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Globalização

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Por:   •  8/11/2014  •  2.305 Palavras (10 Páginas)  •  2.999 Visualizações

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A GLOBALIZAÇÃO

A fase atual de expansão do capitalismo é chamada de globalização. Ela é consequência dos avanços tecnológicos, especialmente da modernização dos sistemas de transportes e telecomunicações, que promoveu a aceleração de diversos fluxos: informações, capitais mercadorias e pessoas.

O QUE É GLOBALIZAÇÃO

Globalização é a continuidade do longo processo histórico de mundialização capitalista, que vem desde o início da expansão marítima europeia. Pode-se dizer, en-tão, que a globalização é o nome que se dá à atual fase da mundialização capitalista.

Quando se iniciou o processo de mundialização capitalista, com as Grandes navega-ções, no final do século XV, o planeta Terra era composto por vários “mundo” - euro-peu ocidental, russo chinês, árabe, asteca, tupi, zulu etc. - e, muitas vezes, os habitan-tes de um “mundo” não sabiam da existência dos outros. Nessa época começou o pro-cesso de integração e interdependência planetária. Ao atingir o atual período informa-cional, o capitalismo integrou países e regiões do planeta num único sistema, forman-do o chamado sistema-mundo.

A globalização é um fenômeno multidimensional. Apresenta uma faceta eco-nômica, a mais evidente e perceptível, mas também possui outras dimensões: social, cultural, política etc. Entretanto, todas essas dimensões se materializam no espaço geográfico em suas diversas escalas: mundial, nacional, regional e local. Daí a impor-tância do estudo da Geografia para entender esse processo.

Os lugares que formam o espaço geográfico mundial estão conectados a uma rede de fluxos. Entretanto, não são todos os lugares que estão integrados ao sistema-mundo. Os fluxos da globalização se dão em rede, mas seus nós mais importantes são os lugares que dispõem dos maiores mercados consumidores e das melhores infraes-truturas. Então sobretudo nas chamadas cidades globais (e na rede urbana por elas polarizadas), localizadas predominantemente nos países desenvolvidos e em alguns países emergentes: Nova York, Londres, Tóquio, Paris, Frankfurt, Hong Kong, Cingapu-ra, Xangai, Cidade do México, São Paulo etc. São, juntamente com os tecnopolos, os principais exemplos de meio técnico-científico-informacional.

A ATUAL EXPANSÃO CAPITALISTA

Na atual fase da globalização, ao contrário do que ocorreu nas demais, a ex-pansão do capitalismo pode prescindir da invasão e da ocupação territorial. Nas fases colonialista e imperialista, o controle do território onde seriam explorados os recursos naturais era fundamental. Com poucas exceções, como a invasão do Iraque em 2003, as guerras regionais contemporâneas têm um caráter mais étnico-nacionalista do que econômico.

Nas guerras colonialistas e imperialistas essas manifestações não aconteciam porque não havia uma opinião pública globalizada como nos dias de hoje, o que só foi possível graças aos avanços tecnológicos.

Com uma ou outra exceção, na era da globalização a expansão capitalista é silenciosa, sutil e mais eficaz. Trata-se de uma “invasão” de mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. As novas “armas” são a agilidade e a eficiência das telecomunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação, à informática, à internet, aos telefones (fixos e celulares), aos aviões, aos supernavios petroleiros e graneleiros e aos trens de alta velocidade.

A “guerra” acontece nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros em todos os mercados do mundo e em todos os setores econômicos. As estratégias e táti-cas são traçadas nas sedes das grandes corporações multinacionais, dos grandes ban-cos, das corretoras de valores e de outras instituições e influenciam quase todos os países. Entretanto, muitas vezes, as estratégias e táticas dos dirigentes das grandes corporações, especialmente do setor financeiro, se mostraram arriscadas, gananciosas e/ou fraudulentas. Isso ficou evidente na crise econômico-financeira que eclodiu no mercado imobiliário americano.

FLUXO DE CAPITAIS ESPECULATIVOS E PRODUTIVOS

A “invasão” mais típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo, conhecidos como hot Money, que, em busca de alta lucratividade no curtíssimo prazo, movimentam-se com grande rapidez pelo sistema financeiro mundial conectado on-line. Com os avanços tecnológicos na informática e nas telecomunicações o dinheiro tornou-se virtual, isto é, tornou-se bites exibidos nas telas dos computadores, e passou a circular velozmente.

Não se sabe ao certo o montante de capitais especulativos que circulam pelo sistema financeiro mundial devido a sua alta fluidez e baixo controle exercido pelos governos, mas pelo patrimônio dos maiores bancos do mundo é possível inferir que é muito dinheiro, na casa dos trilhões de dólares. Grande parte desses recursos pertence a milhões de pequenos poupadores sobretudo pelos países desenvolvidos, os quais guardam seu dinheiro num banco ou investem num fundo de pensão, para garantir sua aposentadoria.

Os grandes conglomerados financeiros possuem empresas coligadas que atu-am em todos os setores das finanças e são fortemente globalizados: estão presentes nas principais economias do mundo.

Os capitalistas especulativos são prejudiciais às economias á medida que, quando algum mercado se torna instável ou menos atraente os investidores transfe-rem seus recursos rapidamente, e os países onde o dinheiro estava aplicado entram em crise financeira ou veem-na se aprofundar. Isto ocorreu, por exemplo, com o México (1994/95), os países do Sudeste Asiático (1997), a Rússia (1998), o Brasil (1999), a Argentina (2001/02) e a Grécia (2009/10).

Pode-se investir em ações de forma produtiva, esperando que a empresa ob-tenha lucros e receber dividendos pela valorização; ou investir de forma especulativa, comprando ações na baixa e vendendo-as assim que houver valorização, embolsando a diferença, realizando o lucro financeiro. Pode-se também especular com mercadorias e com moedas.

A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), a maior do mundo caiu 31,5% no pe-ríodo maio-outubro de 2008. A BM&FBovespa, resultante da fusão da Bolsa de Merca-dorias e Futuros (BM&F) com a Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) que a trans-formou numa das maiores do mundo, sofreu forte queda de 59%. Depois de chegarem ao “fundo do poço” entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009, as bolsas iniciaram lenta recuperação, entretanto, até dezembro daquele ano não

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