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A Civilização Asteca

Por:   •  24/11/2022  •  Resenha  •  4.893 Palavras (20 Páginas)  •  51 Visualizações

Página 1 de 20

FICHAMENTO DE LEITURA

Data: 14/07/2021

Estudante:

Turma: 2021/1

Livro:  A civilização Asteca – Jacques Soustelle

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RESUMO

6 do PDF

As origens – Os astecas eram ameríndios que dominavam a maior parte da região do México quando os espanhóis chegaram (1519), possuíam uma boa estrutura econômica-social e artística, sua língua se impunha e seus opositores eram mantidos distantes. Apesar da grande ascensão, no começo (tardiamente, séc. XIII) eles eram vistos como intrusos, bárbaros para os que ali viviam, sua glória só começou após o reinado de Itzcoatl (1428-1440).

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As antigas civilizações mexicanas: a época pré-clássica - pelo estudo dos textos ameríndios e pela arqueologia, a antiguidade mexicana é rica de fases culturais. No México central são encontrados vestígios desde 2000 a.C. de caçadores que usavam pedra lascada para caça. No IV milênio a.C, o milho começava ser cultivado na região de Tehuacán. Com o advento da agricultura, da cerâmica e da tecelagem, crescem as aldeias, índios sedentarizados que puderam fixar-se ao redor de seus campos pela segurança da colheita. Suas várias cerâmicas representam divindades ou caracterizam as camadas sociais. Ao fim do período pré-clássico já era possível a construção de pirâmides pelos índios de Cuicuilco.

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Os omelcas – Primeira grande civilização mexicana foi os omelcas do litoral do golfo. Desde II milênio a.C, até seu desaparecimento em 400 a.C, eles difundiram desde o vale do Balsas até El Salvador e a Costa Rica, do litoral do golfo às montanhas de Oaxaca e ao litoral do Pacífico. Eles são considerados o elo de transição entre o período pré-clássico (aldeia) até o clássico (urbano) pois possuíam tudo essencial à civilização: contagem do tempo, escrita hieroglífica, esculturas, pirâmides, altares e etc.

9 e 10

As civilizações clássicas - o i milênio d.C. Foi, no México, o período das civilizações "clássicas" com quatro núcleos culturais principais:

  • Maias – ao sul
  • Zapotecas – Oaxaca
  • El tajín – Veracruz
  • Teotihuacán – planalto central – apogeu 400 – 700 d.c (parece ter sido uma metrópole teocrática pacífica, acreditavam em vida após a morte no paraíso, aristocracia sacerdotal, língua originária da costa oriental, massa da população camponesa, culto aos deuses da água e chuva (tlaloc), fertilidade agrícola (quetzalcoatl);

Provavelmente as culturas se encontraram (vasos, arquitetura, ritos, ideias). “à arquitetura monumental, o baixo-relevo, a escrita hieroglífica e o calendário apresentam numerosas características comuns, apesar das nítidas diferenças de estilo.”

Nesse período os astecas estavam em aztlán (origem do nome), sul do atual eua, com a língua nahuatl, passaram por volta de 1000 anos a margem das civilizações do planalto central, sendo desconhecidos e desconhecendo elas.

11, 12 e 13

Os toltecas – pouco a pouco as grandes cidades clássicas foram abandonadas entre os sécs. IX e XI. O declínio de Teotihuacán começou cedo, mas restou uma colônia sobrevivente. A partir daí, os toltecas, oriundos do norte, fundaram Tula, esses primeiros imigrantes eram pouco numerosos e por isso aceitaram a hegemonia de uma classe sacerdotal originária de Teotihuacán (tradição teocrática). Com mais imigrantes do Norte, trazendo novas ideias e ritos (adorações a deuses celestes e não de terra e água, sacrifícios, militarismo), há a quebra da harmonia e a civilização tolteca ascende, aumento dos templos. “O "rei", emanação da aristocracia militar, detém, juntamente com esta, os poderes que outrora cabiam à classe sacerdotal.”

Do planalto Central, a civilização tolteca foi para o oeste, até Michoacán; para o leste, até as costas do golfo; e para o sudeste, até as montanhas de Oaxaca e o Yucatán. Seu desdobramento yucateca, nascido de uma síntese tolteco-maia em Chichén-Itzá, proporcionou, durante dois séculos, um verdadeiro renascimento à esgotada civilização maia.

