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Obervação de criança 9 anos

Por:   •  15/5/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.964 Palavras (12 Páginas)  •  243 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO TEÓRICA

        O desenvolvimento vital, seja físico ou cognitivo constitui o estabelecimento de uma faixa etária na qual as mudanças físicas não são muito notáveis, há apenas um desenvolvimento continuo na vida de uma criança aos nove anos de idade, onde ela começa a deixar o pensamento imaginário e substituí-lo pela realidade, desenvolvendo pensamentos mais maduros e obtendo um nível de compreensão da estrutura dos idiomas.

        Segundo Rappaport (1981) nesse período, o egocentrismo intelectual e social que caracteriza a fase anterior dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes e de integrá-los de modo lógico e coerente. Outro aspecto importante refere-se ao aparecimento da capacidade de interiorizar as ações, realizando as operações mentalmente e não mais somente por meio de ações físicas.

        Tal pensamento concreto é denominado como estágio operatório concreto, onde as crianças passam a construir o pensamento lógico sobre determinada situação presencial. Elas começam a ter um modo diferente para encarar as coisas, por exemplo, quando são irritadas, contrariadas ou entristecidas criam uma motivação para encarar estes fatos como um desafio, desenvolvendo assim, sua autoestima.

        Segundo Piaget (2003), nessa fase, a criança já não é mais tão egocêntrica, ou seja, não está mais tão centrada em si mesmo e já consegue se colocar abstratamente no lugar do outro, dando-se um aumento da empatia com os sentimentos e as atitudes com os outros. Goulart (2005), corroborando, afirma que é a partir deste estágio que o sujeito se torna capaz de reconstruir, no plano da representação, o que já havia construído no plano da ação.

        Sobre as relações interindividuais, Piaget (2003, p.41) afirma que “[...] depois dos sete anos, a criança torna-se capaz de cooperar, porque não confunde mais seu próprio ponto de vista com o dos outros, dissociando-os para coordená-lo”. Portanto, ainda segundo Piaget (2003), na fase de nove anos ocorre uma evolução na afetividade, pois a cooperação entre os sujeitos passa a coordenar os pontos de vista em uma reciprocidade, com autonomia e coesão.

        No método de observação, o ambiente pode influenciar a atitude da criança, influenciando o modo de agir e falar. Quando presente em seu ambiente natural, com familiares ou algum grau de parentesco, a criança age naturalmente, o que dificilmente acontece com estranhos por perto, pois a criança apresenta receio; há também a influencia por meios tecnológicos, ou seja, aquele individuo que em alguns casos deixa de realizar atividades como brincar e se relacionar com outras crianças apenas para utilizar aplicativos. Importante também citar mediante a observação um fato comum decorrente na sociedade nos dias de hoje. As crianças pouco se exercitam, não praticam mais atividades físicas e as brincadeiras são facilmente trocadas por aparelhos eletrônicos e não se alimentam bem, ocasionando a obesidade e até mesmo outras doenças devido à má alimentação e o sedentarismo.

        Nesse contexto, a observação passa a ser importante para identificar meios para a criança se desenvolver, e entendermos suas atitudes diante de determinada situação. Nessa fase (6-12 anos) a observação se torna ainda mais importante por eles estarem transitando entre a infância e a puberdade, passando a conhecer e se relacionar melhor com seu ambiente e o mundo.

  1. MÉTODOS

  1. Sujeito

        A criança observada foi o P.H.S.A, do sexo masculino nascido em 13 de Junho de 2006, de nacionalidade brasileiro e naturalidade de Ribeirão Preto. Tem dois irmãos, sendo um menino de 6 anos e uma menina de 19 anos. Ele mora na residência somente com o pai, a mãe e o irmão. A irmã mora sozinha, pois é filha do primeiro casamento do pai. A família se classifica como classe média baixa. A criança observada é considerado bom aluno, pois tem boas notas e presta bastante atenção na aula.

  1. Instrumentos 

        No presente trabalho optamos pela observação naturalista, pois ela consiste na observação sistemática do comportamento humano que ocorre espontaneamente em seu meio habitual onde descrevemos todo o comportamento do sujeito. Vale lembrar que a observação naturalista, necessariamente não ocorre na natureza,  e nesse caso a observação foi do comportamento do participante em seu ambiente natural. Escolhemos este instrumento de observação porque a observação do comportamento do individuo ocorreu em um ambiente que não foi criado articialmente, a criança foi observada em sua própria residência para que se sentisse a vontade. Ocorrendo então um observação naturalista participante, onde os observadores interagiram com a criança observada, mas tomando bastante cuidado para que as ações dos observadores não influenciasse nas ações da criança.

  1. Aparatos de pesquisa 

        O aparato de pesquisa que o grupo utilizou para obtenção de dados no decorrer da investigação e anotação dos mesmos foi somente um notebook, onde os três observadores presentes foram marcando por tópicos os pontos da observação que poderiam ser utilizados para relacionar na discussão o que acontece entre a teoria e a prática desta faixa etária. O grupo não precisou utilizar outro tipo de material, como por exemplos canetas, lápis ou cadernos para anotações, pois utilizou somente o notebook.

  1. Procedimentos 

Assim que apresentado a proposta deste trabalho em sala de aula, o grupo ficou responsável por realizar uma observação com uma criança na faixa etária de nove anos de idade, para entender melhor as características desta faixa etária na infância. O grupo entrou em contato com o responsável da cricança por telefone para apresentarmos o objetivo do trabalho, e agendarmos um horário e local apropriado a todos, para que pudéssemos realizar a observação, de no máximo 30 minutos.

O pai da criança não apresentou nenhum receio no telefone pelo fato de seu filho ser observado por nós alunos, e concordou com a observação e no dia da observação apresentamos o termo de consentimento livre e esclarecido, que contém todas as informações necessárias de apresentação do trabalho, incluindo seu objetivo e contato com a orientadora, caso haja necessidade e além de mostrar ao pai que tudo que será visto na observação é totalmente confidencial e a criança não será exposta. Após apresentado ao pai o termo de consentimento livre e esclarecido, ele ciente e de acordo com o mesmo, o assinou e realizamos a observação.

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