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O Realismo Aristotélico

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Por:   •  8/10/2013  •  1.227 Palavras (5 Páginas)  •  17.293 Visualizações

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O realismo aristotélico

O realismo aristotélico foi apresentado na Grécia, como uma reação ao discurso dos sofistas e também como uma tentativa de oposição dos pensamentos de Parmênides e Heráclito. No entanto, o primeiro negava a realidade do movimento e da mudança e o segundo afirmava que toda a permanência e estabilidade resultavam de precário equilíbrio entre forças opostas.

Aristóteles defende a possibilidade de uma ciência sobre o real concreto. Através disso, afirma que é possível conhecer o que era real concreto e mutável por meio de definições e conceitos que permanecem inalterados. Para que isso aconteça, é preciso estabelecer o que importa ser conhecido acerca do ser, distinguindo-o daquilo que pode ser deixado de lado, sendo ocasional, fatual ou acidental. Ele considera o Universo como um todo ordenado segundo leis constantes e imutáveis. Essa ordem imutável e eterna rege com os fenômenos da natureza e com a ordem política, moral e estética.

A filosofia segundo Aristóteles, implica no abandono do senso comum e o despertar da consciência crítica, que tinha a função libertadora para o homem. O abandono do senso comum se dava em virtude do espanto que originava o filosofar. Pois, quando um homem percebia uma dificuldade e se espantava, era como se ele reconhecesse a própria ignorância. Então, foi por escapar da ignorância que os primeiros filósofos se dedicaram a filosofar.

Desde a mocidade Aristóteles rejeita a Teoria das Idéias de Platão, justificando que ela não explica o movimento dos entes matérias, ordenado e harmonioso, criou então mais dificuldades pra entendê-las. Para ele as Idéias não trazem a causa de nenhum movimento e de nenhuma mudança.

Através da ciência foi necessário distinguir a filosofia da opinião. A garantia de um saber verdadeiro estava na possibilidade de sua demonstração a partir de um outro conhecimento já demonstrado como verdadeiro. Esse processo foi levado ao infinito, impossibilitando a ciência, na qual, o homem não pode perceber algumas verdades.

Segundo o pensamento aristotélico, o homem que tivesse o conhecimento mais perfeito, em qualquer gênero que fosse, deveria ser aquele que estava mais apto a enunciar os princípios mais firmes do objeto em questão. Por conseguinte, aquele que conhece os seres enquanto seres, deveria ser capaz de estabelecer os princípios mais firmes de todos os seres. O filosofo era o princípio mais firme de todos, era aquele que era impossível de ser enganado. Era necessário então, que um tal princípio fosse ao mesmo tempo o mais conhecido de todos os princípios e incondicionado, pois um princípio tinha que conhecer e compreender todo ser, qualquer que fosse, não podia depender de outro princípio.

Para Aristóteles a filosofia enquanto é a ciência do ser, deve ser capaz de enunciar as causas. Por isso ele enuncia causas nas quais pode-se analisar como um ser é considerado para ele. São elas: a causa material determina qual matéria que a coisa era feita, a forma, que era o conjunto de determinações que permite identificá-lo, o motor, aquele que dá origem ao processo de constituição do ser e o fim, que coincide sempre com a própria perfeição do ser.

Algumas vezes em sua Metafísica, Aristóteles afirma que o Ser podia ser analisado em diferentes sentidos, principalmente em um conceito análogo. O primeiro sentido é o fundamental, que diz que o Ser era em si uma substância. A substância nesse caso é simples, como Deus, ou composta, como os demais seres. A ciência do Ser é, portanto a ciência do Ser imóvel e perfeito. E nesse caso a substância é simples e, ao mesmo tempo a ciência dos entes compostos. Portanto, a ciência do Ser, a filosofia é uma ciência da substância. A substância é o indivíduo uno em si mesmo e separado dos demais, ela não esgota o sentido do termo Ser.

Os chamados acidentes também não esgotam o sentido do termo Ser. Estes, na maioria das vezes, decorrem da matéria de que os entes são compostos. Não são determinados pela natureza destes, nem decorrem de uma razão ou causa determinada. Por isso, não é possível uma ciência do acidente. Pois, acidente é aquilo que pertence a um ser e pode ser afirmado dele com verdade, mas não é nele nem necessário nem constante. Em primeiro lugar o ser por acidente não é nunca objeto de especulação, pois, nenhuma ciência seja ela prática, produtora ou teórica, não se preocupa com ele.

O movimento é um dos desafios do pensamento aristotélico. Pois movimento é sempre a passagem de

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