Com os problemas internos e invasões, em 1168, Tula foi abandonada, apesar disso sua língua e costumes não se apagaram. Várias culturas se locomoveram até o antigo território tolteca, inclusive os Astecas. Passaram em torno de 1 sec. em marcha, ora guerreando com outros povos, ora com contato pacífico, assim assimilaram técnicas referentes a agricultura de outras culturas.

14 e 15

OS ESTADOS PÓS-TOLTECAS – época de conflitos, mas de intensa cultura, os povos bárbaros vindos do Norte que disputavam a região adotaram a vida sedentária, a agricultura, a língua, os ritos e as formas de governo das tribos toltecas tardias. Mais tarde houve o renascimento da civilização tolteca.

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A FUNDAÇÃO DE TENOCHTITLÁN – os Astecas chegaram tardiamente, mas sofreram muito, entraram em conflitos, seu soberano foi sacrificado, foram exilados, e acabaram por se refugiar nas ilhas pantanosas do Oeste. (há o relato de um sacerdote dizendo que seu templo e cidade deveriam ser construídos onde houvesse uma águia comendo serpente).

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Os primórdios da dinastia – os astecas levavam uma vida anfíbia, (pesca e caça de pássaros aquáticos) com modestas aldeias sobre ilhotas, mas desejavam crescer. Assim, religaram sua dinastia com a da idade de ouro de Tula, um soberano de Colhuacán (tolteca) foi entronizado (posto ao trono) em 1375. O segundo rei asteca criou alianças matrimoniais, o terceiro rei asteca foi assassinado em 1428.

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FUNDAÇÃO DA TRÍPLICE ALIANÇA – A morte do rei provocou instabilidade, foi criada a TRÍPLICE ALIANÇA entre o Tenochtitlán (México), Texcoco e Tlacopan. “o papel militar dessa liga concentrou-se nos astecas, enquanto Texcoco, governado pelo rei-poeta Nezaualcoyotl, se transformava em metrópole das artes, da literatura e do direito, A Tríplice Aliança tornou-se, com efeito, o Império Asteca.

19 e 20

CAP 2 - O IMPÉRIO ASTECA EM 1519 – expansão do império asteca, fusão do tríplice aliança, sucessões de soberanos.

21, 22, 23, 24 e 25

As províncias – listagem das províncias e sua organização geral.

Quando os espanhóis chegaram em 1519, o império compunha-se, segundo documentos indígenas, de 38 "províncias"

26, 27 e 28

Os tributos – Em geral, as cidades pagavam tributos de 1 a 4x por ano, dependendo dos produtos oferecidos. Os funcionários imperiais (calpiches) juntamente com escribas, tomavam conta dos registros (arrecadações, transportes, cobranças). O funcionário que ficasse com parte do tributo era punido com a morte e tinha sua casa e bens confiscados. (há uma descrição de produtos e mercadorias tributadas e quantidades)

A administração asteca era severa, mas exata e equitativa. (em tempos de escassez, abriam-se os celeiros do império, tudo que era do rei era público e vice-versa).

A civilização na época da vinda espanhola era um mosaico de línguas, etnias, autônomos, divididos em estados pequenos avassalados por um poderio militar tríplice. A ausência de fronteiras era melhor para o comércio e assimilação cultural que virou o Império Asteca. Não havia moeda, eram peças de algodão pra troca.

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Cap 3- sociedade e governo ao se fixar no México, os astecas eram igualitários e homogêneos, guerreiros, membros-soldados e cultivadores (caçadores/pescadores), só reconheciam autoridade do sacerdote. A tribo se tornou hierarquizada, com estruturas complexas, aparelho administrativo e judiciário influenciados pelos povos vizinhos.

