasceu em 15 de agosto de 1769 em Ajaccio, Córsega, um ano após a ilha ser transferida para a França pela República de Gênova,3 e foi o segundo de oito filhos do advogado Carlo Maria Bonaparte e de Maria Letícia Ramolino, uma família descendente da pequena nobreza da Itália, que chegou à Córsega vinda da Ligúria ainda no século XVI. Foi batizado Napoleone di Buonaparte, provavelmente adquirindo seu primeiro nome de um tio (apesar de um irmão mais velho, que não sobreviveu à infância, também ter se chamado Napoleone), e anos depois mudou seu nome para Napoléon Bonaparte.4

Carlo Maria Bonaparte

Carlo Maria Bonaparte, pai de Napoleão, foi nomeado representante da Córsega na corte de Luís XVI de França em 1777.5 A influência dominante na educação de Napoleão foi sua mãe, que criou com pulso firme o indisciplinado filho.6 Teve os irmãos José, Lucien, Elisa, Louis, Pauline, Carolina e Jerônimo. Havia também outras duas crianças, um menino e uma menina, que nasceram antes de José, mas morreram ainda na infância.7 Napoleão foi batizado pouco antes de seu segundo aniversário, em 21 de julho de 1771, na Catedral de Ajaccio.8

Seu passado de relativa nobreza e suas conexões familiares permitiram que ele tivesse boas oportunidades de educação, acima da média da época para a região.9 Em janeiro de 1779, Napoleão estava matriculado em uma escola religiosa em Autun, para aprender francês, e em maio entrou na academia militar em Brienne-le-Château.10 Falava com um sotaque córsego e nunca aprendeu a soletrar corretamente.11 Foi provocado por outros estudantes por causa de seu sotaque e começou a se dedicar à prática da leitura.12 Ele era notavelmente dedicado em matemática, e também muito familiarizado a história e geografia.13

Ao completar seus estudos em Brienne, em 1784, Napoleão entrou para a Escola Militar de Paris, e ainda que sempre tenha se interessado, a princípio, em uma formação naval, acabou estudando para se tornar oficial de artilharia, e quando a morte de seu pai reduziu sua renda, foi forçado a terminar o curso de dois anos em apenas um.14 15

Início da carreira

Ao se formar, em setembro de 1785, Bonaparte se tornou segundo tenente do regimento de artilharia de La Fère,16 e serviu em Valence e Auxonne, até a eclosão da Revolução Francesa em 1789. Napoleão passou os primeiros anos da revolução em Córsega, atuando em uma complexa luta entre realistas, revolucionários e nacionalistas córsegos. Apoiou os jacobinos revolucionários, foi promovido a tenente-coronel e comandou um batalhão de voluntários. Então, em julho de 1792 conseguiu convencer as autoridades de Paris a promovê-lo a capitão.17 Voltou para a Córsega e entrou em conflito com o líder local Pasquale Paoli, que sabotou uma investida francesa na ilha italiana de La Maddalena, onde Bonaparte era um dos líderes da expedição,18 e por causa disso Bonaparte e sua família tiveram de fugir para a França continental em junho de 1793.10

Cerco de Toulon

Ver artigo principal: Cerco de Toulon (1793)

Em julho de 1792, Napoleão publicou um panfleto pró-republicano, Le Souper de Beaucaire, o que fez com que ele ganhasse a admiração e o apoio de Augustin Robespierre, irmão mais novo do líder revolucionário Maximilien Robespierre. Com a ajuda do companheiro corso Antoine Christophe Saliceti, Bonaparte foi nomeado comandante da artilharia das forças republicanas no cerco de Toulon. A cidade havia se sublevado contra o governo republicano e foi ocupada por tropas britânicas.19 Ele usou um plano para capturar um monte que permitiria que dominassem o porto da cidade e forçassem os navios ingleses a evacuar. A ofensiva, durante a qual Napoleão foi ferido na coxa, levou à captura da cidade e à promoção dele a general de brigada. Suas ações chamaram a atenção do Comitê de Salvação Pública, e ele foi encarregado da artilharia do exército francês na Itália.20 Enquanto esperava pela confirmação do cargo, Napoleão passou um tempo como inspetor de fortificações costeiras na costa do Mediterrâneo, perto de Marselha. Arquitetou planos para atacar o Piemonte como parte da campanha contra a Primeira Coligação e então foi mandado em missão, por Augustin, à República de Gênova, para entender as intenções do país em relação à França.21

13 Vendémiaire

Ver artigo principal: 13 Vendémiaire

Após a queda dos irmãos Robespierre no 9 Termidor, em julho de 1794, Bonaparte foi colocado sob prisão domiciliar em Nice por sua associação com eles.22 Foi libertado após duas semanas e devido a sua habilidade técnica foi convidado a elaborar planos para atacar as posições italianas na guerra da França com a Áustria. Ele também participou de uma expedição para retomar a Córsega dos britânicos, mas os franceses foram expulsos pela marinha britânica.23

Bonaparte ficou noivo de Desidéria Clary, irmã de Júlia Clary, esposa de José, o irmão mais velho de Napoleão; os Clarys eram uma família de comerciantes ricos de Marselha.24 Em abril de 1795, ele foi designado para o exército do Oeste, que estava envolvido na Guerra da Vendeia. Para ocupar o comando de artilharia, ele seria rebaixado do cargo de general de artilharia - cargo em que o contingente estava lotado - e declarou saúde precária para evitar o destacamento.25 Ele foi movido para o Departamento de Topografia do Comitê de Salvação Pública e tentou, sem sucesso, ser transferido para Constantinopla, a fim de oferecer seus serviços ao Sultão.26 Durante este período, ele escreveu uma novela romântica, Clisson et Eugénie, sobre um soldado e sua amante, em um claro paralelo à própria relação de Bonaparte com Desidéria.27 Em 15 de setembro, Bonaparte foi removido da lista de generais em serviço regular por sua recusa em servir na campanha de Vendeia. Ele enfrentou então uma difícil situação financeira e a redução nas perspectivas de carreira.28

Em 3 de outubro, monarquistas em Paris declararam uma rebelião contra a Convenção Nacional depois que eles foram excluídos de um novo governo, o Diretório.29 Um dos líderes da Reação Termidoriana, Paul Barras, soube das façanhas militares de Bonaparte em Toulon e lhe deu o comando das forças improvisadas em defesa da Convenção no Palácio das Tulherias. Bonaparte havia testemunhado o massacre da Guarda Suíça naquele mesmo lugar, anos antes, e percebeu que a artilharia seria a chave para a defesa.16 Ele ordenou que um jovem oficial de cavalaria, Joachim Murat, aproveitasse os grandes canhões e os usou para repelir

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