Hidrotermalismo Submarino

Hidrotermalismo Submarino (Fontes Hidrotermais)

a teoria da tectônica de placas, proposta no final dos anos 60 por Hess, reorganizou a nossa concepção de como a Terra funciona. Abrindo novas linhas de indagação, incluindo a existência de fontes hidrotermais.

A indagação seria: A superfície da Terra é dividida em placas que movem-se em diferentes direções. Nos locais onde essas placas se afastam, a mistura de minerais derretidos vindos do manto sobem em direção à crosta. A lava sobe no assoalho oceânico sendo resfriada pelo contato com a água e forma uma nova camada. Essa nova camada com o formato de uma cadeia de montanhas submersas é chamada de dorsal mesoceânica.

Logo, esse recente fundo oceânico formado teria rachaduras, pois seus minerais contraem-se durante seu resfriamento dando espaço para as águas mais densas entrarem em contato com as rochas em altas temperaturas. Essas águas iriam aquecer, voltariam a superfície e espalhariam-se nos oceanos. Muito parecido com o funcionamento dos geysers.

Portanto, no final dos anos 70 iniciou-se os estudos sobre a interação da água com esse calor liberado pelos processos do manto nas dorsais mesoceânicas (Mesoatlântica, de Galápagos e do Pacífico Oriental). Realizado pelas cápsulas mergulhadoras Cyana (França) e Alvin (Estados Unidos) trouxeram à tona, a importância do hidrotermalismo submarino. O qual abrange diversos fenômenos:

-As fonte quentes: Fumarolas negras que emitem, a mais de 350°C (devido a pressão, da ordem de 270 atmosferas na profundidade de 2.700 m, a água não ferve nessa temperatura), fluidos carregados de minúsculas partículas de óxido de manganês dissolvidos através da reação química que ocorre entre os minerais lixiviados e a água ácida em alta temperatura; e fumarolas brancas cujos fluidos, mais frios (30 a 300°C) e ausentes de minerais metálicos, são carregados de sulfetos que depois sofrem oxidação.

- A formação de chaminés constituídas de óxido de ferro e manganês por precipitação química, e, campos de sulfetos polimetálicos em estruturas colunares de 1 a 8 m de altura e de 5 m de largura, de colorações variadas (ocre, amarelo, vermelho, marrom, branco, preto) contendo até 29% de zinco, 6% de cobre e 0,5% de prata.

- Os dutos "frios" (correntes difusas): Nem todo fluido hidrotermal é expelido pelas chaminés, parte dele encontra fendas e falhas no meio do caminho; e possuindo uma temperatura muito menor (10-20°C) encontra-se com a água oceânica abaixo do assoalho deixando todos os minerais para trás.

Os "Oásis de Vida": Ecossistemas ligados a essas fontes. Neles a produção primária não depende da fotossíntese, mas da atividade quimiossintética de bactérias simbiontes que produzem enxofre e sulfatos por oxidação de H2S, liberando energia suficiente para assimilação de CO2 sem recorrer à fotossíntese. Os principais tipos de organismos encontrados nesses ecossistemas são os vesicomídeos (bivalves) gigantes (25 a 30 cm), com carne vermelha (hemoglobina), do gênero Calyptogena e Bathymodiola, e os vermes tubiformes, podendo alcançar 3 cm, brancos, com tentáculos vermelhos, a Alvinella.

Os Processos Químicos Associados

-Durante o percurso através da crosta oceânica, a água do mar sofre transformações

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