30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38 e 39

O povo – obrigações:

  • Maceualtin (singular: maceualli) – simples cidadãos, membros da tribo, cabia prestar serviço militar, e pagar impostos, e não podia subtrair-se ao trabalho coletivo (corvéia), como a conservação de caminhos e canais, a construção de monumentos, diques etc. Em compensação, tinha direito, a partir da maioridade, isto é, de seu casamento entre 20 e 25 anos, a um lote de terra para nela construir sua casa e cultivar seu campo e seu jardim. Intensa vida religiosa no seu bairro e da cidade, e podia, sobretudo quando alcançava determinada idade, integrar um conselho que se reunia em torno do chefe local. Seus filhos, meninos ou meninas, recebiam educação gratuita nas escolas do quarteirão. Pagava impostos, porém recebia gêneros alimentícios, peças de tecido e vestimentas, tanto por distribuições regulares, como quando o soberano auxiliava nos períodos de escassez, inundações ou outras calamidades. Grande possibilidade de progresso para carreira militar e religiosa, havia possibilidade de ascensão social a todos.
  • Tlatlacotin singular: tlacotli) – escravos, classe mais baixa da sociedade. Podiam ser: prisioneiros de guerra (serviriam de sacrifício) e condenados pela justiça condenados a trabalhar para sociedade ou a aquele que prejudicou, pessoas que se vendiam por terem se arruinado e servidores postos pela família para pagar alguma dívida. Traço em comum com o dos escravos da Antiguidade greco-romana: eles não eram mais cidadãos — pertenciam a um senhor. O tlacotli era alojado, nutrido e vestido como qualquer outro indígena, tratado com doçura (dizia-se que Tezcatlipoca era protetor dos escravos e de "seus filhos bem-amados"; e castigava duramente os senhores que os maltratassem), podia possuir bens, terras, casas e mesmo outros escravos. Era-lhes permitido desposar uma mulher livre. Seus filhos eram livres. As possibilidades de libertação eram numerosas: recompra, alforria por testamento do senhor, apelo à proteção do imperador; e de tempos em tempos os soberanos decretavam libertações em massa. Por exemplo, a escravidão penal, como punição de um furto, poderia ser substituída pelo reembolso daquilo que houvesse sido furtado. Um homem ou urna mulher se vendia como escravo consistia em um contrato solene concluído na presença de pelo menos quatro testemunhas. O senhor não tinha o direito de revender o escravo, a menos que este se tivesse mostrado desonesto, preguiçoso ou beberrão; deveria ainda comprovar, por meio de testemunhas, que por três vezes o escravo não fizera seus deveres. Somente depois que três senhores tivessem sucessivamente precisado revendê-lo, era o escravo lançado ao mercado de Azcapotzalco, arriscando-se a ser comprado para ser sacrificado aos deuses.
  • Não-cidadãos - os camponeses sem terra, meeiros e/ou arrendatários, que viviam nos domínios de certos grandes senhores. Eles não pagavam impostos nem estavam sujeitos à corveia, mas prestavam serviço militar. A origem dessa "mão-de-obra rural" (tlalmaitl) é obscura; trata-se sem dúvida de indígenas que não pertenciam à tribo asteca, e haviam precisado fugir de sua própria tribo em consequência de guerras ou agitações políticas, para se colocarem sob a proteção de um dignitário mexicano.
  • Os artesãos - A ourivesaria, a joalheria, a cinzelagem de pedras semipreciosas e o mosaico de plumas constituíam, entre os astecas, atividades importantes e respeitadas, tinham o título de "toltecas", visto que se atribuía a invenção dessas técnicas à antiga civilização Tula e viviam entre si, transmitindo seu ofício de geração a geração nas mesmas famílias. Suas mulheres teciam e bordavam. Eles trabalhavam tanto a domicílio como em oficinas instaladas nos palácios dos soberanos e dignitários, sendo, ao que parece, altamente remunerados. Os chefes de suas respectivas corporações representavam-nos diante dos tribunais. Pagavam impostos em artigos de sua especialidade, não estando, porém, obrigados à corveia.
  • Pochteca (Negociantes) - detinham o monopólio do comércio exterior de luxo. Eram intermediários, apesar da grande influência, entre o povo e a classe dirigente. Pagavam impostos em mercadorias e evitavam cuidadosamente ostentar suas riquezas, salvo por ocasião dos magníficos banquetes das corporações, aos quais os altos dignitários não desdenhavam de comparecer. Transmitido de pai para filho.
  • Tecuhtli (senhor ou dignitário) – aqueles com altas funções militares ou civis, quer fosse imperador ou membro do grande conselho, governador ou juiz. Se beneficiava da distribuição de tributos e recebia, segundo seu escalão, vestimentas, joias, pedras preciosas e plumas. Seu palácio era construído e mantido às expensas do erário público; dispunha de servidores, escravos, escribas e todo um estado-maior de pequenos funcionários. Em troca das vantagens de que se beneficiavam, os dignitários devotavam todo o seu tempo e energia ao serviço público. As leis e costumes condenavam severamente o funcionário indigno e o juiz prevaricador. A incontinência pública dos "nobres" era punida bem mais severamente do que a dos simples cidadãos. O filho de um tecuhtli era titulado pilli, tinha direito à educação superior transmitida pelos sacerdotes. Sua principal função consistia em manter em dia o registro de terras de seu calpulli, distribuir lotes às novas famílias, aplicar advertências aos homens que negligenciassem sua terra e eventualmente, confiscar as terras não cultivadas. Eram assistidos nessas tarefas pelos escribas e por um conselho de anciãos.
  • Sacerdotes - as funções religiosas não se confundiam com as funções governamentais. O Estado asteca, impregnado de religião, não era uma teocracia. A hierarquia religiosa compreendia, da base ao cume:

