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Significado Teológico Da História Da Liturgia

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Por:   •  21/8/2014  •  7.825 Palavras (32 Páginas)  •  469 Visualizações

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JOHNY WALIDAM MENDES SOUSA

SIGNIFICADO TEOLÓGICO DA HISTÓRIA DA LITURGIA

CLARETIANOS – STUDIUM THEOLOGICUM

Disciplina: Introdução à Liturgia

Professor: Hélcion Ribeiro

Ano/Semestre: 2014/I

JUNHO/2014

CURTIBA

INTRODUÇÃO

A Liturgia é a ação do povo de Deus que celebra a morte e ressurreição de Jesus na sua vida, para glorificar a Deus e santificar a humanidade. Neste sentido toda a Liturgia é uma ação de graças ao Pai, através de Jesus Cristo. Quando celebramos alguns aspectos importantes de nossa vida realçamos com intento e alegria, de maneira festiva, criativa, utilizamos de gestos, símbolos, e convidamos outros para conosco vivenciar este momento, mostrando assim, toda a grandeza deste aspecto. E isto gera de certo modo, comunhão entre as pessoas. Na celebração litúrgica celebramos a comunhão e participação de Deus, e das pessoas entre si. Bem como se costuma celebrar natalidades, e datas importantes, a liturgia através de símbolos e sinais, palavras e gestos, tornam presente o fundamental da vida do povo de Deus. Isto é, o Mistério Pascal de Jesus Cristo. Este é o realce que se dá numa celebração litúrgica.

No primeiro momento de nosso trabalho explicitaremos a relação entre teologia e liturgia. Ressaltaremos o contexto celebrativo, e o significado teológico da história da liturgia. Abordaremos a significação do conceito de teologia da liturgia e a teologia simbólica da liturgia. Por segundo, entraremos no segundo capítulo de nosso trabalho onde abordaremos a história da liturgia cristã. Neste capítulo nós sublinhares os principais momentos da história e desenvolvimento da liturgia cristã. Moveremos-nos aos primeiros anos da Igreja ressaltando a celebração dos cristãos primitivos como nos narra o livro dos Atos dos Apóstolos, a época dos primeiros padres, a idade média, os anos que antecederam o Concílio de Trento e posterior a este, com os diversos movimentos culturais que de certo modo influenciaram a liturgia cristã e a experiência de Igreja e concluiremos com o Concílio Vaticano II e o reflexo da liturgia a partir dele para as diversas culturas aonde se faz presente a Igreja Católica. E por fim, concluiremos nosso trabalho com as considerações finais. Como base para a pesquisa e desenvolvimento do trabalho tomará por referência o livro de Dionisio Borobio “A Celebração na Igreja – Liturgia e sacramentologia fundamental - Vol. 1”, e Matias Augé “Liturgia: História, celebração, teologia, espiritualidade”, e por fim, o Manual de Liturgia, CELAM, vol. IV: a celebração do mistério pascal: outras expressões celebrativas do mistério Pascal e a liturgia na vida da Igreja.

O mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, é para toda a Igreja celebrante, o centro da História, e por isso, é também o centro da Liturgia. No ato celebrativo da liturgia, estão os acontecimentos em memória de toda a vida de Cristo, bem como a de todos os cristãos. Estes acontecimentos podem dizer, são iluminados pelo Mistério Pascal. A liturgia, todavia, manifesta a alegria de encontrar-se diante de Deus e, ao mesmo tempo, a seriedade própria da vida tornada arte. Neste sentido, podemos, a Liturgia faz sua a linguagem humana e comunica e celebra os mistérios com os mesmos elementos com que as pessoas celebram a vida. Ela é, portanto, Deus agindo na história. É o povo reunido em assembléia, que conscientes erguem a Deus seu clamor.

As ações litúrgicas e o modo como se celebram os sacramentos é o que enraíza os pés da fé cristã no mundo e em toda a existência humana. Assim, tanto a compreensão das celebrações litúrgicas quanto sua dignificação é favorecida pela teologia do culto litúrgico. A ausência da teologia no culto litúrgico hoje poderia nos levar a mergulhar na obscuridade e na carência de aprofundamento e certeza do que celebramos. Reflexo disto, fora como correu com a reforma protestante em séculos passados com Martim Lutero, e o avance do iluminismo, numa a falta de compreensão e profundidade de nossos bispos frente à vida sacramental celebrativo. A falta de uma teologia do culto litúrgico gerou um empobrecimento fortíssimo da liturgia nestes períodos em que percebemos fortemente os fenômenos históricos da devoção moderna. Destarte, em nossos dias, em conseqüência destes fenômenos de declínio numa carência de sentido do quer se celebra e do que se vive, tornou-se urgente uma abordagem teológica da liturgia. Para que o mistério celebrado pelos cristãos pudesse ser manifesto em culto e em conteúdo fundamentalmente profundos com toda a riqueza de sentido e significado desfigurado por falta de uma teologia. Isto, de modo categoricamente cultural com suas nuanças significativas á realidade do hoje e situado no centro da Igreja e no núcleo da vida dos fiéis.

Com efeito, a liturgia não pode ser compreendida como um discurso sobre o culto cristão, somente, mas de modo intrínseco, como uma celebração mistérica e institucional da Igreja. Compreendida desta forma, abarca um sentido mais profundo e significativo. Pois, assim identificada, ela se plenifica como “expressão e revelação do mistério de Cristo e da autêntica natureza da verdadeira Igreja” (SC 2). Sendo assim, a celebração é a fonte real do estudo teológico da liturgia. O que podemos chamar de teologia litúrgica, é relação mantida entre a fé vivaz de uma pessoa crente que anseia pela compreensão daquilo que crê, ou seja, entre a celebração litúrgica e a teologia.

Deste modo, na associação destes dois aspectos: a celebração litúrgica e a teologia, embora diferentes, estão relacionados conjuntamente, com vantagens recíprocas, e eleva o pensamento litúrgico ao seu contexto próprio, descaracterizado de uma aparência ritualista inconstante e superficial, e de todo abandono e perda de seu caráter racionalista. Isto é, rejeitando o ritualismo frívolo e a secularização racionalista. Neste sentido, a reflexão teológica será fruto de uma atividade de quem celebra. Todavia, isso ocorre, quando aquele que celebra, crê no mistério de Jesus Cristo e o celebra no meio da Igreja. Portanto, a teologia litúrgica é a própria celebração enquanto objeto de reflexão, nascendo esta da experiência daqueles que participam e nela vivem.

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