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Resumo do livro - Ciência, Conceitos-Chave em Filosofia, de Steven French

Por:   •  1/3/2016  •  Abstract  •  3.172 Palavras (13 Páginas)  •  3.726 Visualizações

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[pic 1]UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais

Filosofia da Ciência e Metodologia Científica / Turma: T09 - 5N12 e 6N34

Prof.ª: Jonhkat

Aluno: Patrick Klysman Costa Santigo.

Atividade Avaliativa

Resumo do livro: Ciência – Conceitos-Chave em Filosofia, de Steven French

No capítulo que introduz o livro, o autor inicia declarando o impacto causado pela ciência na vida das pessoas. Em seguida, lista vários exemplos de aplicações tecnológicas, mas além disso cita teorias concebidas pelo conhecimento científico e o quanto são importantes para a construção de uma visão ampla de mundo.

Então o autor levanta questões sobre o funcionamento da ciência e suas teorias, indagações a serem examinadas posteriormente. Então ele questiona: como descobrir como a ciência funciona? E nos parágrafos seguintes esclarece que uma das maneiras seria ouvir os cientistas, mas logo depois lembra que visões diferentes podem surgir, não sendo esse um bom método. Exemplifica citando a frase “A ciência é uma estrutura construída sobre fatos.”, e em seguida citando Ivan Pavlov e sua preocupação com as leis que governam os fatos bem como W.L.Bragg e sua preocupação em descobrir novas maneiras de pensar sobre os fatos, mas então cita Stephen Jay Gould que sugere que os fatos não podem ser tomados como terra firme. E depois cita Einstein, que afirma que certas vezes a crença em uma dada teoria é tão forte que ela não pode estar errada, mas os fatos. Steven evidencia que isso é um problema, pois a ciência não evolui com teorias vistas como quase invioláveis. Ele pensa que as teorias também podem ser falhas a depender da análise dos fatos. Novamente ele cita uma afirmação atribuída a Einstein, que remete à visão conhecida como “falseacionismo” que o papel dos fatos é refutar as teorias para que haja progresso na ciência. Após isso, Steven cita Richard Feynman e sua ideia de influência mutua entre teoria e experimento.

Em seguida, o autor sugere que a melhor maneira de lidar com a questão de como a ciência funciona é olhar para a prática cientifica em si mesma, analisando o que os cientistas fazem. Mas então, Steven lembra que os cientistas não podem simplesmente se livrar de convicções prévias antes de produzirem seus trabalhos, e além disso, diz que a forma de examinar a prática cientifica depende de diversas questões, desmembrando algumas sobre as teorias.

Então ele deixa claro que, por falta de tempo e espaço, analisará estudos de caso para descrever aspectos da prática cientifica e formular respostas para as questões levantadas.

Por fim, o autor apresenta a ideia de que para alguns estudiosos a questão mais importante é de definir como a ciência deveria funcionar. A ideia da “boa ciência” foi aceita durante muito tempo, enquanto na verdade ela não era vista como algo especial. Ele cita Darwin e “Origem das espécies” e Einstein e sua afirmação sobre a “curvatura” do espaço-tempo, teorias antes rejeitadas, mas após observações foram respeitadas. Nesse contexto, filósofos da ciência passaram a defender o que consideravam “boa ciência” e sua “melhor pratica”, diferenciando ciência de pseudociência e definindo normas a parir da objetividade, racionalidade em geral e testabilidade teórica. No entanto, essa defesa veio acompanhada de problemas que levaram os filósofos a se concentrar em analisar como a ciência funciona em vez de tentar explicá-la. Isso provocou uma lacuna no controle da agenda da ciência, deixando o campo aberto para grandes instituições.

No segundo capítulo intitulado “Descoberta”, o autor inicia levantando o seguinte questionamento: como são descobertos os modelos científicos? No subtópico seguinte “A VISÃO COMUM: O MOMENTO EURECA”, o autor apresenta o modo como as descobertas cientificas ocorrem, dizendo que elas surgem de repente, como um lampejo da inspiração. Para exemplificar ele cita o caso clássico de Arquimedes de Siracusa e o seu momento “Eureca!” ao resolver o problema da coroa do rei; também cita Lesley Rogers, que por uma tentativa ao acaso realizou marcações de rotas neurais com marcadores; além de Kary Mullis, que recebeu o Prêmio Nobel em 1993 por sua descoberta da “reação em cadeia da polimerase” (PCR) e revelou que essa técnica foi descoberta enquanto dirigia e pensava no que vinha estudando em laboratório. Essa visão convincente da descoberta cientifica é convincente e está de acordo com uma visão historicamente bem-estabelecida da criatividade em geral, conhecida como a "visão romântica". No subtópico A VISÃO “ROMÂNTICA” DA CRIATIVIDADE, o autor cita Immanuel Kant e sua descrição de gênio, conceito caracterizado pela originalidade, sendo a criatividade da descoberta irracional e não-analisável. Essa visão auxilia a distinguir dois contextos, o contexto da descoberta e o contexto da justificação. O autor define o contexto da descoberta como algo que não pode ser analisado pelos filósofos, pois não envolve uma regra definida, mas sim talento e gênio, podendo ser analisado pelos psicólogos e sociólogos. Já o contexto da justificação é definido como aquele dotado de características racionais, onde as teorias são justificadas. Steven enfatiza a diferença entre esse contexto e o anterior citando Karl Popper, que afirma que o contexto da descoberta é irrelevante à análise lógica do conhecimento cientifico, apesar da intuição ser indispensável às descobertas.

Logo após o autor apresenta “A EXPLICAÇÃO HIPOTÉTICO-DEDUTIVA”, que é uma explicação mais geral do método cientifico que une os contextos da descoberta e justificação, ou seja, momentos eureca deduzem hipóteses e testes experimentais as estudam usando a lógica, as confirmando ou não. Como exemplo, é citada a teoria ondulatória da luz, considerada um dos maiores avanços científicos. Então é levantada a questão: É A CRIATIVIDADE UM MITO? Aqui é citado o filosofo radical Feyerabend, que condena o contexto da descoberta e French frisa que muitas vezes é criada uma visão presunçosa do genial que dá lugar a excêntricos, que se convencem de seus momentos eureca, inibindo todo o trabalho cientifico realizado por trás. Como exemplo, é retomado o caso de Mullis e o PCR, que na verdade não foi uma ideia singular, mas havia todo um precedente trabalho em equipe. Arquimedes é novamente citado para frisar que por trás do seu momento eureca havia um cientista brilhante e inovador. Edward Jenner também é citado, pioneiro da técnica da vacinação e descobridor da vacina da varíola. No caso de Edward, a descoberta ocorreu a partir da observação, e através da indução são construídas as hipóteses.

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