simples servidores dos templos de bairro; sacerdotes superiores que controlavam a prática do culto nas províncias (os espanhóis os compararam aos bispos); incontáveis servidores dos grandes templos do México (aí compreendidas as sacerdotisas); o Mexicatl Teohuatzin, espécie de vigário-geral assistido por dois coadjuvantes; por fim, os dois grandes-sacerdotes, iguais em título e poder, ambos denominados "Serpentes de Plumas", um dos quais se consagrava ao deus solar asteca Uitzilopochtli, e o outro, à antiga divindade da água e da chuva, Tlaloc, adorada há milênios pelos camponeses indígenas. Presos ao celibato, os sacerdotes não somente se desincumbiam das obrigações do culto, como também da educação dos jovens aristocratas em colégios denominados calmecac. Dirigiam também os hospitais para pobres e doentes. Guardavam os livros sagrados e os manuscritos históricos. Acumulando grandes riquezas em terras, víveres e objetos preciosos de todo tipo, graças à devoção tanto dos soberanos como dos particulares, os templos dispunham de imensos recursos administrados por um tesoureiro-geral, o tlaquirnüoltecuhtli. Pouco se sabe sobre o processo de designação dos sacerdotes. Os dois "Serpentes de Plumas" eram nomeados pelo grande conselho e escolhiam de comum acordo o Mexicatl Teohuatzin. Nessa escolha não intervinha qualquer tipo de consideração sobre o nascimento, sendo levados em conta apenas os méritos e conhecimentos. Na base, o recrutamento de noviços dependia das famílias, que desejavam destinar ao serviço dos deuses tal ou qual de seus filhos. Menino ou menina, o noviço poderia decidir casar-se e renunciar ao sacerdócio.

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A riqueza- cada membro da tribo asteca dispunha em usufruto de um lote de terra posto à sua disposição por seu calpulli, a terra era a única riqueza e pertencia à coletividade.

41, 42 e 43

O governo – O colégio eleitoral escolhia os candidatos de acordo com seu conhecimento, em Texcoco se dava de pai pra filho, mas era fácil pois havia muita poligamia dos soberanos. Simultaneamente com o imperador, elegiam-se os quatro grandes dignitários, o poder do imperador era de origem divina, O poder do imperador era, portanto, de origem divina. Uma vez eleito, o soberano devia submeter-se a um complexo cerimonial: render homenagem aos deuses, escutar e pronunciar longas alocuções moralizantes. Deveres: de um lado, suas obrigações com relação aos deuses, notadamente Uitzilopochtli e Tezcatlipoca; e, de outro, a proteção que ele devia oferecer ao povo asteca. A aristocracia asteca tinha um conceito muito elevado de Estado. Quando os espanhóis chegaram ao México, os povos indígenas por eles encontrados reconheciam um único chefe do Império: Motecuhzoma. Enquanto isso, o poder militar, econômico e político do conjunto do Império estava concentrado nas mãos do soberano asteca, seus dignitários e seu grande conselho.

