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: 03 De Novembro De 1891, O Presidente Deodoro Da Fonseca Fecha O Congresso Nacional.

Artigo: : 03 De Novembro De 1891, O Presidente Deodoro Da Fonseca Fecha O Congresso Nacional.. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/5/2014  •  1.190 Palavras (5 Páginas)  •  511 Visualizações

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Trabalho : 03 de novembro de 1891, o presidente Deodoro da Fonseca fecha o Congresso Nacional.

No dia 15 de novembro de 1889, após a Proclamação da República, é editado o Decreto nº1 do Governo Provisório, traçando as diretrizes básicas do regime que se iniciava. Fica instituída a República dos Estados Unidos do Brasil, adotando como forma de governo a República Federativa, Deodoro é o chefe do Governo Provisório, enquanto se estabelece a nova ordem para a convocação de eleições constituintes.

Diante da transição pacífica de regime, cuida-se de tomar as providências para sua consolidação. Deodoro organiza seu primeiro ministério, formado com os civis e militares mais envolvidos com o processo de mudança.

Se, em teoria, tudo estava correndo dentro do concertado com os republicanos, na prática, a coisa era diferente, no ministério, havia dois positivistas, Benjamin Constant e Demétrio Ribeiro, ambos defensores de um governo forte e centralizado. Dentro do Exército, surgia uma corrente, sustentada por destacados militares, que defendia a manutenção de todo o poder com o Governo Provisório. O próprio marechal Deodoro relutava em fazer a convocação.

A nova Constituição foi promulgada pelo Congresso em 24 de fevereiro de 1891, entrando imediatamente em vigor. No dia seguinte, seria eleito o presidente da República, nesta primeira vez, excepcionalmente, por via indireta, com o voto dos parlamentares. Somente a partir do segundo Presidente é que as eleições passariam a ser por voto direto.

Enquanto se discutia a nova Constituição, eram feitas articulações para a eleição presidencial. Deodoro era chefe do Governo Provisório e urgia eleger o presidente da República para um mandato regular, previsto para quatro anos. Na oposição, lançaram-se as candidaturas de Prudente de Morais e do marechal Floriano Peixoto, respectivamente para presidente e vice; pelo governo, aparecia o nome do próprio marechal Deodoro para presidente, tendo como companheiro de chapa o almirante Eduardo Wandenkolk.

Deodoro permaneceu candidato sem se afastar do governo, o que o mantinha como chefe das Forças Armadas e, literalmente, com maior poder de fogo. O ambiente era pesado e a discussão transcorreu por todo o período constituinte, em clima tenso e no meio da boataria. Ninguém em sã consciência acreditava que, perdendo as eleições, Deodoro consentisse entregar o poder aos seus opositores.

Acordos de bastidores, garantiriam a eleição do marechal Deodoro para Presidente, enquanto que os governistas se propuseram em eleger para vice o candidato da oposição, marechal Floriano Peixoto, numa dobradinha que procurava misturar óleo e água, na esperança de obter uma substância homogênea.

Manuel Deodoro da Fonseca, agora Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, nasceu em Alagoas em 1927, participou da repressão a revoltas contra o Império e esteve presente nas guerras do Prata e do Paraguai, chegando ao posto de marechal em 1884, após o que foi nomeado comandante-de-armas no Rio Grande do Sul, onde se envolveu nos acontecimentos, que, à sua revelia, colocaram-no na liderança do movimento que pôs fim ao império.

Já o velho marechal (Deodoro assumira o governo com 62 anos) não tinha quem exercesse uma influência maior dentro do governo e lhe dirigisse as ações no trânsito pela complicada teia da vida pública. Foi assim que, logo no início do Governo Provisório, comprou o plano mirabolante de seu Ministro da Fazenda, Rui Barbosa, que consistiu na emissão desenfreada de moeda sem lastro, originando a especulação, gerando inflação e piorando a situação financeira do país, que já se tornara ruim no final do Império. Como agravante, consentiu com a exigência de Rui para que o plano fosse posto em prática sem discussão prévia com o restante do ministério, com o que assumiu individualmente as consequências pelo seu fracasso. Como quebra, criando um clima de animosidade entre Rui e seus auxiliares diretos, acrescentou ao governo mais dificuldades do que podia administrar.

Sua inexperiência política era proverbial. Ao receber, mais tarde, o anteprojeto da Constituição, consolidado pelo próprio Rui, reclamou da inexistência, nele, de um Poder Moderador, dando ao Executivo a prerrogativa de dissolver o Congresso e convocar novas eleições. Achava que era impossível governar, se não tivesse controle pessoal sobre o parlamento. Por fim, eleito Presidente, transferiu para o barão de Lucena a incumbência de organizar um novo Ministério, como se ainda estivéssemos no regime parlamentarista. Essa inexperiência, aliada à impulsividade, colocou-o, por fim, em confronto aberto com

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