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Thomas Hobbes

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Por:   •  23/10/2013  •  1.732 Palavras (7 Páginas)  •  542 Visualizações

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1. Bibliografia

Thomas Hobbes (1588-1679) nasceu na Inglaterra, no dia 5 de abril de 1588. Foi um teórico político, filósofo e matemático inglês.

Iniciou sua carreira acadêmica em algumas escolas de Westport, seguindo posteriormente seus estudos na Universidade de Oxford, onde predominava o ensino da inspiração aristotélica. Durante seu estudo, seu tempo foi dedicado a leitura de livros de viagem e o estudo de cartas e mapas. Sua maior influência na época foi a realeza britânica, devido ao contato com suas intrigas e política. Teve a oportunidade de entrar em contato com obras clássicas, principalmente, nas temporadas em que esteve viajando pela França, Alemanha e Itália, onde conheceu as ideias de Galileu Galilei e Johannes Kepler. Após a viagem, percebeu que as teorias aristotélicas perdiam espaço para os princípios recentemente difundidos pelos cientistas Galileu e Kepler. Vendo esse declínio, retornou a Inglaterra em busca de novos conhecimentos. Foi nesse momento em que conheceu Francis Bacon, empirista, reforçando sua linha de pensamento e o afastando do pensamento aristotélico.

Em 1628 retornou à França. Depois Hobbes voltou a viajar e em suas viagens leu o livro de Euclides, racionalista. Em 1629, foi o primeiro a traduzir para o inglês a obra ‘’ Guerra do Peloponeso’’, do importante historiador grego, indicado como inventor da história racionalista, Tucídides. A partir daí, o filósofo começa a mostrar suas tendências políticas.

Permaneceu na França até 1631, Em 1634 realizou outra viagem ao continente, ocasião que aproveitou para conversar com René Descartes e Mersenne. Depois na Itália esteve com Galileu. Ao entrar em contato com os cientistas, a empolgação de Hobbes pelo racionalismo atingiu novos patamares. Hobbes acreditava em uma visão mecanicista do universo, diferente de Aristóteles e da escolástica e, durante uma conversa entre intelectuais e Inspirado pelos teoremas e princípios desenvolvidos pelas ciências da natureza, o pensador britânico começou a enxergar a razão como uma maneira infalível de se compreender o mundo.

A partir daí, planejou uma trilogia filosófica composta pelos livros De Corpore, sobre os movimentos dos corpos; De Homine, sobre o movimento envolvido no conhecimento e apetite humano; e De Cive, a respeito da organização social.

Em 1637 retornou a Inglaterra onde publicou na forma de manuscrito suas obras De Cive e Leviatã, irritando tanto os monarquistas quanto os parlamentaristas, devido aos assuntos neles abordados, como o contrato social e o absolutismo.

Hobbes defendia que a igreja cristã deveria ser administrada pelo monarca, que também poderia fazer a livre interpretação da bíblia, embora não concordasse com os preceitos da reforma protestante nesse sentido.

Hobbes morreu no dia 4 de dezembro de 1679, com 91 anos, depois de ter escrito, já na velhice, a tradução da "Ilíada" e da "Odisseia" para a língua inglês.

Principais Obras

2.1 Leviatã (1651)

O livro publicado em 1651, homônimo ao Leviatã bíblico, diz respeito a sociedade e ao governo legítimo e é considerado um dos exemplos mais antigos do contrato social, além de uma das referências do pensamento político.

No livro Hobbes defendia a tese do homem que, por viver num estado de natureza onde todos estariam preocupados com os seus próprios interesses, seria necessária a existência de um governante forte para apaziguar os conflitos humanos. A guerra de todos contra todos só seria evitada através do contrato social. A máxima que identifica o livro é “o homem é o lobo do homem”.

2.2 De Cive (1642)

“Do Cidadão”, primeira parte da trilogia planejada por Hobbes durante seu exílio na França, é composta por três temas da natureza humana: liberdade, império e religião. Foi completada em 1641 e publicada em 1642, mas a primeira versão em inglês surgiu apenas 9 anos depois sob o nome Philosophicall Rudiments Concerning Government and Society.

Na primeira parte, ele aborda a condição humana lidando com as leis naturais; na segunda, a necessidade do estabelecimento de um governo estável; finalmente na terceira, declarações a respeito de teologia.

2.3 De Corpore (1655)

Sob o título original em latim Elementorum philosophiae sectio prima De corpore, Hobbes publicou em 1655 o segundo volume de sua trilogia sobre o conhecimento humano.

Apesar do nome que sugeria filosofia natural, as quatro partes que compunham o livro eram divididas de seguinte forma: a primeira sobre lógica, a segunda sobre conceitos científicos e a terceira sobre geometria. Na quarta e última parte do livro, o assunto estudado era a física.

2. Importância para o Direito

Hobbes quis fundar a sua filosofia política sobre uma construção racional da sociedade, que permitisse explicar o poder absoluto dos soberanos. Mas as suas teses, publicadas ao longo dos anos, e apresentadas na sua forma definitiva no Leviatã, não foram bem aceitas, nem por aqueles que, com Jaime I, o primeiro rei Stuart da Inglaterra, defendiam que: o que diz respeito ao mistério do poder real não devia ser debatido, nem pelo clero anglicano, que já em 1606 tinha condenado aqueles que defendiam que os homens erravam pelas florestas e nos campos até que a experiência lhes ensinou a necessidade do governo.

A justificação de Hobbes para o poder absoluto é estritamente racional e friamente utilitária, completamente livre de qualquer tipo de religiosidade e sentimentalismo, negando implicitamente a origem divina do poder.

Hobbes mostra-se favorável ao desenvolvimento, sob a autoridade ameaçadora da lei positiva, das iniciativas individuais guiadas unicamente por um interesse individual bem calculado, e por um instinto racional aquisitivo.

Hobbes se aproxima de Maquiavel e do seu empirismo radical, ao partir de um método de pensar rigorosamente dedutivo. A humanidade no estado puro ou natural era uma selva. A humanidade no estado social, constituído por sociedades civis ou políticas distintas, por estados soberanos, não tinha que recear um regresso à selva no relacionamento entre indivíduos, a partir do momento em que os benefícios consentidos do poder absoluto, em princípio ilimitado, permitiam ao homem deixar de ser um lobo para os outros homens. Aperfeiçoando a tese de Maquiavel, Hobbes defende que o poder não é um simples fenómeno de força, mas uma força institucionalizada canalizada para o direito (positivo), - ‘‘a razão em pacto’’ de R. Polin

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