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Cap 4  vida cotidiana  vida urbana e vida rural – eram caçadores-coletores no início, só após o contato com outros bárbaros durante a marcha para o sul que começaram a adquirir técnicas de agricultura, tecelagem e cerâmica. No início se fixaram em terras escassas para o cultivo e adoravam deuses “lacustres”, no apogeu do império dispunham de extensas áreas, mas sua cultura ritual permanecia centralizada em caça e coleta. Grande parte da sociedade asteca eram não-agrícolas (serviço militar, sacerdócio, administração e artesanato). artesanato. Os gêneros alimentícios provinham tanto de trocas, como dos impostos em espécie arrecadados nas províncias. Com os campos, hortas e jardins, as criações de perus e os bosques, os domínios atribuídos aos dignitários formavam unidades econômicas semelhantes às "vilas" romanas do Baixo Império. Ali se produzia toda a espécie de gêneros agrícolas; e as mulheres ou os escravos fiavam e teciam. A cerâmica asteca, mais utilitária do que artística, parece ter sido produzida em massa nas oficinas. A cerâmica de luxo era maravilhosamente decorada. As residências dos nobres, cujo luxo se aproximava tanto quanto possível dos palácios imperiais, as casas mais modestas dós negociantes e dos artesãos e as casas dos simples cidadãos situavam-se ao longo das ruas e canais. Por toda parte, a água do lago murmurava por entre as casas, e as canoas deslizavam silenciosamente pela cidade. Todos os transportes eram feitos por meio de embarcações. Equipes de trabalhadores, sob a direção das autoridades locais dos bairros, asseguravam a manutenção dos canais e aquedutos e a limpeza das ruas. Testemunhos da época são unânimes em reconhecer a higiene das vias públicas. De modo geral, Tenochtitlán era uma cidade organizada e salubre.

49 e 50

Meios de subsistência, culinária e refeições – alimentação a base de milho, feijão, abóbora, pimenta e tomate. No México e em torno do lago, consumiam-se peixes, crustáceos, batráquios e até insetos aquáticos. Os mexicanos podiam também consumir carne de animais domésticos: perus, patos, coelhos, uma espécie de cão sem pelo criado especialmente com essa finalidade, aves, porcos selvagens, lebres selvagens e cabritos. O povo os consumia muito raramente. O octli, bebida fermentada à base de suco de agave (atualmente pulque), não podia ser consumido senão em certas ocasiões rituais, e pelos homens e mulheres de idade avançada: a embriaguez era severamente reprimida. faziam três refeições diárias: pela manhã, uma pequena refeição frugal; uma refeição principal ao início da tarde (seguida de uma curta sesta, quando possível); e uma ligeira ceia a noite. Para a massa da população, a refeição principal resumia-se a bolos de milho e feijão com molho de pimenta e tomate. Os dignitários, porém, podiam escolher entre as numerosas especialidades de uma cozinha rica: acepipes, carnes assadas ou cozidas, tamalli com caramujos, peixes e batatas-doces

51, 52, 53

Vestuário e ornamentos – Eram muito variados, dependia do gênero e do seu lugar na sociedade.

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Os jogos – “caça de pássaros por meio de zarabatanas que projetavam balas de terracota; cantos e danças ao fim dos banquetes; declamação de poemas e espetáculos apresentados pelos acrobatas em casas principescas.”

  • Tlachtli – jogo de bola de borracha, meio esotérico.
  • Patolli – jogo de azar ao qual viciados acabavam precisando se vender como escravos.

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Técnicas e conhecimentos -  Além das técnicas autóctones (pintura, tecelagem e cerâmica) também tinham muito conhecimento geométrico e de cálculo, como é demonstrado na sua arquitetura (herdada dos toltecas), de metalurgia (outo, prata, bronze e cobre), da astronomia e astrologia (mensuração do tempo era importante, calendário, a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações), escrita pictográfica e fonética (muita confecção de livros), conhecimento de fauna na medicina (sabiam reduzir fraturas, pensar feridas, colocar emplastros, aplicar sangrias e, principalmente, ministrar poções de plantas medicinais cujos efeitos — purgativos, diuréticos, antiespasmódicos, sedativos etc. — eram conhecidos e empiricamente verificados através de uma longa tradição).

