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Abordagem Socioambiental

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Por:   •  11/3/2015  •  618 Palavras (3 Páginas)  •  216 Visualizações

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O processo de urbanização atingiu, no final do século

XX e início do XXI, índices bastante elevados, resultando

que na atualidade a população do planeta é, majoritariamente,

urbana. Esta condição engendra uma série de novos

e complexos problemas para a compreensão e gestão

do espaço e da sociedade urbanos, sendo que aqueles de

ordem socioambiental encontram-se destacados no contexto

das cidades, particularmente daquelas de países em condi-

ções socioeconômicas de alta complexidade, como é o caso

do Brasil.

Muitas são as perspectivas teóricas e metodológicas

lançadas nas últimas décadas para o estudo da urbanização

e da cidade, todavia a abordagem dos problemas

socioambientais urbanos ainda carece de propostas para o

tratamento mais abrangente dos mesmos. A gravidade destes

problemas no presente demanda, por conseguinte, maior

atenção de estudiosos e gestores urbanos.

Alguns novos conceitos envolvidos na análise dos

problemas ambientais urbanos

Problemas derivados da interação entre a sociedade

e a natureza sempre marcaram os espaços de aglomeração

humana, sendo mais evidentes nas cidades quando comparados

aos espaços rurais contíguos ou distantes.

Por um considerável período os problemas relacionados

aos espaços citadinos e ao ambiente urbano foram

tratados na perspectiva de impactos ambientais urbanos.

Nesta abordagem, dentro da qual inúmeras contribuições

foram lançadas na perspectiva da solução dos problemas

que afligem os homens nas cidades, privilegiou-se, na maioria

das vezes, um tratamento de cunho naturalista; assim,

ganharam destaques estudos relativos ao verde urbano, à

degradação hídrica, do ar e dos solos, às inundações e

deslizamentos de terras, etc.

Alguns destes estudos lançaram mão de concepções

relativas a diferenças entre o ritmo dos processos da natureza

e aquele da sociedade para melhor compreender os

problemas ambientais urbanos; dentre os autores envolvidos

neste tipo de análise pode-se citar Michel Serres (1989)

e Santos (1996). Para estes o tempo da natureza é lento e o

da sociedade, particularmente em sua fase tecnológica presente,

rápido. Esta perspectiva evidencia considerável generalização,

pois nem todo fenômeno natural se processa

de forma lenta e nem toda dinâmica social se dá de forma

rápida. Ritmos lentos e ritmos velozes são, sobretudo, condições

relativas do estado momentâneo de cada fato ou fenômeno,

assim lentidão e rapidez são observadas tanto na

natureza quanto na sociedade, afinal os chamados eventos

catastróficos da primeira (natural hazards), por exemplo

(um terremoto, uma chuva torrencial concentrada, uma tempestade,

etc), desenvolve-se de forma muito rápida, ao

mesmo tempo em que a parcela da sociedade desprovida

de tecnologia (a maioria da humanidade) vive à mercê do

tempo lento. Pode-se, todavia, adiantar,

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