O São Gabriel
Por: Lucas Sassi • 19/10/2025 • Trabalho acadêmico • 10.562 Palavras (43 Páginas) • 16 Visualizações
Pe. Giovanni Cipriani, Passionista
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NOVENA
SÃO GABRIEL DE NOSSA SENHORA DAS DORES
o santo que encanta os jovens
Capa, pág. 2
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Pe. Henrique Evangelista de Oliveira,
Superior provincial EXALT
Belo Horizonte, 27 de fevereiro de 2023
Festa litúrgica de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores
Agradecimento
Aos Religiosos formandos do Teologado da Província EXALT, Milionários, Belo Horizonte
Apresentação
Esta Novena foi preparada para rezar e refletir sobre a vocação à santidade, a partir da experiência espiritual e mística de São Gabriel de Nossa Senhora das Dores, jovem religioso passionista falecido aos 24 anos de vida.
Rezar a Novena a um santo é, de fato, uma graça que Deus nos dá para refletir sobre a nossa vocação à santidade. O “Senhor escolheu cada um de nós ‘para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor’ (cf. Ef 1,4); Ele “quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propô-la nestes termos: ‘anda na minha presença e sê perfeito’ (Gn 17,1)” (Papa Francisco, Gaudete et exsultate, 1).
Olhando para São Gabriel podemos compreender melhor o significado da vocação universal à santidade, vivida no ordinário de nossa vida. Jovem exuberante e fascinante, inteligente e brilhante; gosta de se divertir, mas sem vulgaridades ou compromissos morais; veste à moda e gosta de dançar; tem tudo e nada o satisfaz; instável como todos os jovens, mas firme na devoção a Nossa Senhora das Dores. A espiritualidade é a força de sua juventude: na oração encontra a força para não ficar perdido diante das seduções da idade juvenil. Como religioso passionista, torna ‘extraordinário o ordinário’. A alegria de sua vida austera e penitente pode ser considerada uma experiência de ressurreição, mesmo diante da morte.
Rezando esta Novena, talvez seremos levados a nos perguntar: “se Gabriel conseguiu, porque eu não?”. Ele é um jovem que não pode ser repetido, mas, com certeza, pode ser tomado como exemplo para um caminho de santidade.
Para quem celebra o Tríduo, proponho escolher os dias da novena que mais correspondem às exigências espirituais da pessoa ou à caminhada de fé da comunidade.
Pe. Giovanni Cipriani
giovcipr@gmail.com
1° Dia
“Meu desejo é ser santo”
(“A santidade é o rosto mais bonito da Igreja”)
Texto bíblico
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda bênção espiritual nos céus, em Cristo. Nele, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e íntegros diante dele, no amor” (Ef 1,3-4).
Das cartas de São Gabriel
“Caro Pippo, tu estas certo em dizer que o mundo está cheio de obstáculos e perigos, e que é muito difícil salvar a própria alma, mas você não deve se perder de coragem... Fuja, pelo amor de Deus, fuja do que eu te digo: fuja dos maus companheiros, não somete os atrevidos, mas sobretudo aqueles que com palavras bonitas, com amizades falsas podem estragar seu coração... Fuja das conversas vulgares e inúteis... Fuja dos livros ruins, já que é indescritível quanto mal podem fazer no coração de um jovem” (Carta ao amigo Felipe Giovannetti, 13/05/1859)
Vida de São Gabriel
São Gabriel não nasceu santo, nem se tornou santo por milagre; se tornou santo porque ele o quis, abrindo totalmente seu jovem coração a Deus e a Nossa Senhora.
“Sede perfeitos como vosso Pai Celeste é perfeito” (Mt 5,48). São Gabriel tomou ao pé da letra o convite de Jesus. Para alcançar mais facilmente a santidade, aos 18 anos, entrou na Congregação passionista, “mãe de santos e mestra de santidade”. Abraçou a “loucura da cruz” (1Cor 1,18-19), dando a Deus os poucos anos de sua juventude.
Sua vida não é marcada por coisas extraordinárias fatos sensacionais; é uma vida simples marcada pelo heroísmo cotidiano e pela devoção a Nossa Senhora das Dores. Ele se comprometeu a fazer tudo tão bem, como se, terminada aquela coisa, tivesse que se apresentar diante de Deus. Seus coirmoãs, querendo brincar com ele, perguntavam: “Gabriel, se te dissessem que deves morrer agora, o que farias?”; “Continuaria a fazer o que estou fazendo”. “E se o chamado chegasse quando estás no refeitório ou dormindo?”; “Eu continuaria a comer e a adormir”. E acrescentava: “Nossa santidade não consiste em fazer coisas grandes e extraordinárias, mas em fazer bem as coisas ordinárias”.
Assim viveu Gabriel, o ‘jovem da alegria’ e o ‘jovem do sorriso’, como era apelidado; pois “a única tristeza que existe é a de não ser santo!” (L. Bloy).
Para a reflexão pessoal
“Como reiterei recentemente na Exortação Apostólica Gaudete et exsultate, ‘a santidade é o rosto mais bonito da Igreja’ (n. 9) e transforma-a numa comunidade ‘simpática’ (n. 93). Se Santo Ambrósio dizia que estava convicto de que ‘todas as idades são maduras para a santidade’, sem dúvida também o é a idade juvenil. Portanto, não tenhais medo de ser Santos, olhando para Maria, São Gabriel e todos os Santos que vos precederam e vos indicam o caminho!” (Papa Francisco, 18/05/2018).
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