60, 61, 62, 63 e 64.

O ciclo de vida – O destino era estabelecido desde o nascimento, mas podia ser escolhido outro dia para batizar a criança. Nos primeiros anos a educação era familiar, posteriormente, meninas e meninos podiam ir para a colégio do bairro (que formava militares, serviços públicos, cultivo em terras coletivas) ou calmecac (sacerdócio ou altos cargos do Estado, disciplina intelectual, filhos de dignatários e famílias populares), eram protegidos por deuses rivais. Aos 21 anos, deixavam o colégio ou o monastério, se não seguissem carreira no sacerdócio, casavam-se. Se arrumavam casamentos por casamenteiras, o sacerdote indicava um dia bom, a cerimônia ocorria na casa do rapaz. Vários ritos celebram o casamento com a esposa principal, mas havia muita poligamia entre os abastados, principalmente. Quando uma mulher engravidava, havia cerimonias e festejos, cuidados para que ela não olhasse o vermelho entre outras superstições, e uma parteira se encarregava. Com isso, se uma mulher morria no parto ela era vista de forma mágica, tendo pessoas querendo pedaços seus a fim de proteção e etc. Os casamentos duravam, mas, no geral, podiam se divorciar e a mulher podia casar novamente, frequentemente as viúvas desposavam o irmão do marido. Ao ficar velhos, podiam beber livremente e se confessavam aos sacerdotes. A maioria dos mortos é incinerada abraçados com os joelhos, porém, os mortos em acidentes com a água, as mulheres no parto, atingidos por raio e por algumas doenças eram enterrados. A vida após a morte dependia de como havia sido a morte, as oferendas duravam 80 dias. “Quando se incinerava um soberano, revestia-se a sua "múmia" de ornamentos próprios a Uitzilopochtli e se colocava, na altura do rosto, uma máscara de pedra ou um mosaico de turquesa. As cinzas, depositadas em uma jarra com um pedaço de jade, símbolo da vida, eram conservadas no templo de Uitzilopochtli”.

65, 66, 67, 68, 69 e 70

Cap 5 - A religião – os deuses - a religião astral dos povos guerreiros e a religião agrária dos povos sedentários fundiam-se por assim dizer, reconciliadas na síntese asteca. Em suma, nesse profuso panteão, onde se acotovelavam divindades antigas e recentes, terrestres e astrais, agrícolas e lacustres, tolteco-astecas e exóticas, tribais e corporativas. (longa descrição sobre deuses).

71, 72, 73 e 74

O universo e a guerra sagrada – “A guerra, como a entendiam os astecas, tinha sem dúvida finalidades positivas para o seu estado, como a conquista de territórios, a imposição de tributos e o direito de livre passagem para seus comerciantes. Mas devia também garantir-lhes prisioneiros para os sacrifícios. Inclusive as batalhas eram realizadas menos com a finalidade de ferir os inimigos do que para capturá-los em maior número possível.” Quanto maior o refinamento da sociedade mais ampliados eram os sacrifícios, Algumas vítimas eram oferecidas aos deuses; outras representavam os próprios deuses, arrumavam a vítima de forma a ser a imagem do deus, o sacrifício era a morte do deus representado e o canibalismo ritual que encerrava essas macabras cerimônias tomava o sentido de uma comunhão

75, 76 e 77

Os ritos - A vida ritual, complexa e totalizante, absorvia uma parcela imensa das energias e recursos da comunidade. (descrição de alguns rituais).

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A especulação teológica - incorporavam-se, em um quadro único, deuses de povos nahuatl recentes (Tezcatlipoca, Mixcoatl), os dos toltecas (Quetzalcoatl), o grande deus tribal asteca e a divindade yopi Xipe Totec.

