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População dos idosos no Brasil

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Por:   •  24/1/2015  •  Projeto de pesquisa  •  1.649 Palavras (7 Páginas)  •  311 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A era contemporânea caracteriza-se por diversas transformações: históricas, filosóficas, econômicas, políticas e sociais, as quais deixam um legado importante para a humanidade. E um dos fenômenos sociais que mais tem se destacado e demarcado seu espaço é o aumento acelerado da população de idosos, que ocorre praticamente em todo o mundo.

A população brasileira, que até bem pouco tempo (décadas de 1970 a 1980) era considerada jovem, conta hoje com cerca de 23% de seus indivíduos com idade superior a 60 anos, o que os enquadra na chamada Terceira Idade. Segundo apontam os números do censo do IBGE (2001), os cidadãos brasileiros que já se encontram acima dos 60 anos somam aproximadamente 14,3 milhões de habitantes. Esta mesma fonte estatística projeta para o ano 2025 um crescimento da população de idosos que colocará o Brasil como o sexto país do mundo no ranking dos países com o maior número de idosos entre os seus habitantes (CORAZZA, 2001).

População de idosos no Brasil (IBGE, 2001)

Assim, observa-se que especialmente nas últimas três décadas, uma parte bastante significativa da população brasileira tem atingido e permanecido por mais tempo nas faixas etárias da Terceira Idade.

950 – 4,2%

1994 – 7,7% = 10,5 milhões

2000 – 8,3% = 14,3 milhões

2025 – 15% = 35 milhões

Segundo aponta a Organização Mundial de Saúde no ano de 2001 o Brasil tinha uma população total e de idosos de acordo com o quadro abaixo:

Um dos aspectos importantes que mais vem sendo discutido pelos estudiosos do meio acadêmico que pesquisam sobre este tema, é que esta fase de vida não é alcançada de uma forma satisfatória sem que se façam presentes os surgimentos de problemas, quer sejam de ordem orgânica ou psicológica.

Neste sentido é que abordaremos neste artigo, alguns dos aspectos intervenientes das funções biológicas e psicológicas de pessoas da terceira idade e suas implicações na saúde, a fim de que possamos refletir acerca desta prática voltada a esta parcela cada vez crescente da população brasileira. Os estudos apresentados por Faria Júnior (1997) denunciam as precárias condições orgânicas e de saúde da população de idosos, especialmente aqueles mais desprovidos de condições financeiras, residentes em abrigos e asilos existentes na cidade do Rio de Janeiro.

Os estudos apontam para elevado índice de deficiência das capacidades físicas e motoras dessa população, devido à precariedade de todo o sistema de atendimento a essas pessoas. Todavia, se olharmos bem ao nosso redor, constataremos que essa realidade não é diferente nas demais cidades brasileiras, ainda nos dias de hoje. Outros estudos da mesma natureza, nos chamam a atenção para que observemos a forma como a nossa sociedade, pautada nos princípios capitalista e de produtividade, discrimina e segrega os idosos menos favorecidos social e economicamente.

Uma vez que os avanços da ciência e da medicina contribuem para o prolongamento da vida das pessoas, faz-se necessário repensar e colocar em prática formas mais humanizadoras de convivência com as pessoas da Terceira Idade, tanto internamente nas famílias como nos serviços de atendimento e população em geral.

Na concepção de Vieira (1996) e Lopes (2000), os processos de envelhecimento se iniciam desde a concepção, sendo então a velhice definida como um processo dinâmico e progressivo no qual ocorrem modificações, tanto morfológicas, funcionais e bioquímicas, como psicológicas, que determinam a progressiva perda das capacidades de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos. Sociólogos e psicólogos chamam a atenção para o fato de que, além das alterações biológicas, podem ser observados processos de desenvolvimento social e psicológicos alterados em algumas das suas funções, como também problemas de integração e adaptação social do indivíduo.

Okuma (1998), acrescenta que a velhice não é definível por simples cronologia, e sim pelas condições físicas, funcionais, mentais e de saúde do indivíduo, sugerindo que o processo de envelhecimento é pessoal e diferenciado. Nessa perspectiva, a autora considera que o envelhecimento humano constitui um padrão de modificações e não um processo unilateral, mas sim, a soma de vários processos entre si, os quais envolvem aspectos biopsicossociais.

Portanto, na velhice como em qualquer outra idade, há pessoas sãs e pessoas doentes. A verdade é que muitas das enfermidades, supostamente próprias da velhice, e que já existiam antes da chegada desta faixa etária, apenas se manifestavam com menor intensidade, porém agora, aceleram o seu curso. Isto não exclui o fato de que com o passar dos anos, processe-se no organismo mudanças naturais que constituam uma velhice sã e normal.

Com a chegada da velhice, as alterações anatômicas são principalmente as mais visíveis e manifestam-se em primeiro lugar. A pele que resseca, tornando-se mais quebradiça e pálida, perdendo o brilho natural da jovialidade. Os cabelos que embranquecem e caem com maior freqüência e facilidade não são mais naturalmente substituídos, principalmente nos homens. O enfraquecimento do tônus muscular e da constituição óssea leva a mudanças na postura do tronco e das pernas, acentuando ainda mais as curvaturas da coluna torácica e lombar. As articulações tornam-se mais endurecidas, reduzindo assim a extensão dos movimentos e produzindo alterações no equilíbrio e na marcha. Nas vísceras, produz-se uma alteração causada pelos elementos glandulares do tecido conjuntivo e certa atrofia secundária, como a perda de peso. Quanto ao sistema cardiovascular, é próprio das fases adiantadas da velhice a dilatação aórtica e a hipertrofia e dilatação do ventrículo esquerdo do coração, associados a um ligeiro aumento da pressão arterial.

Na parte fisiológica, as alterações, na maioria das vezes, podem ser observadas pela lentidão do pulso, do ritmo respiratório, da digestão e assimilação dos alimentos. Porém, acima de tudo, o próprio indivíduo sente a decadência de sua capacidade de satisfação sexual. O organismo torna-se cada vez mais difícil para ambos os sexos, contudo, a atividade sexual não desaparece, apenas torna-se menos intensa e freqüente.

Todavia, a manutenção pelo interesse sexual após os 60 anos de idade é um dos

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