79 e 80

CAP 6 - Artes e Literatura - As origens – “Durante a grande era clássica, no I milênio, estavam já definidos os traços essenciais das artes plásticas no México: na arquitetura, a pirâmide em degraus, combinada com edifícios horizontais (palácios); na escultura, painéis e vergas em baixo-relevo, e altares monolíticos; a cinzelagem de máscaras, machados votivos e outros objetos em pedra dura; muralhas decoradas de afrescos e manuscritos com iluminuras”

Os arquitetos e escultores, ourives e iluministas de Tenochititlán souberam criar um estilo asteca reconhecível ao primeiro olhar, onde uma tradição rica e refinada se combina com o dinamismo de um povo recentemente chegado a um alto grau de cultura. Mais flexível que a arte tolteca, menos rebuscada que a arte maia, capaz de aliar um profundo simbolismo a uma figuração realista de extraordinária energia, esse estilo afirma sua originalidade em todos os domínios. A arte dos astecas mostra-se igualmente capaz de tratar temas históricos e profanos e de embelezar o cenário da vida graças ao virtuosismo de seus joalheiros e cinzeladores.”

81 e 82

A arquitetura  “Todos os monumentos do México foram destruídos em 1521, quando a cidade foi sitiada. Não os conhecemos senão através de descrições e desenhos de época, que vieram a corroborar as escavações arqueológicas do Grande Templo.”

  • A arquitetura religiosa adotava como forma mais frequente a pirâmide encimada por um santuário.
  • A arquitetura militar ocupava, naturalmente, um extenso domínio na arte monumental asteca. Fortalezas e redutos fortificados, guarnecidos de torres, defendiam pontos de passagem, como por exemplo os acessos que permitiam atravessar o lago.
  • A arte dos jardins era particularmente valorizada entre os astecas e seus aliados
  • Palácios dos soberanos e dignitários: não restou nada. 

83, 84 e 85

A escultura - Inúmeras esculturas, baixos-relevos e estátuas foram destruídos tanto durante a guerra asteco-espanhola como sob o regime colonial na luta contra a "idolatria". Porém, o que se encontra está em museus e são admiráveis pela quantidade, diversidade e perfeição. Para as estátuas religiosas haviam simbolismos que deveriam ser seguidos como regra, as artes profanas (dos soberanos e nobres) são vastas. Renasceram a máscara de pedra usada na era clássica para funerais e com a imagem de deuses, devendo ser usadas em ritos religiosos.

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Pintura e iluminura – “O escriba asteca tinha o título de "pintor" (tlacuiloani). De lato, os manuscritos hieroglíficos e pictográficos, quaisquer que fossem os seus lemas — religiosos, históricos ou mesmo administrativos —, constituíam antes de tudo uma compilação de imagens, ou séries de pequenos quadros cuidadosamente desenhados e coloridos.”

“O Codex Telleriano-Rcmensis (Biblioteca Nacional, Paris), obra histórica, descreve ano por ano os principais acontecimentos; entronização e morte de soberanos, guerras e conquistas, inauguração do grande templo, tremores de terra, eclipses etc.”

88 e 89

As artes menores – (a cinzelagem, a ourivesaria e a arte plumária) – Eram de extrema importância e luxo e demonstravam a classe do portador, as pedras verdes (jade, jadeíta, nefrita), assim como as plumas de pássaros tropicais, exerciam verdadeiro fascínio sobre os indígenas, alguns ornamentos de jade só podiam ser usados pelo imperador. Ao contrário dos espanhóis que queriam ouro e prata, levando tudo consigo.

90, 91, 92 e 93

Literatura, música e dança – estavam interligadas. “O nahuatl, língua comum aos astecas e à maioria dos povos recentes do vale, era um idioma rico e versátil, igualmente apto a registrar com precisão os acontecimentos e a denotar idéias abstratas ou construir longos discursos sentenciosos, muito apreciados pelos mexicanos.”

  • Poemas religiosos – obscuros, cheios de metáforas. Eram geralmente encenados por um sacerdote que representavam um deus.
  • Toda a poesia lírica mexicana organizava-se em dois temas: a beleza da vida, do mundo e das flores; e a morte inevitável.
  • Não havia ninguém que não fosse chamado a tomar a palavra em cerimônias públicas ou privadas.
  • Os manuscritos históricos serviam de reforço para a memória devido ã recitação de narrativas em prosa ritmada que os jovens aprendiam de cor nos calmecac.
  • As danças rituais eram tidas como um meio de "ganhar aprovação" aos olhos dos deuses.

94 e 95

CAP 7 - A Queda do Império Asteca - As primeiras expedições espanholas – “Cristóvão Colombo, ao chegar a uma das ilhas Bahamas, em 12 de outubro de 1492, eslava certo de ter tocado as índias, isto é, a fabulosa Ásia rica em ouro. Foi somente em 1517 que uma expedição partida de Cuba com três navios, sob o comando de Francisco Hernández de Córdoba, entrou em contato com os maias de Yucatán e de Campeche. Repelidos com perdas por esses índios belicosos, os espanhóis foram obrigados a reembarcar apressadamente. No ano seguinte, Juan de Grijalva, no comando de quatro navios, descobriu a ilha de Cozumel, costeou o litoral do Yucatán e, em seguida, o do golfo do México. Prosseguindo na rota de Tabasco até Tuxpan, deixou o território maia e, pela primeira vez, os europeus entraram era contato com províncias do Império Asteca. Contrariamente ao que ocorrera na expediçáo anterior, foram recebidos amistosamente, deram presentes em ouro aos espanhóis.”

96, 97 e 98, 99 e 100

Hernán Cortez e a guerra – Encontrando um companheiro seu preso e através de uma escrava presenteada, cortéz teve acesso (através da língua do império asteca e maia) à dimensão da riqueza dalí. Se aliou com povos do México inimigos dos astecas, em meio a massacres e a tomada do império, o imperador cedeu (Motecuhzoma).

 Os espanhóis instalaram-se no antigo palácio de Axayacatl em 8 de novembro de 1519. Durante 8 meses as tensões cresceram, Motecuhzoma prisioneiro, os espanhóis se apoderando de toda a cidade e riquezas, os tlaxcaltecas querendo demonstrar o ódio contra os astecas e ficando com suas pedras verdes e plumas.

“lago. Graças à ajuda de seus aliados nativos, Cortez conseguiu isolar a capital. Fez construir embarcações armadas de canhões para varrer o lago com o fogo de suas balas. A fome e a falta de água potável abateram a cidade sitiada, enquanto devastava a cidade uma epidemia de varíola, moléstia até então desconhecida no México, trazida de Cuba por um escravo negro. Motecuhzoma morreu em combate, em junho de 1520, talvez em mãos dos espanhóis, talvez vítima de um projétil lançado por um guerreiro asteca. Seu sucessor Cuitlahuac reinou apenas 80 dias, até ser vitimado pela epidemia. O último soberano foi Cuauhtemotzin, cujo nome significa "a águia que tomba", isto é, o sol poente. Em 13 de agosto de 1521, dia "umserpente", geralmente tido como favorável, mas em um ano "3-Casa", signo nefasto, Cuauhtemotzin teve que se render a Cortez. Assim teve fim o Império.”

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As causas da derrota – Fizeram guerra de modos diferentes, para os astecas as guerras dependiam dos deuses e no fim, serviam pra angariar mais impostos, para os espanhóis significava destruir o império e pô-los na escravidão e ficar com as suas riquezas.

  • Causas propriamente militares: com suas armas e couraças de ferro, seus arcabuzes e canhões, suas caravelas e seus cavalos, os espanhóis dispunham, não obstante seu pequeno número, de uma superioridade esmagadora sobre os astecas, armados com espadas de obsidiana, arcos e flechas com pontas de sílex, escudos e capacetes de materiais leves e túnicas estofadas de algodão, deslocando-se a pé ou de canoa.
  • fenômeno biológico: a epidemia de varíola, que contribuiu poderosamente para a vitória dos espanhóis, semeando a morte entre os defensores e matando Cuitlahuac. Após a entrega do imperador, os astecas demoraram a crer num imperador e quando aconteceu, ele morreu.
  • Vários povos coligados, “a diplomacia de Cortez, seu agudo sentido das relações de forças e sua habilidade política souberam fazer tender em seu proveito os rancores e as ambições contra a cidade dominante.”

Com a derrota dos astecas, com efeito desaparecia a última civilização autóctone do México. Brilhante e frágil, ela dominara o território por menos de um século: tinham-se passado exatamente 93 anos entre o advento de Itzcoatl e a rendição de Cuauhtemotzin.

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Bibliografia.

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